Entrevista exclusiva com Douglas Schwartzmann
Sócio do São Paulo desde 1966, Douglas Schwartzmann foi diretor de comunicação, vice presidente de marketing e hoje é conselheiro do clube
Presente nos mandatos de Marcelo Portugal Gouvêa, Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar, Douglas Schwartzmann nos atendeu para explicar diversos assuntos de interesse dos são-paulinos.
Ele fala sobre sua passagem como diretor no clube, comenta também sobre a Far East, patrocinadores, marketing e muito mais. Confira aqui nossa entrevista exclusiva com Douglas Schwartzmann.
Abaixo, deixe suas perguntas, opiniões e comente também.
Você é o Jack Banafsheha?
Eu não sou o Jack. Isso ficou muito claro, e bem claro. Tenho documentos para provar que o Jack existe. Ele foi contactado pela gestão do Leco onde ele fez o famoso destrato do caso Far East. O Jack é um cidadão americano, então ele existe e não sou eu.
Como o Jack chegou no São Paulo?
Eu atuo na área têxtil. Eu tenho 55 anos e trabalho nesta área desde os 16 anos de idade. Sou muito bem sucedido nessa área. Eu sempre tive excelentes relações na minha relação profissional. Eu tenho relações na China, nos Estados Unidos, na Itália, em Portugal, no Chile e no Peru. São os países que eu atuo fazendo negócios na área de confecção, tecido, roupa, enfim. O Jack Banafsheha é uma das pessoas com quem eu tenho relação comercial. Em 2013 numa feira internacional, num estande de negócios ele sabia da minha relação que eu era conselheiro do São Paulo – nós tentamos até fazer um show room aqui e não acabou prosperando, mas ele sabia da minha relação e visitou em jogos do Morumbi – ele me falou: “Olha eu tenho um negócio para o São Paulo, a Under Armour, uma empresa americana que é a segunda empresa – já tinha acabado de ultrapassar a Adidas – vai para o Brasil em 2015 se instalar e vão entrar no futebol. Eu gostaria muito que você me apresentasse ao São Paulo Futebol Clube.
Eu falei: “Jack, eu não tenho relação com a diretoria e não sou diretor. O que eu posso fazer é te passar o contato direto do marketing e do presidente”. Eu dei a ele o telefone do Juvenal Juvêncio e do Julio Casares. Passou uma semana, eu liguei para o Júlio na frente do Jack de onde a gente estava fora do Brasil e disse ao Julio: “Olha vai te procurar um cidadão que tem interesse com a marca SPFC, quer levar uma marca para o Brasil e quer usar o São Paulo”.
A partir daí que eu passei o telefone e não tive mais relação nenhuma nessa operação. Eu não era nada, apenas um conselheiro. Eu fiz aquilo que qualquer conselheiro faria, não pedi nada e indiquei. Eu nem sabia se ia virar ou não porque o São Paulo recentemente havia feito contrato com a Penalty.
Dali pra frente o que eu fiquei sabendo é que em 2014 ele trouxe os americanos para o Brasil, fizeram uma reunião no Morumbi com o Júlio Casares e com o Juvenal Juvêncio. Segundo o Julio, o Juvenal não os atendeu, e inclusive o presidente da Under Armour, Kevin Plank esteve no Morumbi em janeiro ou fevereiro, e o Juvenal não deu a menor atenção a eles. E eu estou falando do Juvenal e quero deixar claro, aproveito pra falar bem claro que eu não estou falando do Juvenal porque ele morreu. O que estou falando aqui eu falei no Ministério Publico e falei no Conselho Deliberativo na comissão especial do conselho e na Comissão de Ética. Isso está gravado quando o Juvenal era vivo. Estou repetindo o que foi falado em 2015.
O Juvenal não deu a menor atenção e o Julio ficou de saia justa com os americanos, porque não foram recebidos como deveria. Em abril mudou-se o presidente, o São Paulo vinha com deficiências financeiras com a própria Penalty. A Penalty não pagava o São Paulo em dia e vinha numa situação delicada. Não estavam felizes. Então o Julio aproveitou a mudança da presidência e prospectou o negócio com a Under Armour. A partir daí isso foi cuidado pelo presidente do clube Carlos Miguel Aidar e pelo vice-presidente de marketing. É isso, foi assim que o Jack chegou a São Paulo.
