Muricy Ramalho nasceu em São Paulo, no dia 30 de novembro de 1956. Conheça um pouco mais sobre sua história

Na história de todo clube existe um hall restrito apenas aqueles que tiveram grande vivência e contribuição para o crescimento da instituição, principalmente quando a questão é títulos conquistados dentro e fora de campo.

Nesse quesito, não poderíamos deixar passar essa semana sem homenagear de maneira ainda mais especial, sendo protagonista do HISTÓRIA EM TRÊS CORES, um personagem não só de tempos recentes mas também de décadas passadas dentro do tricolor do Morumbi: Muricy Ramalho.

Antes do tricolor

Praticamente não existiu um período que antecedeu a vida futebolística do garoto fora do Tricolor. Muricy teve sua primeira grande oportunidade de mostrar seu talento no antigo e extinto torneio Dente de Leite, idealizado pelos ex-repórteres esportivos da Gazeta Roberto Petri e Eli Coimbra, voltado para garotos de 8 a 10 anos.

Porém, foi apenas aos 15 anos que, conduzido por um amigo de seu pai, o ex-jogador Valdemar Carabina, o ainda muito jovem Muricy Ramalho comecaria a escrever uma linda história dentro do São Paulo Futebol Clube.

No São Paulo:

Na década de 1970, Muricy defendeu as cores do São Paulo Futebol Clube, onde jogou 177 partidas, marcando 26 gols. Atuou como meia e ponta-de-lança jogando ao lado de Pedro Rocha e Chicão.

Muricy tinha longas madeixas e futebol refinado e na época foi saudado pela mídia como um “sucessor de Pelé”. Foi treinado por nomes como José Poy e Rubens Minelli.

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Quando criança, em 1965, ele foi levado por Valdemar Carabina, amigo de seu pai, para o São Paulo.

Era tão elogiado no infantil que em 1969, só a sua presença no time do tricolor fez com que 20 mil pessoas lotassem o Estádio Nicolau Alayon, campo do Nacional, para a final dos dentes-de-leite.

Em 1971, sob o comando de Oswaldo Brandão, treinou pela primeira vez no time profissional, mas só fez sua estreia dois anos depois, em 22 de agosto de 1973, em um amistoso contra o União Bandeirante.

Essa partida terminou com a vitória do time do Morumbi por 1 a 0. Ele havia sido emprestado ao Ponta-grossense e a diretoria havia pedido o retorno dele ao clube.

Segundo o Jornal da Tarde, famoso na época, ele “deveria ser lançado aos poucos, pois como os outros juvenis que o técnico José Poy está promovendo, não parece ter estrutura necessária para entrar no time numa fase instável e acertar”.

Sua próxima partida foi também sua primeira oficial. Em 10 de novembro no empate por 2 a 2 contra o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro de 1973 Muricy fez sua estreia oficial.

MURICI S12 ARQ 28-05-1975 ESPORTES Muricy Ramalho FOTO ARQUIVO AE

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No ano seguinte não teve muitas chances o que o levou a tomar uma “resolução de ano novo”. Muricy avisou “Agora vocês vão ver o que vai acontecer, vem aí o Muricy”. Em 1975 ele estourou.

Ganhou peso, passando de 64 para 68 quilos, e foi um dos principais jogadores da conquista do Campeonato Paulista de 1975, sendo considerado a maior revelação do torneio.

O atleta marcou apenas 4 gols, menos até que o volante Chicão e ao longo de todo o campeonato ficou fora de três jogos por contusão e de um porque o técnico Poy decidira poupar os titulares. Entretanto na decisão contra a Portuguesa, Muricy foi expulso ainda no primeiro tempo, justamente quando era o melhor jogador em campo, por uma entrada dura em Dicá logo depois do gol da Portuguesa que eventualmente levaria o jogo para a prorrogação.

Dulcídio Wanderley Boschilia, árbitro da partida, admitiu após o jogo “É verdade que Muricy não atingiu Dicá, mas a violência do lance exigiu o cartão vermelho”.

