Rodrigo Caio “alfineta” torcida tricolor
Em entrevista ao Estadão, Rodrigo Caio falou sobre fama de “bonzinho”, saída do São Paulo e ainda cutucou a torcida tricolor
Rodrigo Caio ficou no São Paulo por 12 anos, mas algumas falhas fizeram com que ele saísse criticado do clube, onde após tentativas frustradas de ir para a Europa, o defensor acertou com o Flamengo.
Questionado, Rodrigo falou sobre seu recomeço no Flamengo, após saída conturbada do São Paulo.
“A adaptação tem sido boa e o grupo me recebeu bem, o que facilitou. Fiquei 12 anos no São Paulo e o desafio da mudança era algo grande. Por enquanto, posso dizer que estou me sentindo em casa no Flamengo”, disse o defensor, que fez uma comparação sobre a torcida do São Paulo e a de seu atual clube.
“A torcida do Fla é fanática e uma coisa gigantesca, nação mesmo. É sempre casa cheia”, assentiu o jogador, ou seja, quis dizer que nossa torcida é pequena e que não lota o estádio? Veja abaixo, uma comparação das médias de públicos dos dois times.
Vale lembrar, que desde 2012, o São Paulo não conquista nenhum título, e sequer chega a alguma final de campeonatos, enquanto isso, o time carioca conquistou CINCO TÍTULOS: Copa do Brasil em 2013, Taça Guanabara em 2014 e 2018 e o Campeonato Carioca em 2014 e 2017, ou seja, a chance de sua torcida comparecer em maior média seria o óbvio, mas não foi bem assim.
COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DE PÚBLICOS DOS DOIS TIMES NOS ÚLTIMOS SETE ANOS:
2012: 2º São Paulo – 24.297 /10º Flamengo – 12.250
2013: 3º Flamengo – 23.385 /4º São Paulo – 23.115
2014: 3º São Paulo – 28.544 /4º Flamengo – 26.411
2015: 2º Flamengo – 30.963 /7º São Paulo – 20.562
2016: 4º Flamengo – 24.542 / 5º São Paulo – 22.513
2017: 2º São Paulo – 35.228 /8º Flamengo – 14.491
2018: 1º Flamengo – 47.140 / 2º São Paulo – 34.321
Média de público do São Paulo nos últimos 7 anos: 26,94
Média de público do Flamengo nos últimos 7 anos: 25.59
O jogador ainda comentou sobre a polêmica com Jô durante clássico entre Corinthians e São Paulo, onde ficou marcado como um “jogador bonzinho” e ingênuo.
“Não me arrependo e me orgulho, mas respeito quem não faça o que fiz. Tentaram rotular que o Rodrigo é bonzinho. Não dou bola. O futebol que a gente vive é complicado. O zagueiro tem de ser duro e muitas vezes dar pancada para ter respeito. Procuro ser justo dentro de campo e isso me faz ser marcado, pois é apontado como algo negativo. Muita pessoas tentaram inverter e me colocar como errado, já que o importante é ganhar, não importa como”, afirmou e seguiu falando sobre o fato de ter sido chamado de “jogador de condomínio”.
“As pessoas que me conhecem desde novinho sabem que não sou nada disso. Muita gente olha para a minha cara, vê que tenho um estilo um pouco diferente no futebol e já faz uma imagem de que minha vida é fácil. Mas passei por dificuldades. Eu abri mão de muita coisa, meus amigos e família sabem. Aprendi a respeitar, pois tudo isso me deixa mais forte”, disse Rodrigo.
Antes de finalizar, o atual jogador do Flamengo comentou sobre seu período não tão feliz no São Paulo.
“Eu tive uma lesão que me tirou a chance de brigar por uma vaga para a Copa do Mundo e depois teve tudo aquilo que já foi noticiado (desavenças com Diego Aguirre). Já foi e agora quero escrever outra história”, concluiu.