São Paulo ameaça ir à Fifa se River não pagar o que deve de Pratto

O São Paulo estipulou que o River Plate tem até semana que vem para quitar a parcela atrasada pela compra de Lucas Pratto; O clube pode ir à Fifa caso o valor não seja pago

O River Plate ainda não pagou uma parcela da compra do atacante do Pratto no valor de 1 milhão de euros (R$ 4,4 milhões). O valor tinha que ser depositado nos cofres tricolor no dia 31 de janeiro. 

O São Paulo deu um prazo de dez dias para o clube argentino quitar o valor, que deu a justificativa de atrasar por estar com um problema no fluxo do caixa. Caso o River não pague, o São Paulo vai recorrer à Fifa. 

Pratto foi vendido pelo São Paulo ao River Plate em janeiro de 2018 por 11,5 milhões de euros, sendo que 8,5 milhões de euros cabiam Tricolor, que recebe de forma parcelada.

A pergunta que fica é: se o São Paulo for á Fifa, Pratto poderá voltar ao clube? Veja as respostas de dois advogados sobre o assunto. 

Gustavo Lopes: “São duas relações. A do River com Lucas Pratto, que fez a opção de jogar pelo clube argentino e tem um contrato. E tem a relação entre São Paulo e os argentinos, que têm de pagar os direitos econômicos ao clube brasileiro […] O São Paulo pode exigir o pagamento no Tribunal da FIFA, na Câmara de Solução de Litígios.”.

“O Pratto volta para o São Paulo tão somente se o jogador aceitar e se houver um entendimento entre os clubes”, finalizou. 

Luiz Felipe Santoro: “Depende da redação do contrato. Em geral, o remédio para o clube credor é acionar o devedor na FIFA. Mas o contrato pode eventualmente prever o retorno do jogador em razão do inadimplemento. Para ele voltar, ele tem que ter concordado com essa cláusula contratual”. 

Em princípio, o caminho ao São Paulo é a FIFA. Lá o clube poderá exigir os pagamentos devidos pelos argentinos. As punições ao clube de Buenos Aires, em caso de não pagamento, serão impostas pela entidade máxima do futebol mundial. O River pode ser penalizado com perda de pontos e até um rebaixamento de divisão no campeonato argentino.

Foto: Divulgação