São Paulo quase dobra empréstimos em um ano
Clube teve uma alta nos empréstimos em 2019 e fez com que a quantia de R$ 82,5 milhões para um total de R$ 158 milhões em um ano
O São Paulo quase dobrou valor obtido por meio de empréstimos de 2018 para 2019. Os dados estão no balanço patrimonial do clube.
A maioria dos empréstimos foi feito com instituições financeiras (com os bancos Tricury, Safra, Paulista, Rendimento, Daycoval, Inter, BMG e Bradesco).
Das quantias obtidas com bancos, o São Paulo registrou R$ 114 milhões em empréstimos ao final de 2019, sendo que a maior parte desse valor, R$ 106,4 milhões, tem vencimento para 2020. O maior empréstimo foi feito com o Banco Inter, patrocinador do clube: R$ 17,9 milhões a serem pagos até o próximo mês de dezembro.
Segundo o clube, “os empréstimos contratados junto a instituições financeiras foram destinados substancialmente para capital de giro, tendo como garantia os contratos de cessão de direitos de transmissão em televisão, publicidade e licenciamento de marca, locação de camarotes e cessão de espaços firmados com terceiros. Os contratos estão sujeitos a atualização monetária a uma taxa média de 1,14%/mês”.
O clube também tem empréstimos pendentes com empresários. Em 2019, por exemplo, o São Paulo tomou R$ 14,5 milhões com André Cury, além de ter fechado o ano com valores a serem pagos a agentes que já apareciam no balanço de 2018.
A maior dívida é com o ex-executivo de futebol da gestão atual, Vinícius Pinotti, com R$ 10,9 milhões registrados a receber até o fim do último ano. Carlos Leite tinha R$ 4,7 milhões a receber em dezembro de 2019 e Fábio Mello, que hoje é empresário e foi jogador – inclusive revelado na base tricolor -, R$ 1 milhão.
Dos empréstimos realizados com empresários, R$ 31,2 milhões no fechamento do último exercício, R$ 22,6 milhões têm vencimento neste ano de 2020. R$ 8,5 milhões ainda devem ser liquidados nas temporadas seguintes.
Segundo o clube, o empréstimo com terceiros teve “a finalidade de refinanciar dívidas existentes e aumentar a capacidade de investimentos”.
Em 2019, o São Paulo fez contratações de grande impacto financeiro. Acertou com Hernanes, Tchê Tchê, Alexandre Pato, Juanfran e Daniel Alves, este com vencimentos de R$ 1,5 milhão mensais.
As despesas com o futebol profissional e de base corresponderam a R$ 423,6 milhões, em 2019. No ano retrasado, as despesas foram de R$ 304,9 milhões. Só em salários com o departamento de futebol, as despesas passaram de R$ 101,3 milhões para R$ 131,8 milhões em um ano.
A situação financeira da agremiação também piorou de um ano para o outro. Houve queda nas receitas e o consequente aumento de gastos e dívidas. De acordo com o balanço, saltou de um superávit de R$ 7,2 milhões para um déficit de R$ 156,1 milhões na temporada passada.
Foto: Gazeta Press
Fonte: ESPN Brasil