E o que você pode nos falar sobre a Far East?
A Far East e da história dos 18 milhões que é outro factoide. O contrato da Far East com o São Paulo é um contrato de intermediação absolutamente comum e normal de todos os negócios que o São Paulo faz.
Não há nada errado. O contrato da Far East com o São Paulo foi absolutamente Licito. Seguiu todas as regras estatutárias que o estatuto da época comandava. A diretoria seguiu todos os ritos estatutários não há um fato ilícito no contrato. E depois, por sinal, não causou prejuízo.
Então o caso Far East, o Jack existe, não há nada ilícito, não houve prejuízo, não houve nenhum ato ilicito. É por isso que eu não fui expulso, não foi investigado pelo Ministério Público. É por isso que eu não devo nada ao São Paulo Futebol Clube.
É importante deixar claro que esse caso foi investigado por uma comissão especial do conselho deliberativo formada pelo Leco na época presidente deste e opositor ao Aidar, e essa comissão depois oito meses de investigação não achou nada errado, fora isso, ficou mais seis meses sobre investigação da comissão de ética, na época presidia por um desembargador, que também não achou nada de errado e julgou com tudo lícito e normal.
O conselho deliberativo arquivou a denúncia por unanimidade por não encontrar nenhum ato ilícito e prejuízo ao São Paulo, por fim o caso foi para o ministério público q não deu andamento a investigação e não aceitou a denúncia contra a Far East porque não achou nada ilegal.
Por que nesse imbróglio todo do Jack sobrou só para você?
É muito simples. Primeiro porque tem um blogueiro que se diz jornalista, o Paulo Pontes de um site chamado Tricolor na Web. Esse cara pegou um cartão pessoal meu na época e transformou isso num escandalo. Foi o maior acusador desse caso colocando na mídia e em todas as redes sociais.
Ele coloca “bomba bomba vice-presidente é representante da Far East no Brasil”. E criou um factóide e foi muito aproveitado por parte da imprensa. Essa imprensa que adora mentira, aí eu fiquei marcado com esse cartão. Eu fiz uma explicação na época mas eles não quiseram.
Em alguns blogs, um dos blogs que me acusava veementemente, era o blog do São Paulo que é do Zanquetta, que é um cara que bate até na mãe e me batia muito, mas ele me deu espaço e tudo o que falei aqui hoje eu falei no dia que publicaram esse cartão.
Note uma coisa, quem me batia muito é o Paulo Pontes, Palenzuela e o Faro que trabalha no São Paulo. Fernando Faro que também foi jornalista do Estadão, tinha um blog e me chamou de satanás do Morumbi.
Olha que coincidência. Eles me bateram durante seis meses nessa história e oito meses até depois que eu saí.
Hoje, o Fernando Faro é gerente de comunicação do São Paulo. Ele trabalha dentro do São Paulo. O Palenzuela também está dentro do São Paulo Futebol Clube. E o Paulo Pontes, quem é o Paulo Pontes? A mulher dele era diretora de eventos e tem uma escola de inglês dentro do São Paulo. Mas tudo. depois que eu sai. Eles foram premiados, todos eles foram premiados. Por isso que eu fiquei com essa marca nas minhas costas.
Por que escolheram você e não o Julio?
Porque o Júlio é simpático, o Julio é da Record. O Julio assinou o contrato igualzinho eu lá. A assinatura dele dentro do contrato valia mais que a minha. Ele era o vice-presidente de Marketing e ele é o conselheiro mais votado na última eleição. É meu amigo, honesto, transparente. O contrato é limpo e assinou assim como o Osvaldo. Mas não ficou nada para o Júlio e nem deveria ficar, porque não foi feito nada errado. Ficou para mim, porque eu sempre fui valente e bati de frente com a oposição e sempre tomei os meus princípios como base de caráter. Eu não levo desaforo e não faço média com ninguém. Eu não devo nada e volto a falar: eu não preciso. Eu saí do São Paulo há dois anos e vivo bem a minha vida, do meus filhos.
