Time peruano gasta uma fortuna para poder jogar em seu estádio na Libertadores

Binacional se dispõe a gastar mais de R$ 6 milhões para poder usar seu estádio e mandar seus jogos 3,8 mil metros acima do nível do mar
A altitude já é um tradicional adversário dos clubes brasileiros na Copa Libertadores, e neste ano deve ser a vez de o São Paulo enfrentar o ar rarefeito.
O Tricolor foi sorteado no mesmo grupo do Binacional (PER), clube que se dispõe a gastar mais de R$ 6 milhões para poder usar seu estádio e mandar seus jogos 3,8 mil metros acima do nível do mar.
O Binacional tem sede na cidade de Juliaca, no sudeste do Peru, nas cercanias do lago Titicaca e da fronteira com a Bolívia. É onde fica o estádio Guillermo Briceño Rosamedina, casa da equipe, escolhido para receber os jogos da fase de grupos da Libertadores. O caso é que o local não atende a uma exigência da Conmebol, que só permite partidas em estádios com iluminação de ponta (no mínimo 1.000 lux). Por isso há um esforço governamental e um investimento milionário na tentativa de garantir os jogos em casa.
O estádio Guillermo Briceño é público, de forma que os gastos com qualquer reforma precisariam ser aprovados no âmbito político. Durante as semanas de indefinição sobre o que seria feito, até o presidente do Peru se colocou à disposição para ajudar a encontrar uma solução. “Vamos dar atenção especial para a iluminação, para que não haja risco de o Binacional sair de sua casa”, disse Martín Vizcarra na semana passada, durante uma visita a Juliaca, quando prometeu que “qualquer inconveniente será superado”.
Entre sexta-feira (3) e sábado (4), reuniões entre representantes do Binacional, do governo estadual e da entidade que administra o estádio estabeleceram o convênio para a reforma. O Binacional está disposto a assumir integralmente o custo dos refletores, orçados em 5 milhões de soles peruanos (R$ 6,18 milhões), e a instalação começa hoje. Desta forma o clube tenta evitar mandar seus jogos na cidade de Arequipa, a 280 km, onde a altitude de 2.300 metros tem mínima influência sobre o desempenho dos atletas.
Foto: Divulgação
Fonte: UOL Esporte