Muricy chegou a ir ao vestiário do adversário pedir desculpas a Dicá e lá descobriu que não tinha machucado o adversário: “O Dicá fez mais uma encenação, a dor foi mesmo muito pequena. Como o juiz estava longe acabou me expulsando.”

Muricy não conseguiu assistir ao resto da partida e chorou muito no vestiário até o fim do jogo, quando seus colegas o procuraram para comemorar. Perdoado também pela torcida foi carregado e teve seu nome cantado nas comemorações.

Brasil, São Paulo, SP.03/03/1975.O jogador Muricy Ramalho posa antes da partida entre São Paulo e Paulista. PASTA 42.507 - Crédito:EQUIPE AE/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:60718O técnico Poy critivaca muito o longo cabelo de Muricy, o jogador chegou a se afastar por dez dias dos treinos depois de brigar para não cortar o cabelo. Na volta, ele marcou gols e resolveu “não cortar nunca mais”. Ele disse em 2008: “Eu era cabeludo não rebelde. Nunca fui rebelde. Sempre obedeci meus técnicos”.

No mesmo ano Valdemar Carabina profetizou que Muricy seria o titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1978. O problema é que 1976 foi um mau ano tanto para o meia como para o São Paulo. E 1977 conseguiu ser pior ainda.

Na final do primeiro turno do Campeonato Paulista, em 18 de maio, ele torceu o joelho direito em uma de suas primeiras jogadas após substituir Pedro Rocha no segundo tempo. O atleta sentiu uma dor enorme que já indicava o prognóstico pessimista feito pelo médico do clube logo em seguida. O retorno de Muricy se deu após um ano, em 4 de junho de 1978. 

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Por conta desta contusão ele ficou fora de toda a campanha do título do Campeonato Brasileiro de 1977, embora tenha ajudado como possível.

Serginho, artilheiro do time, tinha sido suspenso ás vésperas da final contra o Atlético Mineito e por isso não viajou com a delegação para Belo Horizonte, mas no dia da partida o presidente do São Paulo, Henri Aidar, ligou para Muricy e pediu que ele fosse á casa de Serginho busca-lo e levasse-o ao aeroporto, onde pegaria um voo fretado  para a capital mineira, a fim de fazer pressão psicológica sobre os adversários, que tentavam escalar o também suspenso Reinaldo.

Quando ele voltou a jogar, ainda tinha medo de jogadas mais fortes e entrou em poucas partidas, nenhuma delas como titular. Não chegou nem sequer a ser cogitado para a Copa do Mundo prevista por Valdemar. Em 2007 ele confessou que foi a maior frustração.

Em 10 de dezembro foi seu primeiro jogo como titular após seu retorno, contra o SCCP, e só na partida seguinte, contra a Ferroviária, é que ele jogou os 90 minutos.

Seu último jogo pelo São Paulo foi no dia 25 de julho de 1979, pelo Campeonato Paulista, uma derrota por 2 a 0 para o Guarani no Estádio do Pacaembu, e ele entrou apenas no segundo tempo. O passe dele foi vendido por cem mil dólares ao Puebla do México.

Período pós-tricolor como jogador

Em 1979, Muricy se transferiu para o Puebla-MÉX, onde também se tornou referência atuando por sete temporadas consecutivas, e ganhou um título do campeonato mexicano (1982/1983). após o fim desse ciclo na América do Norte, em 1989, começaria a outra fase esportiva vitoriosa na vida de Muricy, como técnico.

Na temporada de 1983-84, Muricy foi o terceiro artilheiro do Campeonato Mexicano, com 21 gols, sete atrás de Norberto Outes, do Necaxa. “Do ponto de vista técnico, realmente perdi prestígio e fiquei em segundo plano, pois estava começando a carreira quando fui negociado pelo São Paulo”, admitiu, nessa época. “Mas, pelo lado financeiro, foi excelente, porque, ainda jovem, fiz um bom patrimônio. Por isso, não tenho do que reclamar. Ainda jogarei novamente no futebol brasileiro e vou mostrar que sei jogar futebol.”

