Obra de duas mulheres, desenho que caracteriza o estádio são-paulino surgiu em 1º de março de 1989

No dia 1º de março de 1989, os torcedores que foram ao Morumbi viram, pela primeira vez, algo que caracteriza e identifica o Estádio são-paulino até hoje: as “Ondas Tricolores”.

Se dentro de campo, o time do São Paulo venceu o Mogi Mirim por 3 a 0, em jogo do Paulistão, com gols de Bernardo, Marcelo e Raí, fora das quatro linhas o que ficou para a história foi a concepção artística que todo são-paulino de imediato reconhece.

As “Ondas Tricolores” nasceram de um projeto do final dos anos 80. Além do desenho em volta do campo de futebol, o conceito artístico alcançou também os anéis e entradas de acesso às arquibancadas, com um modelo que visava não somente deixar o Cícero Pompeu de Toledo ainda mais bonito, como também facilitar a localização do torcedor no estádio. Assim, pela primeira vez no Brasil, um projeto de identidade visual foi elaborado para estádio.

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Por fim, como a joia da coroa, foi instalado na lateral do campo, do lado oposto das cabines de televisão, o tradicional e reverenciado “Escudo de Concreto do São Paulo”. (O emblema surgiu alguns anos antes, mas não era fixo e se situava atrás do gol situado junto ao portão principal. E no dia 1º de março de 1989, era composto de madeira e cimento, com iluminação embutida, mas ainda não havia sido finalizado e estava encoberto com uma lona plástica).

O que pouca gente sabe é que, o espaço de 9.500 metros quadrados das “Ondas Tricolores” foi projetado por duas grandes mulheres: Amélia Bratke e Sônia Vidigal, ambas então da Trópica Paisagismo. Bratke, arquiteta formada na USP, famosa por trabalhar com projetos voltados a preservação do meio ambiente, com reutilização de materiais e soluções sustentáveis. Vidigal, por sua vez, renomada em trabalhos de melhor aproveitamento de espaço interior com uso de plantas.

Por sinal, na concepção original, as “Ondas Tricolores” eram um misto de mudas de plantas em quase toda a sua extensão: 120 mil mudas de grama preta e 62 mil mudas de iresine (espécie de flor de amaranto) vermelha cercavam os 55 metros cúbicos de pedra dolomita branca, tornando o Morumbi, assim, essencialmente tricolor.

Hoje, as três cores são de dolomitas tingidas, mas o padrão criado por Amélia Bratke e Sônia Vidigal transformaram o Morumbi para sempre, aproximando ainda mais o torcedor são-paulino de sua Casa.

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Por: Michael Serra / Arquivo Histórico do São Paulo FC 
Foto: Arquivo Histórico do São Paulo FC

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