Ex-treinador do São Paulo detona diretoria tricolor

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Magoado após saída, ex-treinador do soberano não poupa críticas a administração do presidente Leco

Após ser demitido de maneira no mínimo estranha, o técnico Milton Cruz, que hoje comanda o Naútico, concedeu entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo” e criticou sua saída dele do tricolor, onde trabalhava já a quase 23 anos.

Foram quase 23 anos como funcionário. Não digeri porque me demitiram em 30 segundos. Eu tenho uma história no clube. Não estava no São Paulo havia dois dias. Poderia me demitir, não tem problema. Ele (Leco) pode escolher com quem quer trabalhar. Não aceitei o jeito como foi e não aceito ainda. Isso me magoou muito. Ganhei títulos importantes. Ajudei na montagem do time campeão do mundo. Revelei jogadores… – declarou.

Milton Cruz ainda disse que sua demissão foi de cunho totalmente politico, por sua relação com Abílio Diniz, opositor de Leco.

– Foi ciúmes da minha relação da minha relação com o Abílio Diniz (o empresário é um dos que faz oposição a Leco), com o Juvenal. Sempre dei a minha cara para bater. Coloquei o time duas vezes na Libertadores. Foi vergonhoso o que fizeram comigo. Hoje saio na rua e são-paulino, corintiano e palmeirense dizem que foi uma sacanagem o que fizeram comigo – falou.

Segundo o treinador, não foi o presidente que comunicou sua demissão.

Milton Cruz Náutico (Foto: Marlon Costa/ Pernambuco Press)– Era só me agradecer, não me chamar depois de um treino, do lado do campo, e me mandar embora. Ainda mais um dirigente (Luiz Antônio da Cunha) que ficou três dias no clube. O Leco não teve coragem de me demitir, nem o Gustavo (Vieira de Oliveira, ex-gerente), nem o Ataíde (Gil Guerreiro, ex-vice de futebol). O Leco estava sentado no banco, vendo o cara falar comigo.

– Nem o Bauza (técnico na época) sabia. Cheguei no vestiário e ele queria conversar sobre o dia seguinte e avisei que estava demitido.

O ex-treinador e auxiliar do São Paulo entrou na justiça contra o clube.

– Fiquei 23 anos lá e não entendo nada de legislação. Meus advogados vão analisar se tudo foi pago corretamente. Eles vão fazer revisão de todo o período em que trabalhei no clube. Não é contra o São Paulo. Estou fazendo isso pelas pessoas que estão lá no momento. Não tiveram dignidade na hora de me mandar embora.

Milton Cruz confirma ainda que, antes de assumir o Náutico, as peppas o procurou para formar a comissão técnico como um dos auxiliares.

– Tive sondagem. Eles me queriam para ocupar o lugar do Alberto (Valentim, ex-auxiliar). Mas achei que era cedo, tinha acabado de sair do São Paulo. Estava em um momento pessoal ruim (recentemente, Milton perdeu a mãe).

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