Promotor pede banimento da torcida Independe dos estádios por cinco anos
Roberto Bacal, promotor que cuida do caso do ataque de “torcedores” ao ônibus do São Paulo pediu que a torcida seja proibida de ir aos estádios durante cinco anos
A investigação sobre o ataque de “torcedores” ao ônibus do Tricolor no último sábado relata a suspeita de que um líder da torcida organizada Independente seria o mandante do ataque.
“Os policiais ressaltam que, durante breve confabulação após a prisão em flagrante dos indiciados, ventilou-se a informação de que havia um indivíduo dotado do controle intelectual da conduta criminosa, o qual não estava presente quando da investida contra o ônibus da Delegação do São Paulo, mas que teria arquitetado o plano”, diz documento da investigação.
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Os policiais, então, entraram em contato com os responsáveis pelo policiamento no Morumbi. A PM localizou o líder da torcida citado, relatou que ele “aparentava tensão, utilizando, constantemente, o aplicativo Google Maps” e o convocou para prestar depoimento. Na delegacia, acompanhado de um advogado, disse que a Independente não teve participação no ato e “pediu, inclusive, aos policiais, dados dos 14 presos para que, caso constatado que pertencem aos quadros da organizada, sejam expulsos”.
O celular do dirigente da Independente e os dos torcedores detidos foram confiscados. O promotor Roberto Bacal concordou com pedido da delegada que cuida do caso para que os sigilos telefônicos sejam quebrados. Falta a decisão da Justiça. O promotor também pediu que a Independente seja proibida, durante cinco anos, de frequentar estádios, centros de treinamentos e até hotéis em que o São Paulo estiver hospedado.
Os 14 presos no episódio invocaram o artigo 5º da Constituição Federal, que dá o direito de permanecerem calados. Nenhum deles falou sobre o incidente. Dos 14, nove foram liberados — pesa na decisão de liberação, além dos antecedentes, a pandemia do novo coronavírus.
Foto: Reprodução
Fonte: UOL Esporte