São Paulo consegue desbloquear suas contas na Justiça
Nesta sexta-feira, o São Paulo conseguiu desbloquear a suas contas após um pedido de efeito suspensivo de uma decisão da Justiça no final de outubro
O São Paulo teve a suas contas bloqueadas dia 30 de outubro, após o empresário Alexandre Flores Rollin, que tinha participação nos direitos econômicos do lateral-esquerdo Léo (quando a prática ainda era permitida pela Fifa) entrar com uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo devido a uma dívida de R$ 1 milhão que o São Paulo não pagou no prazo.
Na época da contratação do jogador que veio do Fluminense, no início de 2019, o São Paulo fez um acordo com o empresário para o pagamento de R$ 1 milhão em cinco parcelas (R$ 200 mil cada uma – 10/02/19; 10/04/19; 10/06/10; 10/08/19 e 10/10/19). Nenhuma parcela foi paga.
O contrato foi assinado no dia 10 de janeiro de 2019 pelo presidente Leco, o diretor de futebol Raí, o diretor financeiro Elias Albarello e o gerente executivo Alexandre Pássaro.
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O São Paulo alega que não realizou o pagamento pois o empresário Alexandre Flores Rollin solicitou que os valores fossem depositados em uma conta corrente particular com endereço do Uruguai. O clube afirma que não faz pagamentos em contas que não sejam jurídicas, ou seja, com CNPJ aberto.
Sem acordo entre as partes, Rollin entrou na Justiça para que as contas do São Paulo fossem bloqueadas. O pedido foi aceito.
O clube, então, enviou a solicitação de efeito suspensivo para que a decisão fosse revogada e ofereceu uma garantia bancária, através de uma carta de crédito, para liberar os valores.
O São Paulo passa por uma das mais graves crises financeiras de sua história. As dívidas no final do ano passado eram de mais de R$ 500 milhões. O déficit fechou em R$ 156 milhões.
O problema se agravou ainda mais com a pandemia do novo coronavírus. Com isso, o São Paulo precisou entrar em acordo com os atletas para o pagamento de luvas de 2020 apenas em 2021. Durante a paralisação do futebol no Brasil, os atletas tiveram o salário reduzido em 50%.
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Fonte: Eduardo Rodrigues e Martín Fernandez / GE