São Paulo projeta de enorme prejuízo com a paralisação do futebol
Elias Albarello, diretor financeiro do clube, faz balanço e comenta adequação de salários
O São Paulo prevê um prejuízo de cerca de R$ 100 milhões caso o futebol no Brasil fique paralisado por cerca de dois a três meses. Esse foi o balanço feito por Elias Albarello, diretor financeiro do clube.
Em entrevista ao canal do jornalista Jorge Nicola, o dirigente são-paulino explicou os impactos que a pandemia do novo coronavírus pode causar aos cofres do Tricolor.
“Nos últimos dez dias, analisando o impacto efetivo, no São Paulo deve girar em torno de R$ 90 milhões e R$ 100 milhões, nas projeções que estamos tendo de dois a três meses sem futebol. Como falei, pode chegar até a R$ 100 milhões, depende da retomada, por exemplo. Temos discutido com a CBF, há cenários de iniciar campeonatos e no retorno, por força de lei, ter jogos com portões fechados. Isso já perde bilheteria, o que foi o grande impacto que tivemos”, afirmou o diretor.
No clássico contra o Santos, no qual o São Paulo atuou com portões fechados, o time do Morumbi estima perda de R$ 1 milhão com a devolução dos ingressos àqueles que já tinham adquirido as entradas. Já na partida adiada contra o River Plate, pela Libertadores, havia a previsão de um lucro de cerca de R$ 4 milhões.
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Outra preocupação é em relação aos patrocínios. Sem a exposição das marcas durante a paralisação do futebol, há receio de que os parceiros suspendam os pagamentos. Os custos do estádio do Morumbi também preocupam.
“Se não está veiculando a marca do patrocinador, dificilmente deve ter patrocínio, com suspensão. É natural. É uma cadeia. O clube social, as taxas de manutenção, contribuição associativa, programa de sócio-torcedor que vai impactar fortemente e tudo de operação no Morumbi, restaurante, academia, buffet. São nossos cessionários. Considerando isso de dois a três meses o impacto vai ser dessa natureza, de R$ 100 milhões”, explicou Elias Albarello.
O São Paulo atualmente tem 13 patrocinadores e não houve suspensões de pagamentos até o momento. O clube investe na exposição das marcas através de suas redes sociais. O patrocínio máster com o Banco Inter se encerra no fim de abril, e o setor de marketing está em negociações para a renovação do contrato.
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