Saiba por onde vai começar a modernização do Morumbi
São Paulo recebe a melhor nota da CBF para os gramados do Morumbi e agora pensa nas obras para a modernização da casa são-paulina
O São Paulo recebeu recentemente a melhor nota para os gramados do país na temporada da CBF. A pontuação dada ao campo do Morumbi, que passou por reformas no ano passado, foi de 4,67, com a nota máxima sendo 5. O clube só não conseguiu a nota máxima devido aos pontos perdidos no quesito “drenagem”.
A diretoria se mostrou contente com a nota, pois as pequenas reformas de infraestrutura que têm sido feitas no Morumbi nos últimos dois anos estão dando resultados.
Agora, o São Paulo irá modernizar o Morumbi, com foco em três pontos de melhoria, e os obras começam durante a Copa do Mundo da Rússia, em julho.
O Tricolor afirma que tudo será feito sem que o clube mexa no bolso. Os recursos serão externos, seja com dinheiro captado por lei de incentivo (caso da Ambev para a obra nos vestiários) ou diretamente com patrocínio.
REFLETORES
O São Paulo irá começar a modernização do Morumbi com a iluminação. Com a reforma, passarão a ser 400 refletores de 1.000 watts cada um, o que tornaria o estádio uma referência nesse tipo de abastecimento dentro do país.
Para efeito de comparação, hoje são 288 refletores de 1.500 watts cada um.
O clube prevê que a duração das obras seja de no máximo seis meses, finalizando em dezembro, e não exigirá que o clube deixe de jogar no Morumbi durante a execução delas. Hoje, há o entendimento de que não atrapalhará eventuais shows.
A tendência é que a obra seja bancada pela Samsung, empresa que já vem conversando com o São Paulo.
VESTIÁRIOS MODERNOS
Haverá uma reforma completa dos vestiários de mandante e visitante do Morumbi. No entendimento de diretores, treinadores e jogadores que passaram por lá, o São Paulo “parou no tempo”.
Então, a reforma significa não só a ampliação da área, mas também a substituição de equipamentos defesados ou de difícil manutenção para itens mais modernos e práticos (a banheira de hidromassagem, por exemplo).
O São Paulo aproveitará para ajustar o túnel de acesso ao gramado. A saída será aumentada e unificada para que os dois times cheguem ao gramado ao mesmo tempo e juntos. Hoje, o São Paulo entra em campo pelo lado voltado para avenida Jules Rimet, enquanto o visitante o faz pelo lado voltado para a avenida Giovanni Gronchi.
O tempo estimado de obra é de seis a nove meses.
TELÕES
O projeto ainda está em fase inicial, mas já está decidido que o Morumbi ganhará dois telões. As obras ficarão para 2019, por envolver maior complexidade.
Avalia-se a melhor tecnologia e também os melhores locais para instalação dos telões. O clube não esconde que será inevitável evitar pontos cegos no estádio, mas tentará minimizar o máximo possível esse problema.
Para a instalação dos telões, cogitam três locais neste momento: acima da cobertura das cabines de rádio/TV; no espaço entre os novos refletores e a arquibancada; ou em uma área no campo, mas com algum tipo de tecnologia “retrátil”.
Não há uma previsão de quanto tempo durará essa obra.
COBERTURA DO ESTÁDIO, ENERGIA SOLAR E ESTACIONAMENTO
Esses são projetos mais complexos e que não têm um cronograma definido, apenas discussões internas.
O clube pretende fazer uma cobertura em toda a circunferência do estádio, que teria no máximo sete metros de largura, suficiente para proteger da chuva os torcedores que ocupam até as últimas cinco fileiras do local.
Acima dessa cobertura, a intenção é implementar uma “usina de energia solar”, que possa captar energia do Sol para consumo do próprio São Paulo, o que reduziria custos com a Eletropaulo, por exemplo, e eventualmente ser comercializado para empresas/consumidores –o clube estuda eventuais licenças que precisa obter para que isso seja permitido pela prefeitura.
Segundo o São Paulo, a Siemens tem conversado sobre o projeto e deve ser uma parceira nele.
Por fim, discute-se a possível construção de um estacionamento nos arredores do estádio. Há um entendimento (bem antigo) de que a locomoção dos torcedores para o estádio sempre foi um problema e afastou público de muitos jogos.
Mesmo com a futura estação São Paulo-Morumbi, do metrô, que será inaugurada nos arredores no segundo semestre, alguns diretores argumentam que é necessário o clube fornecer um espaço para estacionamento.
Isso poderá acontecer com a aquisição de áreas próximas ou parcerias, mas o assunto encontra-se em um estágio bem embrionário e, portanto, não está na lista de atuais prioridades.
O São Paulo afirma que tudo será feito sem que o clube gaste um centavo. Os recursos serão externos, seja com dinheiro captado por lei de incentivo (caso da Ambev para a obra nos vestiários) ou diretamente com patrocínio.
Foto: Divulgação
Fonte: ESPN