Eu enquanto fui vice-presidente, ofendido e agredido, chegava no clube 4 horas, 5 horas da tarde e saía de lá 11 horas, meia-noite para poder fazer o plano do sócio-torcedor. Eu fiquei em reuniões, larguei a minha família noites e noites durante a semana e fim de semana chegando em casa meia-noite. E eu não era remunerado. Hoje é legal ser diretor do São Paulo, ganhar 40 mil por mês, 30.
O que tem a dizer sobre as gravações em que dizem que pediu propina na negociação com uma hamburgueria e que essa era a sua prática comum?
O que tenho a dizer sobre isso é um factóide. Mas você vai falar que o Carlos Miguel falou numa gravação. Ele fala que eu pego comissão em tudo e pedia comissão em tudo em uma gravação que ele não sabia que estava sendo gravado numa conversa entre ele e o Ataíde. Dois amigos e quem ouviu a conversa inteira viu que são dois amigos se atritando. E o Carlos Miguel de forma covarde tira o dele da reta e joga isso.
Agora o que tem de verdade nisso é muito simples. Faz dois anos que eu saí de lá e até hoje não apareceu uma empresa ou alguém que me acusasse de ter pego ou pedido comissão. Até porque, importante dizer, que todos os contratos que eu assinei como vice-presidente de marketing – Copa Airlines, Gatorade, Linktel – não tiveram intermediários, foram negócios diretos. O São Paulo recebeu direto da conta dos caras. São empresas multinacionais, todas elas são multinacionais. É difícil de sair um dinheiro da conta por fora.
É assim. Eu não tinha ninguém me acusando diretamente e a esse quem fez a resposta, a única pessoa que fala foi o Carlos Miguel. Eu não tinha como cobrá-lo, porque ele me respondeu judicialmente. Mas a minha sorte, e quem tem a verdade ao lado o tempo é senhor da razão e o tempo resolve. Passado um ano que eu saí de lá, o gerente de marketing do São Paulo Futebol Clube junto com o blogueiro Paulo Pontes produziram uma fita dentro do departamento de marketing do São Paulo me acusando de pegar dinheiro da hamburgueria, que eu pedi comissão na hamburgueria e fizeram de novo um escândalo na internet. Aí eu tinha alguém me acusando. Eu instaurei o inquérito policial.
Lendo a conclusão da investigação: “A autoridade policial no relatório apresentado afirmou que os supostos autores se retrataram em suas declarações, além de não trazerem qualquer prova do alegado. Não havendo nenhum crime e remetendo o inquérito para o juízo de direito da 2ª vara criminal do Fórum Regional de Santo Amaro”.
Então é assim, você pode acusar o cara que quiser por maldade, mas está aí, eu nunca pedi comissão, eu nunca tive negócio com a hamburgueria. É bom ficar claro que essa hamburgueria teve uma unica reunião com o São Paulo, comigo, com funcionários juntos. Eu não conhecia esse pessoal.
Vou ler aqui a declaração do Fernando Ferreira: “Não houve nenhum pedido de comissão por parte do Douglas para a finalização do contrato entre o São Paulo e a empresa”.
Rogério Ceni:
Ele é um ídolo do clube, uma pessoa que ama o São Paulo e fez muito como jogador. Como treinador, foi usado como cabo eleitoral e não teve tempo de mostrar um bom trabalho. ficou apenas seis meses e ainda teve várias saídas de jogadores, o que dificultou ainda mais.
Conheço o Rogério, sei o quanto ele ama o São Paulo. Tenho certeza que ele irá se profissionalizar mais, se preparar e ainda voltará ao São Paulo para fazer história como treinador.
Sócio Torcedor:
Eu iniciei e completei todo o trabalho. Foi eu que lancei em 15/06/2015 e fiz todas ações de Marketing e comunicação do lançamento do plano até outubro de 2015, pulando de 35.000 para 85.000 sócios torcedores nesse período, foi o maior crescimento até hoje lembrando que já estávamos fora da libertadores e em 6º no brasileirão, o que mostra que as ações de marketing e comunicação eram excelentes e a torcida gostava e se engajava.
