Para tentar montar uma lista mais atual possível, a ESPN ouviu os 20 clubes da primeira divisão do Brasileirão, além do Cruzeiro, que joga a Série B em 2020

Formular um ranking com o número exato de sócios-torcedores é uma tarefa muito difícil, pois os números mudam com rapidez devido a novas adesões ou desistências a todo momento. Além disso, cada equipe tem critérios diferente na contagem de seus associados, o que prejudica qualquer comparativo entre elas.

Vale também uma ressalva importante: dos 21 clubes ouvidos, quatro não possuem ou não quiseram informar seus dados. Atlético-MG e Fluminense alegaram que estão reformulando o projeto e, portanto, não faria sentido passar números desatualizados; já Atlético-GO e Red Bull Bragantino, novos integrantes da elite, não têm um programa de sócios.

Veja o total (parcial) de sócios cadastrados e o total de adimplentes:

Veja, abaixo, a situação de cada clube:

Atlético-MG

O time mineiro era um dos clubes brasileiros com mais sócios, mas para 2020 projeta uma reformulação completa no quadro. Até por isso, o Atlético-MG não divulgou informações do programa antigo, pois está focado em, suas palavras, “oferecer algo diferente e mais benéfico ao torcedor”. A tendência é que o lançamento seja ainda no primeiro semestre.

Atlético-GO

De volta à elite do Brasileiro, o clube goiano não possui um programa de sócio, até porque só conseguiu reinaugurar seu estádio em 2018. A diretoria pensa em alternativas para a torcida desde que conquistou o acesso e estuda a possibilidade de lançar um plano em breve. No entanto, não há data para isso acontecer.

Athletico-PR

O clube paranaense tem atualmente um plano com duas categorias, mas uma delas, a mais barata (R$ 90 mensais), está esgotada – resta o de R$ 150 mensais. Pelas regras do programa, ambas garantem ingresso e lugar marcado aos jogos na Arena da Baixada. Segundo a assessoria de imprensa, não há uma meta divulgada para a temporada. A inadimplência é de 5%.

Bahia

Há motivo para se orgulhar. Dos 14 mil sócios em janeiro de 2018, o clube superou a barreira dos 44 mil dois anos depois e estima fechar a atual temporada com 60 mil. Tal crescimento é uma consequência dos benefícios destinados à torcida, desde descontos em comida e bebida dentro da Arena Fonte Nova até uma camisa oficial por ano, a quem já era sócio antes de 2018.

O Bahia conta com o dinheiro obtido com o Sócio Esquadrão para elevar o patamar financeiro e entrar na briga por contratações com clubes de Sul e Sudeste. Foi assim, por exemplo, que fechou com Rodriguinho, ex-Cruzeiro.

Botafogo

O clube tem um contador em tempo real em seu site, o que facilita o levantamento dos números. Até o fechamento da reportagem, o time alvinegro tinha superado a marca de 24 mil associados. A meta para a temporada é atingir os 30 mil o quanto antes e, se possível, estipular um novo objetivo ainda em 2020.

A contratação do meia japonês Honda é um trunfo para atrair novas adesões ao plano do Botafogo, que tem apenas uma categoria, mas permite adicionar produtos ao longo do ano por um custo extra.

Ceará

Apesar de ter um número grande de associados, o clube alvinegro sofre com inadimplência. Pelas contas da diretoria, pouco mais de 19 mil são ativos e contribuem financeiramente, de um total de mais de 34 mil inscritos. Os números devem melhorar, até porque o departamento de marketing lançou recentemente um novo plano, cuja intenção é alcançar 44 mil sócios até o fim do ano e faturar cerca de R$ 22 milhões.

Corinthians

É um caso peculiar. O clube alega ter uma média de 80 mil sócios ativos no programa Fiel Torcedor, com preços que atingem até R$ 360 por mês. Mas em janeiro, época do levantamento, os números caíram para 68 mil associados. A alegação é que este é o período de vencimento de contratos, e que a média de 80 mil será mantida para toda a temporada.

A principal meta para 2020 é atrair novamente aqueles que não pagam a mensalidade em dia. Com apoio do parceiro BMG, o Corinthians estrutura uma campanha de anistia aos inadimplentes, que terão a dívida perdoada em caso de abertura de contas no banco.

Coritiba

O time paranaense congelou determinadas modalidades para priorizar uma específica, a que dá direito de acesso ao estádio por R$ 50. A ideia era chegar rapidamente aos 25 mil associados, apesar da taxa de inadimplência de 10%. Após chegar à primeira meta, o Coritiba quer colocar em prática a segunda etapa, que é descongelar o plano que dá direito à compra de ingresso com desconto. O principal objetivo é alcançar os 30 mil associados.

Cruzeiro

Rebaixado pela primeira vez em sua história, o Cruzeiro tem dois planos: o antigo, chamado 5 Estrelas, tem 22 mil pessoas inscritas, enquanto o novo, chamado de Reconstrução, já ultrapassou os 46 mil associados.

O clube investe em campanhas nas redes sociais, com participação ativa do técnico Adilson Batista, para trazer a torcida ao programa e aumentar o faturamento para 2020, um ano de poucos recursos por conta da ausência na Série A.

Flamengo

O atual campeão brasileiro e continental também tem uma calculadora em tempo real que mostra o número mais atual possível em seu site. A diferença é que, do total de associados, 130 mil, o clube rubro-negro calcula que 8% não pagam em dia, então não entram na conta dos sócios ativos.

