Toca no Calleri que é gol!
Artilheiro do São Paulo no ano, Calleri se cobra por gols e torce para música virar realidade na semi
Os números de Calleri no ano impressionam, são 15 gols em 29 jogos, mas o argentino ainda não está satisfeito e se cobra por mais. Sem Ganso, Calleri se torna a principal a principal arma contra o Atlético Nacional, nas semifinais da Taça Libertadores.
O atacante se recorda dos 11 jogos de jejum, entre fevereiro e março, e admite o objetivo de ser o goleador da Libertadores. Hoje tem oito, empatado com Marco Rúben (Rosário Central) e Ruben Sosa (antes no Pumas e agora Tigres), ambos já eliminados.
– Não gosto, isso fica para torcida. Devolvo o carinho com gols. Se não eles fazem os gols e eu canto a canção, fica mais fácil (risos). Mas sou um profissional sério, me concentro no trabalho para o qual me contrataram, e a torcida canta. O conjunto dos dois dá uma motivação extra para seguir ganhando e buscando coisas maiores – disse.
Durante a entrevista exclusiva à TV Globo, Calleri não enxergou maior responsabilidade para si por conta da ausência de Ganso. O camisa 10 tem um estiramento na coxa direita e deve ser substituído por Ytalo. Apesar do peso do desfalque, ele se recorda do duelo com o The Strongest, em La Paz, no qual o meia iniciou no banco, no empate por 1 a 1.
– Todo o time tem de ajudar da sua maneira para vencermos. Cada um na sua posição sabe o que precisa fazer. Creio que Ytalo vai substituí-lo e fará da melhor maneira. Eu terei a pressão de sempre: querem que eu faça gols. É o melhor que sei fazer. Se não acontecer, outro fará, como o Maicon contra o Atlético-MG, Michel Bastos contra o Toluca, enfim, cada um dá seu melhor para vencermos. O camisa 9 sempre tem a responsabilidade de marcar, mas nesses jogos o que define é a inteligência de cada um – disse.
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Com contrato até o fim de julho, Calleri admite a iminência de sair do São Paulo após a Libertadores. O próprio Tricolor não conta com sua permanência. Se dependesse de si, diz que gostaria de continuar em caso de título para a disputa do Mundial de Clubes. Mas…
– Há muitos fatores além do São Paulo que não dependem só de um, e sim de um grupo de empresários que adquiriu meus direitos e me colocou aqui por somente 5 meses. Depois, não depende de mim o que acontecerá. Me sinto muito cômodo aqui, mas seria muito difícil que eu possa estar nos próximos seis meses – afirmou.
Antes de iniciar a disputa das semifinais, ele promete se policiar para não errar novamente com novos cartões. Calleri tentará evitar cartões “boludos”, nas suas palavras, ou seja, bobos, como por reclamação e tirar a camisa do time. No ano, recebeu 13 amarelos e foi expulso duas vezes.
Dito tudo isso, então, nesta quarta-feira: toca no Calleri que…?
– Tomara que seja gol! Espero que a canção faça efeito e eu possa jogar para converter ao menos um gol. É o que falta para ser o goleador, mas o melhor que pode acontecer é que todos ajudem como possam, deem seu melhor e quem entrar de titular nos ajude a chegar à final. Gostaria de ser o goleador da Libertadores, ficaria na história, mas o mais importante é passar.
Assim como na estreia do artilheiro, família Calleri estará apoiando o camisa 12.