Pratto: “Os times precisam temer jogar contra o São Paulo”

0

Em entrevista à Globo, Pratto falou sobre a saída de Rogério, o jejum de gols que vive e a esperança de ser convocado para disputar a Copa do Mundo de 2018

Lucas Pratto disse que o time apresenta uma melhora de rendimento, muito porque Dorival tem tido semanas livres para treinar o time, coisa que Rogério Ceni não tinha. O argentino também se culpou, assim como seus companheiros pela demissão do M1to e “isentou” a diretoria.

“O Dorival conseguiu a mudança na cabeça dos jogadores nesse tempo que só jogamos de domingo. Ele tem cinco dias para trabalhar há quatro semanas, enquanto o Rogério não teve praticamente nenhum tempo para trabalhar quando perdeu jogadores importantes. Quando você tem dias para trabalhar fica mais fácil para o jogador entender”, afirmou o argentino.

Confira aqui a entrevista completa feita por Guilherme Pereira e Marcelo Prado, do globoesporte.com:

GloboEsporte.com: Você não marca há nove jogos, mas compensa com uma postura de muita luta dentro de campo. O jejum preocupa?
Lucas Pratto:
 – Minha postura sempre foi essa, jogando no São Paulo, no Atlético-MG ou na Argentina. Acho que a torcida tem um carinho especial por mim pela entrega que mostro dentro de campo. Nunca aconteceu na minha carreira de passar tanto tempo sem marcar gols. O máximo que fiquei foram quatro ou cinco jogos. O que me preocupa não é não fazer e, sim, não ter situações de gols.

Você teme ser cobrado pela torcida?
– É minha obrigação fazer gols. Mas todos tenham a certeza de que faço o melhor possível. Em nenhum jogo estou com preguiça. Se quiserem me cobrar, estão no direito porque fui contratado para fazer gol e não para dar carrinho. Mas, às vezes, quando a situação não é boa, você precisa se doar. Tenho que melhorar cada vez mais para ajudar minha equipe.

Você chegou em fevereiro e rapidamente se tornou capitão e uma das referências do elenco. Nos momentos de crise, é sempre solicitado que fale com os jornalistas….
– Acho que o jogador de futebol não precisa falar toda semana. Alguns jogadores gostam mais de se expressar. Às vezes, me dizem que preciso falar para manter o bom relacionamento com a imprensa e também para me posicionar perante ao torcedor do São Paulo e ao torcedor que gosta de futebol. Na semana passada, tive muitas ligações para dar entrevista, mas tínhamos um clássico muito importante e não era hora. Agora o time está um pouco mais tranquilo, mais sólido em campo, e achei que era bom falar.

Já dá para se considerar um ídolo do São Paulo?
 Não. Ídolo para mim é Hernanes, Lugano, Rogério Ceni. Sou um jogador importante para o clube. Quando a toricda gosta de um jogador, ele joga mais tranquilo em campo e, sem dúvida, isso me ajuda. Na questão da liderança é claro que me sinto importante. Fico muito feliz com meu rendimento no São Paulo.

Qual sua opinião sobre tudo que aconteceu com o São Paulo no ano? Saída de vários jogadores, chegada de outros, mudança de treinador….

– Não é um problema do São Paulo, é do futebol brasileiro. Enquanto as outras ligas estão fazendo contratações, aqui é ao contrário. Deve ser o primeiro ou segundo país que mais exporta jogadores. Quando você vai contra o calendário mundial fica difícil. Futebol não tem resposta certa. Isso é que faz do futebol o melhor esporte do mundo. Acho que as coisas são mais fáceis quando você mantém uma base de trabalho e um grupo de jogadores pelo menos por um ano. Desde que cheguei, a maioria dos jogadores que estava jogando foi vendida. Também se cortou o projeto de um treinador… Mas é assim o futebol!

O Rogério, então, merecia ter tido mais tempo para trabalhar?
Não me deixa mal que venda jogadores porque vão chegar novos. O que me deixa mal é que uma pessoa perdeu seu trabalho, né? Um bom treinador…Seja o treinador que for. Eu tive participação nisso, porque é culpa minha e dos meus companheiros que não conseguimos resultados dentro de campo, e um treinador perdeu seu trabalho. Talvez, outra diretoria teria mandado embora antes o treinador. Como era o Rogério que, se não é o maior ídolo do clube, é um dos três maiores, acho que ele ficou um pouco mais. A culpa da saída dele não é da diretoria e, sim, dos jogadores.

O que representa o jogo de domingo, contra o Sport? Que projeção pode ser feita para o São Paulo até o final do Campeonato Brasileiro?
– Temos um jogo que, se ganharmos, vamos deixar a zona de rebaixamento. Nosso pensamento tem de ser jogo a jogo. Não podemos pensar daqui até o final do ano em ficar na sexta posição, décima posição, porque estamos numa situação complicada. Já estamos conseguindo mostrar uma postura que os times já não querem jogar contra o São Paulo. Precisamos disso. Todos os times que vão nos enfrentar tem de saber que o São Paulo vai fazer sofrer. Isso é o que eu quero. Aí, daqui quatro jogos, se ganharmos os quatro, bendito seja. Mas primeiro é o Sport. É vencer para sair dessa situação.

 O que você ainda espera em termos de seleção argentina?

– É o que eu falei antes. Eu quero voltar. Espero que a Argentina, nesses dois jogos que faltam, consiga a classificação para a Copa. Tenho que certeza que vai conseguir pela qualidade dos jogadores e pelos profissionais que também trabalham. Depois, é tentar trabalhar para no próximo ano conseguir uma oportunidade.

FOTO: Bruno Rodrigues/GE

Leave your vote

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Forgot password?

Enter your account data and we will send you a link to reset your password.

Your password reset link appears to be invalid or expired.

Log in

Privacy Policy

Add to Collection

No Collections

Here you'll find all collections you've created before.