Tudo nesta vida é hábito
Escassez de títulos não é só no São Paulo, e sim, em grande parte do elenco tricolor
Caros amigos tricolores, lendo as notícias de mercado sobre o vai e vem de jogadores que estão deixando ou chegando para vestir o manto tricolor, começo a pensar em um pequeno grande detalhe.
Como era bom de ver elencos tricolores habituados e levantar troféus, a estar sempre na ponta de cima da tabela e disputando as fases finais de mata-matas, sejam eles de que campeonato for…
Há tempos esta nossa realidade mudou, e, faz valer, literalmente, um trecho de nosso tão bonito hino, “as tuas glórias, vem do passado”.
Hoje, nos habituamos e nos satisfazemos em ganhar um clássico a cada 4 ou 5 disputados, nos habituamos e ver o time jogar bem apenas uma vez por mês, virou um hábito ir ao Morumbi e achar “normal” um empate com um Coritiba da vida, ou até mesmo perder “fora”, para um bom time da Ponte Preta, como aconteceu nesta última rodada.
MAS NÃO, NÃO É NORMAL!!!!!!!
Precisamos de jogadores habituados a vencer, habituados e sofrerem quando o time perde, como já vimos diversas vezes Lugano e Rogério Ceni fazerem.
Precisamos de jogadores habituados a serem campeões por onde passarem e sofrerem se isso não acontecer, a ficarem p#t0$ da vida quando o time perder sem se entregar.
Sinto falta de jogadores vencedores, que tenham títulos na carreira e vontade de vencer uma competição, não somente uma partida, de uma diretoria que veja isso no nosso elenco, que queira trazer um jogador que tenha essa necessidade individual, de um título por temporada onde jogar, e que contagie todo o coletivo, que mostre que esta calmaria de meio de tabela, é e sempre será para os fracos.
Hoje nosso tricolor não tem esse DNA em seus jogadores, o único jogador do elenco, que além de uma enorme coleção de taças, e é, realmente o torcedor em campo, se encontra com seu contrato no final, e ao que tudo indica, nossa omissa diretoria tende em não renovar com Dio5 Lugano.
Veja o grande Lucas Pratto, que por mais que se entregue nas partidas e seja brigador, tem um único título de expressão em sua até que longa carreira (Campeão Argentino em 2012/13), vejam, lá se vão 4 anos sem taça – não vou computar o título mineiro de 2015 com o Atlético, assim como prefiro “pular” a Olimpíada que Rodrigo Caio ganhou (com muito mérito) e até a Sul-Americana com nosso Mais Querido. E o que dizer do peruano Cueva (que apesar de campeão em seu país uma ou duas vezes, parou por aí), e isso, se estende a todo o nosso elenco, Jucilei, por exemplo, só tem um título na carreira, um estadual com o J. Maluceli, e por aí vai…um estadual do Cícero alí, uma Copa do Brasil, aqui…mas títulos parrudos, frequentes, aqueles jogadores campeões e protagonistas em campo, como nos habituamos a ver o M1TO (que tem mais título que muito clube grande por aí e hoje, do banco, deve sentir uma saudade absurda daquele São Paulo de outrora…)…faz vermos que hoje, infelizmente, não temos, não temos jogadores campeões e isso é o que nos faz falta…
Saudade de gritar “É CAMPEÃO!”
Foto: Divulgação