Confira mais sobre Zetti, um dos maiores arqueiros que o futebol mundial já viu

A história que culminou na idolatria da torcida tricolor com o goleiro Zetti teve início no dia 10 de janeiro do longínquo ano de 1965. Mais precisamente na cidade de Porto Feliz, localizada a 97 km da capital paulista, nascia Armelino Donizete Quagliato, filho do seu Antonio e da dona Maria.

A habilidade com as mãos adquirida no trabalho do campo ajudando seus pais e a capacidade física permitiram que o jovem Armelino começasse sua carreira como goleiro no E.C. Lar de Jesus, quando a família já havia se mudado para o município de Capivari. Ali começava a se transformar o garoto no homem que faria uma linda história no futebol.

Antes do tricolor

Ao ter suas primeiras chances como titular no rival Palmeiras e conseguir se estabelecer na posição, com direito a uma sequência de quase 1.300 minutos sem ser vazado, Zetti não contava com uma triste lesão sofrida após um choque com o atacante Bebeto no ano de 1988.

Após quase um ano fora de combate e a chegada de Veloso, muitos fatores colaboraram para que o arqueiro saísse do Parque Antártica e, após pouco tempo na Europa, chegasse ao tricolor do Morumbi e iniciasse uma trajetória de vitórias e atuações inesquecíveis.

O estabelecimento do ídolo

Ao chegar no São Paulo, Zetti encontrou o mesmo cenário que no time verde da capital paulista, tendo que esperar sua oportunidade pelo fato de já haver um goleiro em grande fase, como era o caso do hoje empresário Gilmar. Depois de uma excursão ao México, onde Zetti defendeu quatro pênaltis, uma conversa entre o goleiro e o técnico da época, Pablo Forlán, foram suficientes para que ele assumisse de vez o arco tricolor.

A transição de Forlán para o mestre Telê Santana, em outubro de 1990, era justamente o que o clube e o camisa 1 precisavam para escrever seu nome na história do esporte. Com participações memoráveis no currículo, com certeza três confrontos ficaram marcados na retina de Zetti e do torcedor são-paulino: A semifinal do Paulistão em 1991 e da Libertadores em 1992 e 1993.

Os jogos contra Palmeiras, Universidad Católica e Newell’s Old Boys, dentre muitos outros, demonstraram claramente a elasticidade, a agilidade e a frieza do arqueiro em ser preciso quando era exigido debaixo das três traves. Defesas seguras e plasticamente belíssimas ajudaram o time a assegurar, em seis anos de estadia no CCT da Barra Funda, as conquistas do Paulista (1991 e 1992) Brasileirão (1991), Libertadores (1192 e 1993) e Mundial Interclubes (1992 e 1993).

Período pós-São Paulo

Depois de sair do Soberano, Zetti ainda conseguiu usar sua habilidade para conquistar títulos jogando por Santos, Fluminense, União Barbarense e Sport.

Além da contribuição dentro das quatro linhas, o período como técnico também foi bastante frutífero. Apesar de não conseguir nenhum título, Zetti obteve campanhas excelentes comandando equipes que começaram as competições desacreditadas.

A frente do Paulista de Jundiaí e do Juventude, o ex-atleta conseguiu levar ambas as equipes até a decisão dos respectivos estaduais, sendo derrotado por São Caetano (na época dirigido por Muricy Ramalho) e Internacional. Zetti também levou o Paraná a Libertadores da América e o Fortaleza de volta a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, encerrando sua vida como técnico em 2009.

Atualmente, Zetti é comentarista da Rádio Estadão.

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