São Paulo mira o fim das dívidas e 2018 será “conservador”
Segundo o diretor executivo financeiro do São Paulo,Elias Barquete Albarello, “temos a meta de zerar a dívida com instituições financeiras em 2019”
Este ano, apesar da péssima fase no Campeonato Brasileiro, o São Paulo conseguiu reduzir mais de 40% de suas dívidas e a previsão é de terminar o ano com um superávit de até R$ 17 milhões, quando o previsto era de fechar o ano de 2017 com um déficit de R$ 7,5 milhões.
Só neste ano, o clube pagou R$ 19 milhões para serviço da dívida. A explicação para isto é que nesta temporada, a venda de jogadores foi bem acima do esperado e alcançou R$ 156 milhões, mais que o dobro do previsto.
O diretor executivo financeiro do clube, Elias Barquete Albarello, em entrevista para o Estadão.com ressalta que esse valor alto na venda de jogadores foi um ponto fora da curva e que o ano de 2018 será um ano “conservador” no clube.
“Manteremos uma previsão de conseguir cerca de R$ 70 milhões com venda de jogadores na próxima temporada”, falou. Sobre vender jogadores importantes da equipe, ele comentou: “Isso faz parte do histórico do São Paulo. Essas saídas se dão por inúmeros fatores, e um deles é a vontade pessoal do atleta. Não podemos controlar essa variável.”
LEIA MAIS:
+ Novo presidente do Bahia não gostou da proposta do São Paulo
+ Renan sobre sair da equipe titular: “Até hoje não consigo entender”
Albarello conta que outros fatores também ajudaram na redução das dívidas, que passaram de R$ 156 milhões no fim do ano passado e devem ficar na casa dos R$ 80 milhões em dezembro. A demissão de empregados com altos salários e a renegociação de contratos com terceiros deram ao clube R$ 10 milhões em economia. O São Paulo também se comprometeu a aplicar até 50% do valor da venda de jogadores na amortização dos débitos.
“Temos a meta de zerar a dívida com instituições financeiras em 2019”, afirma.
O diretor fala que o Tricolor busca um equilíbrio entre o financeiro e a qualidade de jogadores para disputar as competições.
“São coisas diretamente relacionadas. O torcedor sabe que não dá para você ter um time bom, mas endividar o clube, porque aí não dá para comprar jogador. Precisamos tornar a gestão financeira mais eficiente, para que possamos, de forma adequada, gerar mais recursos para investir”, ressaltou.
Hoje, a folha salarial do São Paulo é de R$ 12 milhões, e é considerada “no limite”. Albarello não prevê muitas mudanças no atual time.
“Não é que não podemos (fazer contratações). Isso depende da performance. Não podemos fazer com que o time deixe de disputar títulos em nome do que havíamos planejado (financeiramente). Hoje temos uma boa equipe e, com uma ou outra mudança, temos tudo para ter um bom 2018″, finalizou.
Foto: Divulgação