Ao final de julho, o supervisor do América do Rio, Roberto Seabra, anunciou que conseguiu o empréstimo do passe de Muricy por seis meses, pagando ao Puebla dezessete mil dólares. Ele chegou a “dar show” nos treinos, o que fez o técnico Antônio Clemente pedir a diretoria apressar a liberação do jogador com a Federação Mexicana.

Ele queria escalar Muricy contra o Volta Redonda , mas a demora para a chegada da documentação do México o impediu. Antônio elogiou a capacidade técnica de Muricy, dizendo que ele tocava a bola com facilidade e deslocava-se com perfeição, chegando a área com rapidez.

Quando finalmente o jogador foi liberado sentiu uma contusão na coxa, no dia 23 de agosto, e passou a ser dúvida para o jogo de sua estreia. O médico do clube solicitou repouso para aumentar suas chances de jogar. Não adiantou e ele ficou de fora novamente.

Quando se recuperou a tempo de um jogo contra o Flamengo, Clemente avisou que apenas um desempenho excepcional nos treinamentos o faria mudar o time que tinha vencido os dois últimos jogos. Muricy foi escalado como reserva e sua estreia deu-se no segundo tempo, ao entrar no lugar de Vágner, mas o América foi derrotado por 1 a 0. Logo em seguida Muricy foi vetado para a próxima partida por dores na panturrilha. Clemente foi demitido no dia 6 de outubro e a primeira decisão do novo técnico. Luís Henrique, foi escalar Muricy.

Ele foi escalado pela primeira vez como titular e o América derrotou o Friburguense por 3 a 0, com o meia participando do segundo gol e sendo substituído por Gaúcho.

Teve sua carreira como atleta abreviada devido a uma sequência de contusões e aposentou-se em 1985, aos 30 anos.

Como treinador:

Em 1993, após se aposentar como jogador, treinou seu ex-clube Puebla e depois se transferiu para o São Paulo para trabalhar com o time infantil. Em abril, foi campeão de um torneio na França comandando o time de juniores.

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Após a saída de Márcio Araújo do clube, foi promovido a auxiliar técnico de Telê Santana e chegou a treinar o time de reservas do tricolor que ganhou a Copa Conmebol de 1994, além de assumir o time principal quando Telê estava de férias. Em uma dessas ocasiões, janeiro de 1994, ele até ligou para o técnico que estava de férias em Porto Seguro, e este ditou o time que deveria começar jogando.

mu12Quando Telê teve de se aposentar por conta de uma isquemia, Muricy assumiu o time, mas menos de seis meses depois voltou a ocupar a função de auxiliar, sendo substituído por Carlos Alberto Parreira. “Trabalhar com seu Telê foi um privilégio muito grande”, admitiria, anos depois, “Acho que as maiores influências que tenho dele são a simplicidade, o sentido de comando e o trabalho individual com os jogadores”.

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Com a demissão de Parreira voltou a comandar a equipe e caiu novamente em 1997, depois de um mau início no Campeonato Paulista, sendo substituído por Darío Pereyra, que levou o time ao vice-campeonato.

Nessa ocasião prometeu que voltaria para escrever seu nome na história do clube que tanto amava.

Passou então por Guarani, Shanghai Shenhua, da China e Ituano. Chegou ao Botafogo de Ribeirão Preto para o Brasileiro de 1999, com a missão de “revelar garotos”.

Após sete jogos sem vitória pediu demissão ,”Eu fico triste com a situação, mas tenho consciência de que o melhor para o clube é a minha saída”, lamentou Muricy, que ainda disse estar saindo “com a cabeça erguida”.

Passou por outros clubes nacionais até seu tão aguardado retorno ao tricolor do Morumbi.

O retorno ao São Paulo:

Em 2 de janeiro de 2006, assumiu o São Paulo, depois de quase nove anos.

