Entrevista exclusiva – Lucas Brito, armador do Tricolor
Um dos destaques do time tricolor na Liga Ouro conversou com a gente e se emocionou ao falar da torcida e do sonho de poder entrar na história do São Paulo
A um passo do título e do acesso à NBB, o time profissional de basquete do São Paulo irá encarar o Unifacisa na decisão da Liga Ouro. Antes da bola ir para o alto, conversamos com o jovem armador do time, Lucas Brito.
Lucas começou sua carreira em sua cidade natal, Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Foi campeão em Coritiba e chegou no São Paulo para fazer história.
Brito revelou seu maior sonho no basquete e agradeceu ao técnico Cláudio Mortari e a torcida Tricolor pelo apoio.
Veja aqui a entrevista exclusiva com Lucas Brito:
Como é sua história no basquete?
Comecei a jogar basquete aos 8 anos de idade no colégio. Aí me associei no projeto cestinha na minha cidade, Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, onde fiquei dos 11 aos 15 anos de idade. Depois joguei no sub-16 do SC Corinthians, lá de Santa Cruz. Depois em Limeira, onde fiquei dois anos na base. Logo voltei para Santa Cruz onde joguei em Venâncio (cidade vizinha), defendendo o Guarani de Venâncio.
Aos 16 anos joguei em Curitiba, no campeonato nacional da base e com 21 voltei para Santa Cruz, onde fui campeão estadual e em seguida cheguei ao São Paulo
Como manter a tranquilidade e concentração nestes jogos finais?
Concentração vem com o tempo. Tudo o que eu poderia ter feito para estar onde estou, bem fisicamente e com confiança eu pude fazer, durante a temporada, agora é só mais um jogo, como muitos. É claro que sua importância é maior, mas é um jogo como todos os outros. Manter a calma, jogar do mesmo jeito de sempre, colocar em quadra toda energia e disposição possível, que essa final é uma guerra, só um chega ao objetivo. É matar ou morrer.
Este poderá ser o primeiro título profissional do basquete masculino desde 1943. Qual a sensação de estar a um passo da glória?
Acho que trabalhamos muito para conquistar esse título, da melhor maneira, que foi nos esforçando e treinando ao máximo e obedecendo a comissão técnica. Nosso treinador (Cláudio Mortari) que é um cara muito experiente, sabe o que fala, sabe o que faz com a gente e nós confiamos muito no trabalho dele e em nós também, dentro e fora de quadra. Se a gente conseguir ser campeão, será uma experiência incrível pra mim, que sou muito jovem e com certeza para a diretoria, que espera muito esse título. Estamos num bom caminho, com muita energia e se essa sensação de ser campeão puder vir, será curtida da melhor maneira possível.
Com esse possível título, vocês estarão representados para sempre na memória do basquete nacional e claro, na história do SPFC. Já imaginou ter uma foto de vocês para sempre no memorial do clube?
Nunca imaginei, mas seria muito bom ter uma foto nossa no memorial do São Paulo, é realmente um clube com uma história enorme, gigantesca, eu respeito muito esse clube que me deu essa incrível oportunidade e com certeza faço de tudo para defender essa camisa. Seria uma honra ter nossa foto no memorial do São Paulo.
Qual seu maior sonho profissional?
Meu maior sonho é chegar em uma equipe profissional na Espanha, ou nos Estados Unidos. Além disso, chegar à seleção brasileira. Esses objetivos eu tenho em mente e treino todos os dias pra isso. Seja o que Deus quiser e seguirei fazendo meu trabalho para chegar a esses objetivos.
Mesmo tão jovem, você é um dos destaques do time. A pressão é maior, ou você acha que é normal?
Eu acho a pressão tranquila, porque a responsabilidade é igual para todos. Quem sente a pressão, é uma forma negativa de sentir um jogo final. Tem que ser grato por estar disputando uma final de Liga Ouro, eu treinei muito para chegar até aqui e não é essa pressão que vai me fazer jogar mal. Com certeza eu me sinto pressionado, como todos do time, mas não negativamente, é mais aquele frio na barriga de estar disputando uma final, mas que depois que entra na quadra, você acaba acalmando e consegue jogar calma e sem sentir tanto a pressão do jogo.
Qual sua avaliação sobre o time na primeira fase e também nos playoffs?
Nosso time passou por muitos altos e baixos na primeira fase, mas todos nós soubemos conversar para levar o São Paulo rumo ao título. Somos todos amigos aqui dentro e há muito respeito e isso foi o que fez chegarmos até essa final.
E nesse playoff, estamos com uma energia muito boa e espero que essa energia faça com que a gente possa ser campeões.
O que esperar desses próximos jogos?
Serão jogos difíceis e o time que tiver mais energia, mais garra e mais concentração ficará com o título.
Qual a maior dificuldade que você acha que o Tricolor terá contra o Unifacisa?
O time da Unifacisa é tão bom quanto a gente. Temos que respeitar eles, pois ganharam nada mais nada menos do que o melhor time da primeira fase, o Londrina. Eles têm muitos bons jogadores.
Qual o recado para a galera tricolor que além dos mais de 2000 que estarão no ginásio, terá milhões espalhados pelo mundo na torcida por vocês?
Mais uma vez eu falo: eu amo a torcida tricolor, e a energia que vocês colocam para nós na quadra é muito importante. Nossa torcida cantando por nós, nunca nos deixa para trás, independente do placar ou de nosso desempenho. Eu sou muito grato por fazer parte dessa torcida. São nosso 13 jogador e espero que possam lotar nosso ginásio nos apoiando de novo.
Para aqueles que não puder ir, com certeza eu sei que estarão na torcida mandando energia positiva para nós e isso é muito importante.
FOTO: Arquivo pessoal