No último sábado, Fernando Diniz completou um ano à frente do São Paulo, mas para o treinador, ele “perdeu” quatro meses
Diniz analisou a sua trajetória no Tricolor e apontou pontos negativos e positivos de seu trabalho em “um ano de São Paulo”, porém, ele fez questão de dizer que, na realidade, não esteve à frente do time por 365 dias de fato.
“Vamos considerar que tiveram quatro meses de paralisação por conta do coronavírus, não é um ano contínuo, isso fez toda a diferença. A gente tinha um time até a pandemia e hoje a gente tem outro time, com outra maneira de jogar, embora pareça a mesma”, disse o treinador.
Na balança de pontos frágeis, Diniz colocou derrotas doloridas e que afetaram diretamente o restante da temporada do São Paulo.
“Vou começar pelo aspecto negativo do time. Acho que a gente tem duas derrotas que nos pesam muito e de maneira justa. A do Binacional, na Libertadores, que era um jogo que tínhamos plenas condições de vencer, perdemos quatro ou cinco chances no primeiro tempo, e é um resultado que hoje nos pressiona muito. E, principalmente, o jogo contra o Mirassol. Um jogo muito atípico, no qual o time finalizou 24 vezes, o adversário finalizou quatro e a gente tomou três gols dentro de casa. Frustrou muito o nosso torcedor, toda a instituição, a mim e aos jogadores. A gente tem que saber responder tudo isso dentro de campo com resultados positivos”, afirmou o técnico.
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Em relação aos aspectos positivos, Diniz valorizou o trabalho de desenvolvimento de jogadores que realizou desde que chegou ao Tricolor. Além da promoção de atletas da base, o treinador acredita que auxiliou a evolução individual de alguns nomes do elenco.
“O São Paulo não fez nenhuma contratação, fez uma troca. A gente tirou alguns jogadores, deu uma enxugada na folha do time e promoveu muitos jogadores. O primeiro deles foi o Antony. Quando cheguei aqui, já fazia umas cinco partidas que estava no banco, em descrédito com o torcedor. É um jogador que saiu por um valor bastante considerável e que consegue hoje pagar as contas do clube. O Igor Gomes é outro jogador que se firmou, a gente tem o Diego jogando, tem o Sara se firmando, o Brenner se recuperando… Então, isso faz parte de um trabalho de profundidade que a gente procura fazer de melhorar os jogadores”, analisou Diniz.
“São jogadores identificados com o clube. A própria melhora do Hernanes, que hoje é um jogador que nos ajuda, o Leo, que foi deslocado para outra posição e hoje está ganhando cada vez mais espaço, conhecendo cada vez mais a posição e se tornando um jogador de ponta”, finalizou.
Veja os números de Diniz no São Paulo
Jogos: 45*
Vitórias: 20 vitórias
Empates: 12
Derrotas: 13
Gols marcados: 58
Gols Sofridos: 48
Aproveitamento: 53,7%
* Dois jogos do São Paulo nesse período foi dirigido pelo auxiliar de Diniz, que em ambas partidas, estava suspenso. Vitória por 2 a 1 contra o Inter em 2019 e derrota para o Binacional, também por 2 a 1, em 2020.
Sem os jogos que ele não dirigiu o time no campo, Diniz tem:
Jogos: 43
Vitórias: 19 vitórias
Empates: 12
Derrotas: 12
Gols marcados: 55
Gols Sofridos: 45
Aproveitamento: 53,4%
+ Diniz tem números inferiores ao de Diego Aguirre
Nesta quarta-feira que vem, o Tricolor voltará a campo pela Libertadores, contra o River Plate, em Buenos Aires, às 21h30. Em situação delicada na competição, os comandados de Diniz precisam vencer a qualquer custo na Argentina.
Foto: André Anselmo / Futura Press