O peso de chegar logo após um ano quase que perfeito para o clube, já que em 2005 a equipe só não venceu o Brasileirão, era imenso. Ainda mais para um técnico que, até então, não tinha no currículo um título a nível nacional dentro do Brasil como treinador de futebol. Porém, seria justamente em sua “casa” que Muricy se consagraria como um dos maiores treinadores da história do clube.

Ele conquistou os Campeonatos Brasileiros de 2006, 2007 e 2008.

O segundo título veio depois de ele balançar no cargo por causa da eliminação na Libertadores, diante do Grêmio.

Quando o São Paulo perdeu para o Atlético-MG em casa na quinta rodada, Muricy colocou o cargo à disposição, mas o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, não aceitou sua demissão.

A partir de então, o time sofreu apenas mais duas derrotas antes de conquistar o bicampeonato por antecipação e, no começo de 2008, Muricy foi eleito pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), com onze pontos, o décimo quarto melhor treinador do mundo e o primeiro brasileiro da lista. Além disso, renovou seu contrato com o São Paulo até o fim de 2009.

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Viu seu cargo ameaçado novamente após a eliminação na Libertadores e chegou a ser cogitado para substituir Leão no Santos ou Abel Braga no Internacional e atacou alguns dirigentes alegando que quem decidiria seria o presidente do clube, e foi mantido no cargo.

Três meses depois , no fim de junho, recebeu uma oferta para treinar um time do Catar e ele recusou a oferta depois de ouvir Juvenal que garantiu sua liberdade para poder trabalhar até o final do ano. “É como um casal”, disse Muricy à época. “Só um pode fazer o que quiser e o outro tem de ser fiel? Essa postura tem de existir dos dois lados. Meu contrato nem tem multa. Só quis que fosse cumprido o que está lá.”

Com a derrota para o SCCP, nas semifinais do Paulista de 2009, alguns dirigentes que não concordavam com seu trabalho, intensificaram seus pedidos de demissão. O técnico não resistiu á eliminação frente ao Cruzeiro pela Libertadores em 18 de junho. “Não é nenhum demérito a ele, mas chegou o momento de mudança.”, disse Juvenal após demitir Muricy. Seu substituto foi Ricardo Gomes.

Chegou a dirigir alguns clubes depois do São Paulo como SEP, Fluminense e Santos até ter sua terceira passagem pelo tricolor do Morumbi.

mu18No primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2013, com uma fraca campanha, ocupando a zona do rebaixamento, Paulo Autuori foi demitido e Muricy foi anunciado logo em seguida. Foi a segunda vez que o técnico foi contratado para substituir Auturori , “Voltei mais pelo apego da torcida não pelo contrato, que não foi um baita contrato. Quando o telefone tocou, não deu para falar não. O contrato foi feito em cinco minutos.”

Segundo o jornal Lance!, o perfil “conciliador” de Autuori acabou por não resolver o problema em campo, e Muricy seria “a última cartada” da diretoria para evitar o inédito rebaixamento.

Em sua primeira entrevista após reassumir, o técnico demonstrou sua expectativa: “É um momento por que nunca vi o São Paulo passar, não há experiência disso. Volto a repetir: menos discurso, mais trabalho. A única coisa que melhora a situação é resultado. Fazer jogador entender que não existe ninguém mais importante que o clube. Hoje, o clube está nessa situação, e temos de tirá-lo dela de qualquer maneira”.

Após 1546 dias desde a última vez que Muricy comandara o São Paulo ele reencontrou-se com a torcida que esgotou a carga de ingressos para a partida contra a Ponte Preta, no dia 12, “Vai ser difícil”, explicou o treinador, quando questionado sobre o momento em que seu nome fosse gritado em coro. “Com certeza, um momento muito importante”.

