Lucas Silvestre sobre saída do z4: “É um alívio poder trabalhar assim”
Em entrevista, Lucas Silvestre, auxiliar de Dorival Júnior, falou sobre Pratto, o legado que Ceni deixou, a saída da zona do rebaixamento e muito mais
Auxiliar do técnico Dorival Júnior e também filho do treinador, Lucas Silvestre deu entrevista à Rádio Globo e falou sobre vários assuntos, a saída do time da zona do rebaixamento após 13 rodadas, o legado que o ex-técnico Rogério Ceni deixou, a questão de Pratto sempre ir buscar a bola ao invés de ficar esperando na área.
Veja abaixo os principais pontos dessa entrevista:
SAÍDA DO REBAIXAMENTO
Após vencer o Sport, no Morumbi, o São Paulo finalmente deixou a zona da degola e agora é o 14º colocado, com 31 pontos, um acima do próprio Sport, primeiro time dentro do Z-4.
“É um alívio poder trabalhar assim, mas a partir de amanhã (quarta-feira) vamos reiniciar com foco total no jogo de quarta-feira que vem contra o Atlético-MG para podermos dar mais um passo na fuga do rebaixamento. É apenas um primeiro passo. Nada mais do que isso. Há um caminho muito longo. Com qualquer bobeira você volta para a zona de rebaixamento, algo que ninguém quer”.
POR QUE LUCAS PRATTO SAI DA ÁREA PARA BUSCAR A BOLA?
Há dez jogos sem marcar, o argentino sai constantemente da área para ajudar o time
“Não pedimos para o Pratto ficar longe do gol, pelo contrário. Queremos o time evoluindo com duas, três, quatro opções para fazer o gol. O Pratto tem essa característica de flutuar desde o Atlético-MG. Ele cria situações, abre espaço para o Lucas (Fernandes) fazer o facão, Marcos (Guilherme), enfim. Ele recebe e abre a jogada. Vi gente criticando como se fosse um pedido nosso para ele ficar longe do gol. Mas essa é uma característica do Pratto, talvez a principal dele“.
LEGADO DO EX-TREINADOR ROGÉRIO CENI
Para o auxiliar, Vínicis Pinotti, diretor de futebol do clube se expressou mal ao falar que o ex-goleiro não deixou nenhum legado.
“Essa resposta do Vinicius foi mal interpretada. Sempre há um legado do trabalho deixado. Só que o que ele quis dizer é que fizemos mudança grande no elenco e obviamente tivemos de dar ênfase a outras situações. Rogério trabalha de uma maneira, e o Dorival, de outra. Acho que foi mal interpretado. São maneiras diferentes de trabalhar. Ele não está errado“.
QUEDA RENDIMENTO CONTRA O SPORT
O São Paulo que encarou o Sport, no Morumbi, foi totalmente diferente do que enfrentou o SCCP. O time parecia apático e não conseguia concluir as jogadas, tanto é que sofreu no final da partida, quando Sidão salvou a equipe.
“É uma situação muito complicada. É um clube muito grande numa situação extremamente complicada. O efeito psicológico é muito grande. Você vê pela reação dos atletas após o jogo: todos se jogaram no chão, tal o peso do que estamos passando nesses últimos tempos. Muito da queda de rendimento tem a ver com isso.”
SER CHAMADO DE FILHO DO DORIVAL
O auxiliar falou sobre a questão de sempre ser chamado de “o filho do Dorival” ao invés de “auxiliar técnico do São Paulo”.
“Sempre acontece. Não tem jeito. Nunca vou deixar de ser o filho do Dorival, mas quando conhecem podem ver a capacidade. Sou estudioso. Me dedico muito. As pessoas reconhecem o valor do profissional, mas nunca vou deixar de ser filho do Dorival. É uma pressão maior, mas agradeço. Sendo filho do Dorival tenho a chance de aprender com um dos maiores treinadores do Brasil”.
Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press