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Com garra, técnica e contando com uma improvisação divina, Darío Pereyra se tornou ídolo do São Paulo

Se existe um país estrangeiro que pode se declarar com parte integrante da história tricolor com certeza é o Uruguai. O vizinho sul-americano com seu estilo brigador, raçudo, que tem a tão aclamada “charrua” pelos seus torcedores fanáticos foi responsável por render ótimos jogadores ao clube e que realmente merecem o posto de ídolos, como é o caso de Darío Pereyra.

Um zagueiro que mostrou ser absolutamente possível aliar uma vontade inimaginável em defender as cores do tricolor com uma técnica difícil de se encontrar em um jogador de defesa. Por essas e outras coisas que “Don Darío” será o nosso personagem de hoje no HISTÓRIA EM TRÊS CORES!

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Antes do Tricolor

A vida de um dos maiores atletas da história do São Paulo Futebol Clube começou na cidade de Montevideu no dia 20 de outubro de 1956. Com a mudança da família para a cidade de Sauce, que fica a apenas 40 km da capital uruguaia, para iniciar a trajetória de Darío como jogador foi escolhido o modesto Sportivo Oriental.

O talentoso garoto ainda atuaria no Artigas de Sauce quando, já com 15 anos, chamou a atenção de um ex-jogador do Nacional-URU, equipe de grande tradição até mesmo internacional. A partir daí, Darío Pereyra logo iniciou na categoria chamada na época de Dente de Leite do clube de Montevideu.

E, por incrível que pareça, Darío começou a carreira como meio-campista, se explicando o porquê de tamanha qualidade no passe e até mesmo no drible que possuía o uruguaio.

No ano de 1977, o Soberano foi buscá-lo no clube que o formou para ser um novo “Pedro Rocha” e também fazer história na armação de jogadas são-paulinas.

Estabelecimento de um ídolo

Quem conhece apenas o status do ex-atleta não imagina que Darío Pereyra sofreu ao chegar no Morumbi na gestão de Henri Aidar (pai do ex-presidente Carlos Miguel Aidar), em processo semelhante com o que vive o argentino Centurión em tempos atuais. Isso mesmo já sendo, aos 20 anos de idade, titular da seleção uruguaia.

Além de uma nova cultura futebolisticamente falando, as lesões seguidas e a forte concorrência pesavam contra, já que os nomes de armação naquela época eram de respeito: Muricy Ramalho, o próprio Pedro Rocha, Chicão, Neca etc. Mal sabiam jogador e comissão técnica que uma improvisação seria a salvação da estadia de Darío no clube e o começo de uma era inesquecível.

Precisando encontrar um novo zagueiro de última hora para enfrentar a Ponte Preta no Paulistão de 1980, Carlos Alberto Silva surpreendeu a todos e escalou o uruguaio improvisado. A atuação foi tão boa que Darío jamais largou o posto.

Foram 11 anos defendendo o manto do São Paulo e seis títulos de extrema importância tanto para o seu currículo como para a galeria de troféus do tricolor, sendo quatro Campeonatos Paulistas (1980, 81, 85 e 87) e dois Brasileirões (1977 e 86).

Além de taças, os números que Don Darío obteve no clube do Morumbi são de encher os olhos: 453 partidas disputadas (o 2° estrangeiro que mais vestiu a camisa são-paulina, atrás apenas do goleiro argentino Poy), com 222 vitórias, 128 empates e 108 derrotas, totalizando 37 gols marcados.

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Período pós-tricolor

Com sua saída do Tricolor em 1988, o jogador que foi tão brilhante no São Paulo acabou não conseguindo ter uma identidade tão forte em outras equipes, tampouco conquistar muitos títulos ou atuações memoráveis.

Indo para o Flamengo após sair do tricolor, o uruguaio ficou apenas um ano no Rio de Janeiro, voltando em 89 para defender o rival SEP.

Depois de desentendimentos com Emerson Leão, na época já treinador do time verde, Darío foi negociado em 1990 com o Gamba Osaka-JAP, ganhando a Copa do Imperador no mesmo ano e encerrando a carreira como jogador na Terra do Sol Nascente.

Darío Pereyra como técnico

Depois de um início muito promissor com o vice-campeonato do Paulistão em 1997 pelo São Paulo após ficar por um tempo comandando as categorias de base do clube, Darío mostrou que não seria apenas um caso frustrado de jogador de qualidade que não traduziu seu conhecimento dentro de campo em visão de jogo fora dele.

O uruguaio rodou por clubes importantes em solo brasileiro como Guarani, Coritiba, Paysandu, Grêmio, Atlético-MG, entre outros. Além do título estadual obtido pelo Galo em 1999, outro grande feito obtido por Don Darío como técnico chamou a atenção, quando estava no Paysandu.

Em uma La Bombonera lotada no ano de 2003, pela Libertadores da América, Darío levou o time paraense a uma vitória histórica por 1 a 0, com gol de Iarley. Na partida de volta, infelizmente, o sonho de eliminar o time portenho acabou se esvaindo com uma derrota em Belém por 4 a 1.

O seu último clube como treinador foi o Águia de Marabá.

Matéria original de (20 de março de 2015 às 16:17:02)
Atualizações: (12/03/18 e 27/09/21)

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