Raí fala sobre polêmica da viagem, lesões e o trabalho de dirigente
Dirigente de futebol falou sobre a viagem que fez no meio do Majestoso e reforçou que só faltou em dois jogos esse ano. Veja sobre outros assuntos comentados
Raí, diretor de futebol do São Paulo, deu entrevista para o SporTV na tarde desta quarta-feira. E falou sobre a polêmica envolvendo uma viagem a França na semana do Majestoso.
Entre esse assunto, o dirigente também fez uma autocrítica, anos sem títulos e lesões que atrapalham o clube nesta temporada.
VIAGEM NO MEIO DO CLÁSSICO
“Primeiro de tudo, não tenho um evento só, sou convidado para vários eventos no ano. Esse evento acontece há 16 anos, é um dos pilares da fundação. Era um dia especifico, aproveitei para marcar compromissos de trabalho. Nesse um ano e meio que passei sem férias, não fui em dois jogos. Diretor de futebol está trabalhando mesmo não estando lá.”
“Óbvio que existe um fator momentâneo e emocional. Mas quando soube que ia cair no dia do clássico já aproveitei para marcar outros compromissos para aproveitar essa viajem. Foi muito proveitosa, bastante oportunidades boas e ricas para o São Paulo.”
AUTOCRÍTICA
“O São Paulo, quando eu cheguei, vinha de dois ano para ir para o rebaixamento. Ano passado conseguimos chegar no quinto lugar. Esse ano chegamos na final do Paulista. Futebol brasileiro é isso. Você ganha ou é um derrotado. Se pegar da semana passada para cá, antes do jogo do Bahia, estávamos em segundo do campeonato e dentro da Copa do Brasil. As coisas mudam muito, esperamos que mude de novo hoje.”
“O time realmente caiu. O Cuca fez questão de mostrar que o time pode ter variações. Começou muito bem, estamos há muito tempo sem fazer gol, mas começamos bem. Temos que buscar uma estabilidade. Fazer alguns acertos no elenco. Mas temos um elenco rico hoje, com jovens cada vez mais se sentindo confiantes, além dos jogadores experientes, que é uma mistura vital para qualquer time.”
ANOS SEM TÍTULOS E AUTOESTIMA
“Isso é uma consequência, não uma razão. O motivo vem de dez anos com essas dificuldades. Está se construindo um antídoto para isso, que é fortalecer a equipe, ganhar confiança e ter melhores resultados. São desafios que o futebol traz. O período sem vencer sempre existe um desafio maior para passar. Nesse momento você tem que mostrar competência, segurança e um time com força de reação. Não tenho dúvidas que estamos no caminho certo para isso e que os resultados vão aparecer.”
LESÕES
“A gente tem que tentar minimizar. O que estamos pensando é que… Primeiro, Hernanes e Pato são jogadores que estão com contratos de dois e três anos. Segundo, estamos querendo segurar os jovens. Isso faz parte do planejamento. Conseguindo ficar com esses jovens e esses mais experientes com contratos mais longos, não precisa trocar tano nas intertemporadas. Tem jogador que vem de calendário diferente, chegam diferentes e temos situações físicas diferentes. Isso traz problemas.”
“Nosso esforço tem que ser esse. Estabilidade dos jogadores experientes e segurar os mais jovens, construindo uma equipe solida que vai ganhando entrosamento e identidade coletiva.”