Somos pioneiros e poderíamos hoje ter um plano muito mais atrativo para os torcedores, não apenas dando brindes e benefícios, mas também deixando com que os torcedores possam ter direito a voto.
Seria muito bom e importante, os Sócios Torcedores poderem ajudar a escolher o presidente do time do coração.
Dinheiro recebido no ST:
O valor arrecadado com o Sócio Torcedor tinha que ser integralmente para o futebol. Por exemplo, você usa 70% para compra de reforços úteis para o time e os outros 30% para melhoria dos CTs, do Estádio, enfim, tudo voltado ao futebol, não apenas o profissional, pois temos qeu olhar e cuidar bem da nossa base.
Clube – SPFC
Eu sou a favor de separar o clube do futebol. E como falei, o valor do ST teria de ser exclusivamente para o futebol, não tem que ir nada ao clube, até porque, este se mentém sozinho, nunca fica no vermelho. Apenas com os títulos e mensalidades, o clube sobrevive bem e às vezes até com um superavit no caixa.
Categorias de base
Ultimamente nossos jogadores sobem para serem vendidos. Não conseguimos aproveitar o que nós mesmos criamos. Exemplo recente foi o David Neres. É um garoto que poderia ter um futuro enorme aqui e nos ajudar muito, mas a atual diretoria não pensa assim e em cinco jogos já vendeu o garoto. O pior não foi vender, mas sim liberar o jovem. O que quero dizer é: poderia até ter vendido, mas com uma condição de liberar o atleta apenas no término do Brasileirão. Nossa atual diretoria de futebol, junto com o presidente não pensam bem e prejudicaram o time, e reformulando o elenco duas vezes em poucos meses.
O que faria se fosse o diretor de futebol
Primeiro eu contrataria alguma pessoa 100% do futebol para ser meu gerente de futebol. Alguém com conhecimento de vestiário e com a linguagem dos jogadores. Alguém que poderia fazer esse meio de campo entre jogadores e a diretoria. Não dá para você querer cuidar sozinho como o atual diretor está fazendo, isso é egoísmo puro, deixando o clube de lado.
Quais nomes seriam bons
Edmílson é um ótimo nome. Tem identidade com o clube, é ex-jogador, entende a língua dos boleiros e certamente faria um bom trabalho.
Kaká e Amoroso também seriam nomes bons. Se eu fosse diretor, conversaria com eles.
Kaká como jogador
Seria bom ter um atleta como ele para o próximo ano, claro, teria de ser avaliado muito bem para saber se teria condições de ajudar o time em campo, mas claro que fora das quatro linhas é algo que ajuda financeiramente o clube. Atrai mais STs, venderia mais camisetas, ajudar com patrocinadores e muito mais.
Atuais patrocínios do time
É algo ridículo o que estão fazendo com o São Paulo. Um clube com nossa grandeza, com nossa história, não pode ter patrocínios como os que temos e o pior, pagando tão pouco. Nossa diretoria não sabe argumentar, negociar e vende espaços na nossa camisa a preços absurdos. Isso não condiz com o São Paulo futebol Clube.
Patrocinadores
Em 2014 e 2015 com a crise no país e com a Copa do Mundo, a Semp Toshiba desistiu de ser o patrocínio máster no final de 2013. Embora tenha se estendido de graça até a eleição (abril), o contrato com eles já havia acabado em dezembro de 2013.
Eu não sei qual foi o trabalho feito no final de 2013 para substituir para substituir a Semp Toshiba, mas era sabido que com a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, era pouco provável conseguir grandes patrocinadores, porque as verbas de marketing para 2014, 2015 e 2016 estavam todas voltadas para os grandes eventos citados. A gente ficou sem patrocínio máster em 2014 e 2015 não é por incompetência não, foi devido ao mercado. Já era previsto que isso aconteceria. O que a gente não previa era Semp Toshiba sair. Isso que nos pegou de calça curta.
Hoje nossa camiseta é uma página de jornal, página de anúncios. Hoje eles vendem anúncio. Eles vendem anúncio da Joli, Fiap. A Joli e a Fiap pagam R$ 1,2 mi cada. Nós tínhamos na camisa menos do que a Copa Arlines pagava.
