SPFC 1 x 5 Inter, que ergueu um monumento vexatório no Morumbi

Não é exagero dizer que, aos 23 minutos do primeiro tempo, o São Paulo parecia nocauteado. Logo aos 7/1T, cruzamento de Moisés na área do São Paulo para Víctor Cuesta cabecear sozinho e fulminar Tiago Volpi. 1 a 0.

Enquanto o São Paulo insistia na saída de bola, o eterno rame-rame de um só tom, e que sempre esbarrava no meio-campo fechado do Inter, Patrick lançou Yuri Alberto, que encontrou Caio Vidal. O colorado teve tempo para dominar e tocar na saída de Volpi. 2 a 0 e o São Paulo parecia nocauteado em pleno Morumbi.

O Tricolor, ainda em busca de uma explicação para um soco no queixo tão precoce, tentava jogar, mas não conseguia. Na bola não ia, até que, arrastando-se, aos 35/1T surgiu um escanteio a partir de uma canelada salvadora de Víctor Cuesta. Juanfran bateu o corner, Reinaldo desviou e encontrou Luciano sozinho para empurrar de cabeça para o gol de Lomba.

Um gol improvável diante do que o São Paulo não jogava, mas provável na ilógica do futebol.

O São Paulo conseguiu respirar, passar um pouco a tontura e melhorou, mas não a ponto de ameaçar. Considerando o primeiro tempo, saiu no lucro.

2ª ETAPA – A QUEDA…

Diniz fez duas alterações no intervalo. Saíram Gabriel Sara e Léo para as respectivas entradas de Igor Gomes e Vitor Bueno. Com isso, Luan foi recuado para a zaga no lugar de Léo.

O São Paulo entrou no jogo. Conseguia, ao menos, ultrapassar o meio-campo e até arriscar umas estocadas, porém, mal sabia que precisariam mais 23 minutos para cair na lona definitivamente.

Aos 15 minutos, outro soco, na costela. Na saída de bola, Volpi toca para Luciano, a bola chega a Vitor Bueno, que divide, a bola sobrou facinha para Yuri Alberto, como se numa pelada de final de semana, tocar para as redes de Volpi.

Diniz tira Juanfran e coloca Paulinho Boia. Abriu a avenida.

Cinco minutos após as mudanças suicidas, aos 20/2T, lançamento para Yuri Alberto, que passou por Volpi e enfiou para o gol. 4 a 1 para um Tricolor colapsado.

E tinha mais. Aos 22/2T, Daniel Alves perdeu a bola no meio, num dejà vu das últimas partidas, Patrick lançou Yuri, que invadiu e bateu para o quinto e humilhante gol.

Como nos 23/1T, em que o São Paulo perdeu-se em seu “labirinto passístico”, o o Inter precisou de mais 23 minutos na segunda etapa para nocautear o São Paulo, que caiu atordoado em pleno Morumbi.

Depois disso, o Inter não precisou fazer mais nada. Diniz perdeu-se em seu labirinto.

Uma derrota humilhante que, pasmen, poderia ser até pior. O Inter foi piedoso, o vexame já estava consolidado. O que se viu foi de um lado uma equipe bem armada, aguerrida, com sangue nos olhos; enquanto, do outro, um arremedo, um time que se perdeu em seu rame-rame modorrento.

Humilhação histórica, para entrar nos compêndios negativos do São Paulo Futebol Clube. Como disse o são-paulino Alberto, de Mogi Guaçu: “Essa derrota merece um monumento no Morumbi, pra nunca mais esquecer”.

Evidente que ainda restam sete rodadas para o final da temporada, mas a grande questão que se verticaliza é: teria Diniz condições de encerrar o campeonato?

Eis o primeiro desafio pesado para o presidente Casares e o diretor Muricy Ramalho… Como diria o filósofo Patón… a ver.

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