Veja como o São Paulo se planejou para jogar na altitude
Para o jogo desta noite, na altitude de Juliaca, Tricolor teve preparação especial
São Paulo se planejou para tentar minimizar os efeitos da altitude de 3.800 metros de Juliaca, no Peru, cidade onde o time vai estrear na Libertadores, nesta quinta-feira, às 21h, contra o Binacional.
Logística, voo fretado, treinamento adaptado, visita para avaliação técnica e cilindros de oxigênio fazem parte do planejamento são-paulino para evitar prejuízo aos jogadores na altitude.
Em entrevista, o fisiologista do Tricolor, Luis Fernando de Barros falou sobre a “cartilha tricolor” contra a altitude.
O fisiologista viajou para o Peru antes do elenco, na madrugada desta quarta-feira.
O Tricolor embarcou depois do horário do almoço de Santa de La Sierra (Bolívia) para Juliaca (Peru). O tempo estimado de voo é de 1 hora e 50 minutos.
“Para você adaptar o seu corpo a esses efeitos, precisa de um tempo muito grande, completamente inviável no nosso calendário. Umas três semanas. Então certamente nenhum clube consegue fazer essa logística. A alternativa é exatamente essa: você chega o mais próximo possível para não dar tempo de o corpo sentir os efeitos de maneira mais exacerbada. Quando você dorme no local da partida, no dia seguinte você se sente bem pior. Fazendo isso a gente não precisa dormir.”
“Primeiro que é a viagem mais curta possível. A gente vai minimizar o número de horas voadas. É uma cidade que está praticamente no caminho. A gente vai diminuir em praticamente cinco horas de voo em relação a ir até Lima para depois ir para Juliaca. Então a gente vai aproveitar que existe uma cidade que dá o suporte para que o atleta descanse, tenha as refeições adequadas, para voar para o local do jogo o quanto antes.” , falou.
E completou: “O corpo começa a tentar restabelecer parâmetros normais. Por isso essa ideia de chegar em cima é que não dá tempo disso tudo causar um desconforto maior. O oxigênio está com uma pressão parcial menor. Não é que tem menos. A pressão dele ao total de gases que a gente respira, é menor. Ele fica menos disponível para o corpo.”
O São Paulo também está levando 12 cilindros de oxigênio.
O número é considerado suficiente pelo fisiologista do clube para atender eventuais emergências.
Em 2016, quando enfrentou o The Strongest, Denis e Calleri foram expulsos, e Maicon terminou a partida como goleiro), jogadores como Michel Bastos, Bruno e Kelvin recorreram ao oxigênio na altitude.
“Principalmente na retaguarda. Se você começa a ter algum tipo de sintoma, o oxigênio é a maneira mais imediata da sanar esse problema. A gente toma cuidado para isso não ser exacerbado demais, não esteja muito à vista, para potencializar o efeito psicológico. Cilindro de oxigênio está ali. Se precisar podemos usar, mas não necessariamente tem que usar. Para minimizar essa parte psicológica que o atleta pode sentir, às vezes até mais do que o efeito físico”, finalizou.
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Fonte: Globoesporte.com