O sucesso da equipe de Jorge Jesus no segundo semestre e a probabilidade de repetir isso em 2020 deixa o time otimista em melhorar os números durante a temporada, mas ninguém fala abertamente sobre meta de crescimento.

Fluminense

Outro caso de reformulação completa do quadro de sócios. Até meados do ano passado, o time carioca ostentava números mais modestos, com cerca de 15 mil associados. O clube adotou a estratégia de reformular o programa e tentar oferecer algo mais atrativo à torcida. A data de lançamento não foi revelada pelo clube.

Fortaleza

Assim como outros clubes, possui um contador em tempo real disponível aos torcedores em seu site. São oferecidos três planos (Leão Fiel, De Aço e Do Pici) para que o associado compare os benefícios e se enquadre no que for melhor a ele.

Para 2020, o clube almeja chegar aos 40 mil sócios, o que provavelmente o fará subir no ranking. Em campo, o atrativo está na primeira participação na Copa Sul-Americana e no segundo ano consecutivo na Série A do Brasileiro, sob a batuta de Rogério Ceni.

Goiás

O projeto “Sou Verdão” começou 2020 acima da barreira dos dez mil sócios-torcedores, mas o clube leva em conta uma taxa de inadimplência de 10%. Para a atual temporada, o Goiás atualizou valores dos seis planos disponíveis à torcida e espera chegar a dezembro com 15 mil sócios, a maioria ativa.

Grêmio

O caso tricolor é um pouco diferente da maioria, já que os sócios não apenas recebem vantagens, mas têm participação na vida política do clube, com possibilidade de votar em eleições. Com planos entre R$ 35 e R$ 155, o time gaúcho diz ter faturado R$ 75 milhões com o quadro em 2019. A expectativa é a manutenção desses números durante a próxima temporada. A inadimplência, segundo informações do clube, é de 5%.

Internacional

O time gaúcho já liderou o ranking de sócios por um bom tempo, mas hoje aparece atrás de Vasco e Flamengo. São 121 mil associados ao programa colorado, mas o número de mensalistas em dia cai para pouco abaixo de 107 mil. Segundo o Inter, a taxa de inadimplência de janeiro é a maior da temporada, pela ausência de jogos oficiais.

A tendência é de crescimento, principalmente a partir de campanhas previstas pelo clube, que vão desde descontos em produtos até ingressos. Não há uma meta estipulada.

Palmeiras

O Palmeiras, que recentemente passou por um problema de vazamento de dados de sócios-torcedores, não costuma divulgar números do programa Avanti. Segundo apuração da reportagem, o clube trabalha com uma base ativa de 70 mil sócios (o número de cadastros, não revelado, é bem maior).

A contagem interna é feita mês a mês, então, o número varia com frequência. São sete categorias, de verde a diamante, que variam de R$ 9,99 até R$ 779,99, com benefícios compatíveis à mensalidade.

Red Bull Bragantino

Assim como o Atlético-GO, o time paulista não possui um programa de sócios. A parceria entre o tradicional Bragantino e a empresa Red Bull rendeu o acesso à primeira divisão do Brasileiro e uma série de contratações que mexeram com o mercado. Internamente, o clube estuda uma forma de beneficiar a torcida, mas por enquanto a ideia não saiu do papel.

Santos

O Santos tem uma base de mais de 100 mil cadastros, mas só leva em consideração a parte ativa, em torno de 30 mil. Por regras internas, o clube considera que inadimplência acima de 60 dias é um caso “difícil de recuperar”. Para atingir a meta de 2020, que é fechar com 40 mil sócios com mensalidade em dia, a equipe que coordena o programa de sócios aposta em campanhas de conscientização para conseguir, em média, 700 adesões mensais.

São Paulo

Pioneiro na questão de sócio-torcedor no Brasil, o São Paulo entrou no projeto em 1999. Hoje, mais de 20 anos depois, tem o desafio de manter o interesse da torcida, após seguidos insucessos dentro de campo. O clube trabalha com uma base de pouco mais de 59 mil sócios, mas apenas 28,5 mil estão adimplentes.

A primeira ideia para melhorar os números em 2020 foi lançar um pacote com nove ingressos para os jogos do Campeonato Paulista e da Libertadores. A diretoria trabalha também para reformular o programa e “oferecer algo diferenciado”.

Sport

Segundo nordestino com mais sócios em seu quadro, o Sport estima que tenha até 100 mil cadastros, mas só leva em conta os pouco mais de 37 mil que estão ativos com pagamentos em dia. O clube oferece duas categorias a quem deseja se associar: clube (que contempla mais de 90%) e futebol (com descontos específicos para jogos do time principal na Ilha do Retiro). A meta para 2020, ano de retorno à Série A, é chegar até 45 mil.

Vasco

O Vasco é o grande exemplo de crescimento. De novembro até hoje, foram mais de 150 mil novas adesões ao plano “Sócio Gigante” (o site oficial tem um contador em tempo real), números turbinados por uma campanha agressiva – no bom sentido – nas redes sociais.

O clube garante que este número leva em conta apenas os adimplentes, ou seja, que pagam em dia. Para 2020, o time cruzmaltino ainda não tem uma meta estabelecida. A intenção é equilibrar o número de sócios com a receita.

Qual a meta de cada clube para 2020:

Fonte: ESPN

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