Vai deixar saudades: um breve apanhado da humildade de Cleber Santana

Vai deixar saudades. Nada de Santo, era Santana. Nada de craque. Mas bom de bola. Inteligente para jogar sem a pelota grudada aos pés também. Vai deixar saudades.

clebMoço humilde, nascido no dia 27 de junho de 1981, na região metropolitana de Recife. Uns dizem Olinda, outros falam em Abreu e Lima. Mas o que importa foi ser concebido ao futebol. Concebido à arte de encantar milhares e milhões com os pés fantásticos.

Dono de passes precisos e lançamentos primorosos. Onde passava arriscava para o gol. Batia escanteio, falta. Quando precisava, até tiro de meta. Vai deixar saudades. E como vai.

Cléber Loureiro Santana começou a carreira já em um dos clubes de maior tradição de Pernambuco, o Sport. O destaque no Estadual de 2000, já no time profissional levou o volante para o Vitória, onde permaneceu por quase cinco temporadas. Ao todo fez 86 jogos pelo time baiano, anotando nove gols.

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O bom desempenho e o amadurecimento levaram Cleber para o Japão, ao Kashiwa Reysol, clube acostumado com os nordestinos, já levara Edilson (O Capetinha) na década de 90. Na temporada de 2005, único ano no qual jogou pelo clube japonês, balançou as redes oito vezes em 29 partidas.

Do Japão, Cleber voltou para o Brasil para defender o SFC. Luxemburgo viu no volante uma boa qualidade na saída de passe. Cleber ganhou projeção com os bons jogos apresentados e foi parar na Europa, contrato junto ao Atlético de Madri. Lá ficou por mais três temporadas até se transferir para o Mallorca em 2008.

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No começo de 2010, Cleber resolveu voltar ao Brasil, agora para defender o Soberano. No São Paulo, Cleber mostrou seriedade no trabalho. Jogou bem no início da temporada, mas não repetiu o bom desempenho até o final do ano. Acabou emprestado para o Atlético-PR no ano seguinte e para o Avaí em 2012. Lá se tornou um dos jogadores mais admirados pela torcida, ajudando o clube a retornar para a Série A.

Cleber Santana ainda passou pelo Flamengo e pelo Criciúma antes de assinar com a Chapecoense no ano passado. Em um time bem encaixado, fez importantes jogos no Catarinense, ajudando o time de Chapecó a se sagrar campeão. Fazia uma excelente Copa Sul-Americana até o fatídico dia 29 de novembro.

O volante era um dos tripulantes do voo da empresa boliviana Lamia, que transportava o time a Medellín, rumo à final do torneio contra o Atlético Nacional. Cleber Santana voou para não voltar mais para este plano. Foi tão alto que alcançou o céu para disputar agora os torneios celestiais. Fica aqui, na nossa história de hoje, os sinceros agradecimentos por um dia ter vestido e honrado o manto tricolor.

Fica também a saudade. Eterna. O futebol perdeu um grande jogador. E a torcida são-paulina ficou órfã de um dos jogadores mais humildes que já pisaram no gramado do Morumbi. Descanse em paz, Cleber.

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