Presidente da FPF quer liberar cerveja nos estádios paulistas
Após o governador João Doria recusar proposta, Reinaldo Carneiro, tentará a liberação de cervejas em eventos jogos de futebol no Estado de São Paulo
Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) concedeu uma entrevista à Gazeta Esportiva e deixou claro que vai apoiar o movimento criado pelos quatro maiores clubes do Estado para pressionar o governador João Doria a liberar o consumo de cerveja em estádios de futebol.
A Assembleia Legislativa de SP já se manifestou favorável a liberação, mas o ex-prefeito da cidade declarou que iria vetar a mudança por entender que a ação seria inconstitucional.
“Temos trabalhado muito em conjunto. A Assembleia toda entendeu que a liberação da cerveja não é para fazer baderna, e sim negócio, para gerar receita, para trazer um torcedor que venha torcer e consumir. É muito simplista ter a cabeça dos tempos passados, que significava: beber no estádio é briga e confusão”, afirmou Carneiro.
“Beber no estádio é família, é paz, é gerar negócios para que a gente possa fornecer o entretenimento cada vez melhor. No mundo inteiro a cerveja faz parte do entretenimento com ordem e segurança, e São Paulo vai dar esse exemplo também”, concluiu, confiante.
Gustavo Vieira de Oliveira, agora diretor de futebol do Botafogo-SP e com passagens por São Paulo e Santos, reforçou o plano em evento de inauguração de um setor do estádio Santa Cruz que justamente tem em seus bares a maior aposta para elevar a receita do clube.
“Falar de bebida alcoólica é falar de Ribeirão Preto. É muito parte da nossa cultura, temos o melhor chopp do Brasil. É um movimento que nos interessa, acho que traz recursos e potencialidade para os clubes. Acho um casamento interessante. A gente vê muitas vezes o vendedor do lado de fora do estádio e é uma atividade pouco controlada, que não tem tributação e que pode ter a mesma consequência que vem tentando ser evitada com a venda dentro do estádio. Então, fazer um ambiente controlado, recolhendo impostos e num ambiente que seja regulado, me parece natural esse caminho”, corroborou.
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