Copa Airlines
A Copa em setembro de 2015 nós fizemos uma ação e recebemos um avião. Qual é o clube que tem a imagem estampada no avião na América. Nós temos três aviões com a imagem do São Paulo voando por toda a América vendendo e expondo a nossa marca fora do Brasil. A Copa Airlines estava disposta a comprar a manga da camisa. Estava tudo certo para eles pagarem R$ 6 mi, mas a gestão não negociou e perderam essa verba que seria muito importante.
Resumindo, quando eu saí, quem assumiu o meu lugar foi o Manssur e ele não seguiu o trabalho que eu vinha fazendo.
Nós estávamos pedindo R$ 6 mi pelas mangas da camisa. Aí o que eles fizeram em janeiro? Venderam para o Fabio Wolf com o Alan Cimerman, e quem assina é o Pinotti. Ou seja, eles venderam o espaço na camisa que seria da Copa por R$ 6 mi, para a Fiap e para a Joli, que juntos não pagam nem metade do que a Copa pagaria. Depois disso, a Copa quase saiu do São Paulo, porque ela pagava três milhões sem direito a camisa. E nós estávamos negociando por R$ 6 mi sem intermediário, que fique bem claro, a manga da camisa que é da Corr Plastic que paga R$ 1,6 mi .
E com a Corr Plastic ainda teve aquele imbróglio com o fato do contrato do Ceni, onde a Corr ficou alguns jogos como patrocinador master, sem pagar um real sequer.
Outro exemplo, a Prevent Senior pagava R$ 5 milhões para estar na omoplata do SEP. A mulher da Crefisa botou eles pra fora e eles pagaram a camisa do São Paulo por R$ 7 mi. Eu não aceito e não é o meu perfil, não é assim que eu trabalho. Entende? Então eu prefiro ficar com a camisa limpa e ter alguma empresa renomado que pagasse d eR$ 15 a 20 milhões, mas hoje tem o Banco Inter que paga catorze. Lembrando que eles tem a omoplata e o máster por 14.
Mas tudo bem, isso é válido, mas um milhão de reais na camisa , 600 mil no shorts com a Poty. A Rock Ribs ficou seis meses de graça e não pagou nada. Isso é marketing? Qualquer marca que chega lá estampa na tua camisa. Isso é jornal. O São Paulo não precisa e não merece isso.
O São Paulo virou a casa da mãe Joana. Como é que você vai agregar a sua marca, quem que vai agregar? Quem quer estar ao lado da Poty, Urbano?
Restaurante Copa/ Rock Ribs: Isso eu não consigo entender. Temos um ótimo espaço dentro do estádio e que não é explorado. Poderia ter algo bom para o SPFC e para os torcedores.
A diretoria tirou o Restaurante Copa para colocar a hamburgueria devido a um tema contratual, porém, fizeram de olhos fechados.
A Rock Ribs chegou, destruiu o espaço, não pagou nada ao antigo restaurante, não pagou nada ao São Paulo e ainda nos deu prejuízo. Como explicar uma situação dessa? Temos um belo espaço dentro do Morumbi e que está largado.
Sua saída da diretoria
Eu me afastei da diretoria do São Paulo em 2009. Na verdade, quando eu era adjunto de marketing (2002 a 2004) o vice-presidente, se eu não me engano, era o nosso “querido” Leco.
Em seguida passei a ser adjunto de futebol profissional de 2004 até 2009.
Quando eles demitiram o Muricy, que era meu amigo pessoal e do qual eu tinha uma admiração muito grande pelo trabalho que ele fez quando foi tricampeão, eu não me conformei de demitir um técnico tricampeão brasileiro por uma derrota na Libertadores em 2009.
Então naquele momento percebi que a minha opinião não valia nada, então não tinha sentido eu ser diretor. Não faz sentido ser diretor, onde você senta em uma mesa e o que você fala não presta. Então eu me retirei da diretoria. De 2009 em diante eu passei a ser um conselheiro como os outros 240 conselheiros.
Vale lembrar que voltei para a diretoria em maio de 2014, como diretor de comunicação e fiquei até fevereiro de 2015. Saí da diretoria em outubro de 2015 com vice presidente de marketing e comunicação.
FOTO: Divulgação