São Paulo investiga possível irregularidade em empréstimo de jogador por clube da série A

Tricolor investiga possível manobra de Athletico-PR em empréstimo pelo atacante Guilherme Bissoli, formado nas categorias de base do clube

Tricolor investiga possível manobra de Athletico-PR em empréstimo pelo atacante Guilherme Bissoli, formado nas categorias de base do clube

O Athletico-PR pode ter feito uma manobra para ter como empréstimo o atacante Guilherme Bissoli, formado nas categorias de base do Tricolor. 

O São Paulo investiga essa possível irregularidade, que pode render uma indenização caso  seja confirmada.

Entenda o caso

No fim de 2018, o Athletico-PR tentou assinar um pré-contrato com Bissoli antes do fim de seu vínculo com o São Paulo, que se encerrava em janeiro. O clube, porém, queria a permanência do jogador e, por ser o formador e ter a preferência no primeiro contrato profissional, tinha o direito de cobrir o valor proposto pelo clube paranaense para continuar com o atleta. 

O São Paulo cobriu as propostas duas vezes para realizar a renovação. Caso o Athletico ainda quisesse o meia-atacante, uma indenização deveria ser paga. Bissoli, no entanto, não quis permanecer no São Paulo por conta do tratamento recebido pelo clube, que não quis renovar com os valores de salário que o atacante estava pedindo. Ele ficou de agosto a janeiro treinando no CT de Cotia, longe do elenco principal.

Sem a renovação com o São Paulo, o atacante também não poderia assinar com nenhum outro clube do Brasil. Seus representantes, então, acharam uma saída para que ele pudesse continuar atuando no Fernando de la Mora, da segunda divisão do Paraguai.

Bissoli defendeu o clube paraguaio em 2019, com contrato até o fim de 2021. No início desta temporada, o Athletico viu a possibilidade de contar com o jogador por empréstimo e voltou a procurá-lo. Ao entender que não havia nenhuma irregularidade, o clube paranaense acertou o acordo até o fim deste ano.

O gerente-executivo do São Paulo, Alexandre Pássaro comentou sobre o caso e disse que o clube irá investigar se houve ou não irregularidade

Bissoli é um jogador formado aqui. Assinamos um contrato de três anos que, quando estava vencendo, ele não quis renovar. Só que a Lei Pelé diz que o clube formador tem preferência na renovação do primeiro contrato profissional. Se um clube oferece um valor, o formador pode igualar ou cobrir a oferta e aí o jogador é obrigado a ficar, a não ser que uma indenização seja paga. Tivemos isso com o Athletico. Ficamos equiparando a proposta e, como não pagaram a indenização, ele não foi para lá“, disse. 

E completou: “Consultamos a CBF e soubemos que ele está lá por empréstimo. Temos que entender se há só uma coincidência de fatos ou se tudo isso já estava previsto e planejado desde aquela época. Se as pessoas que forem julgar o caso entenderem que coisa era programa desde o começo, teremos direito à indenização. É algo novo para a gente, porque ele só apareceu no Athletico ontem [quarta]”, disse Pássaro.

Foto: Rubens Chiri
Fonte: UOL Esporte