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Antes do inicio do jogo a torcida já começou a fritar seu nome e ao longo da partida Muricy ficou em pé á frente do banco de reservas vibrando muito menos que o costume, embora sem deixar de gesticular. A vitória por 1 a 0 não tirou o time da zona de rebaixamento, mas diminuiu de 4 para 2 pontos do 16º colocado. Além disso igualou o número de vitórias de Telê Santana pelo clube. “Igualar o Telê em alguma coisa forte, para mim, é absurdo, porque o Telê foi um dos melhores de todos”, lembrou.

O São Paulo bateu o Vasco em São Januário, no dia 15 de setembro de 2013 e após seu segundo jogo no comando tricolor Muricy ajudou o São Paulo a sair da zona de rebaixamento, respirando aliviado após quase um mês e meio na zona da degola.

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O tricolor saiu do Z-4 e terminou o Brasileirão no meio da tabela, sendo que quando Muricy chegou tinha 54% de chance do tricolor cair para série B.

O técnico também conseguiu recuperar o bom futebol de Paulo Henrique Ganso, que se tornou o grande “maestro” do elenco.

Ele deu diversas oportunidades para jovens como Rodrigo Caio e Ademilson. Abriu mão também do seu método de jogo 3-5-2 para adequar aos atletas jogando o 4-2-3-1.

mu5Em 7 de dezembro, Muricy renovou por mais duas temporadas com o clube, em teoria garantindo sua estadia no Morumbi até dezembro de 2015. Entretanto, em 6 de abril de 2015, após a derrota por 2 a 0 para o Botafogo de Ribeirão Preto, Muricy deixou o comando do São Paulo, em comum acordo com a diretoria.

Diversos foram os motivos para a sua queda: fragilidade tática do time, falta de padrão, escolhas do treinador e saúde debilitada. Durante essa passagem pelo São Paulo foram 109 jogos, com 58 vitórias, 22 empates e 29 derrotas. “Preciso neste momento dos devidos cuidados com a minha saúde”, disse o treinador, por meio de uma nota oficial. “Não é um adeus, é um até breve pela relação que tenho com o São Paulo.”

Após seus cuidados com sua saúde, Muricy ainda treinou o Flamengo como desafio pessoal.

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 Na despedida de Rogério Ceni, torcida exalta Muricy, veja abaixo:

Estatísticas:

São Paulo (1994–1997) – 108 jogos, 55 vitórias, 33 empates e 20 derrotas. 61,1% de aproveitamento
São Paulo (2006–2009) – 257 jogos, 140 vitórias, 70 empates, 47 derrotas e 63,5% de aproveitamento
SEP (2009–2010) – 34 jogos, 13 vitórias, 11 empates, 10 derrotas e 49,1% de aproveitamento
Fluminense (2010–2011) – 54 jogos, 28 vitórias, 15 empates,11 derrotas e 61,1% de aproveitamento
SFC (2011–2013) – 150 jogos, 72 vitórias, 42 empates, 36 derrotas e 57,3% de aproveitamento
São Paulo (2013–2015) – 109 jogos, 58 vitórias, 22 empates, 29 derrotas e 59,9% de aproveitamento
Flamengo (2016) – 26 jogos, 13 vitórias, 6 empates, 7 derrotas e 57,7% de aproveitamento

Títulos como jogador:

São Paulo: Campeonato Paulista: 1975 e Campeonato Brasileiro: 1977
Puebla: Campeonato Mexicano: 1983 

Títulos como treinador:

São Paulo: Brasileiro: 2006, 2007 e 2008, Copa Master da Conmebol: 1996, Copa Conmebol: 1994
Shanghaï Shenhua: Copa da China: 1998
Náutico: Pernambucano: 2001 e 2002
Internacional: Gaúcho: 2003 e 2005
São Caetano: Paulista: 2004
Fluminense: Brasileiro: 2010
SFC: Paulista: 2011 e 2012, Libertadores: 2011 e Recopa Sul-Americana: 2012

Prêmios:

Melhor Treinador do Campeonato Brasileiro: 2005, 2006, 2007, 2008, 2010
Melhor Treinador do Campeonato Brasileiro (Troféu Mesa Redonda): 2010

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