O escolhido do recém-eleito presidente do São Paulo, Julio Casares, tem passagens por outros quatro clubes profissionais do Brasil: Grêmio, Chapecoense, Athletico Paranaense e Atlético Mineiro.
+ Tempo de contrato dos jogadores do São Paulo
Grêmio
Em Porto Alegre, Rui Costa iniciou sua caminhada no departamento jurídico do Grêmio. Depois, assumiu o cargo que hoje ocupará no São Paulo, de diretor executivo, e foi um dos principais nomes na montagem do elenco do Grêmio para as conquistas da Copa do Brasil de 2016 e Copa Libertadores de 2017.
Reestruturação da Chapecoense
Rui Costa assumiu a Chapecoense após o acidente aéreo que resultou no falecimento de 71 pessoas, em 2016. Entre o período de Natal e ano novo do mesmo ano, Rui Costa contratou 25 jogadores dispostos a participarem da reconstrução da Chapecoense.
Dentro das quatro linhas, a equipe catarinense foi campeã estadual com 15 vitórias, seis empates e oito derrotas em 29 jogos. Além disso, conseguiu uma vaga na Copa Libertadores no Campeonato Brasileiro de 2017, disputando a competição sul-americana em 2018.
Ele deixou a equipe catarinense no meio do Brasileirão de 2018, quando a Chape flertava com a zona de rebaixamento com apenas 18 pontos em 17 partidas.
Passagem no Athletico Paranaense
Após sua passagem pela Chapecoense, Rui Costa passou a atuar no Athletico Paranaense. O dirigente assumiu a equipe quando ocupava a zona de rebaixamento do Brasileirão 2018 e, com a efetivação de Tiago Nunes ao profissional, o clube se recuperou e subiu na tabela da competição nacional. Antes de Tiago Nunes, Fernando Diniz, hoje técnico do São Paulo, era o comandante do clube paranaense.
Na mesma temporada, o Furacão conquistou o inédito título da Copa Sul-Americana, que resultou na sexta edição de Copa Libertadores na carreira de Rui Costa como executivo no futebol brasileiro. Ele iniciou a carreira em 2013, no Grêmio.
Seu último trabalho: Atlético Mineiro
A última vez em que Rui Costa esteve presente nos bastidores do futebol brasileiro foi no início de 2020, quando foi demitido do Atlético Mineiro, que viria a contratar Alexandre Mattos – hoje já demitido do Galo.
Na cidade mineira, o dirigente teve curto tempo de trabalho: Foram apenas 10 meses, sendo demitido por Sergio Sette Câmara após a eliminação do Atlético Mineiro na Copa do Brasil para o Afogados, de Ingazeira-PE. Antes disso, a equipe também foi eliminada na Copa Sul-Americana, para o Unión de Santa Fe, da Argentina.
Na época, Rui Costa foi criticado por parte dos torcedores por algumas contratações que não vingaram dentro de campo. Em contrapartida, também foi responsável direto nas contratações de Arana, Savarino e Hyoran.
Fora das quatro linhas
Rui foi o responsável a levar uma proposta à CBF no ano de 2013 buscando o aumento do número de vagas para jogadores estrangeiros nos clubes brasileiros. A proposta foi aprovada e possibilitou o recorde de atletas sul-americanos chegando ao futebol brasileiro. Outro feito positivo à época é que Costa foi um dos defensores e atuantes no ‘Lapidar’, projeto que cuida, aperfeiçoa e transforma os jovens atletas da base em pérolas prontas para vingarem na equipe profissional.
“As pessoas acham que o papel do executivo é só contratar e dispensar, mas vai muito além disso. Assim como qualquer grande empresa corporativa, os times de futebol também precisam de um executivo que tenha completo entendimento do funcionamento do clube, em todos os setores”, disse o dirigente na época.
Premiação individual
Rui Costa foi eleito o melhor executivo de futebol pelo Prêmio Conafut pelo trabalho desempenhado na sua temporada de 2018. À época, esteve na Chapecoense e no Athletico. Na ocasião, ele teve 42% dos votos e tinha a concorrência de Alexandre Mattos, do Palmeiras, e Marcelo Djian, do Cruzeiro.
Novo desafio
Agora como dirigente do São Paulo aos 50 anos, Rui Costa tem um grande desafio pela frente: Ser o diretor executivo que vai tirar o Tricolor de uma fila de nove anos sem títulos oficiais. A última taça do Tricolor foi em 2012, quando conquistou a Copa Sul-Americana.
De lá pra cá, o clube trocou técnicos, elencos completos, dirigentes e presidentes e não conseguiu voltar a vencer. Agora, com Julio Casares, Rui terá o desafio de remanejar a equipe de 2020/21 para a temporada de 2021, começando pelo cargo do técnico Fernando Diniz, que não tem sua continuidade garantida.
Fonte: Priscila Senhorães/ TNT Sports
Foto: Angélica Lüersens/ Diário Catarinense