Altos e baixos fazem parte da história de um vitorioso, porque então não seguir acreditando na reviravolta do Tricolor?

Apesar de dizerem que aprendemos com os erros e que as derrotas nos fazem fortes, nunca queremos perder. Deveríamos? Se para chegar a glória temos que passar por dificuldades, porque não aceitar e apreciar os fracassos proporcionados por nossas escolhas mal feitas? E, será que só desgostamos da derrota porque perdemos ou por quê alguém ganha no nosso revés? Sempre recorremos à memórias de momentos felizes para lembrar o motivo de nosso amor por alguém, algo ou clube de futebol.

É a torcida do São Paulo que está vivendo esses dilemas intensamente nos últimos anos. A década é a pior vivida pelo clube em sua história e a coleção de decepções vêm com rápidos momentos de euforia – proporcionados por Calleris, Patos, Gansos, Kakás… –   que nos fazem lembrar do time vencedor que éramos alguns anos atrás. A América e o Mundo já foram nossos mas hoje lutamos constantemente para permanecer somente entre os maiores do Brasil. Já passou da hora de mudar – e todo mundo sabe disso.

Talvez, daqui a 30 anos  – quando jornais não mais existirão – e quisermos relembrar os bons times do São Paulo uma lacuna de aproximadamente 10 anos apareça e nenhum jogo memorável desse período por nós vividos seja lembrado. Tomara que seja esse tempo nos leve de volta ao topo. Entretanto, a história de que nunca deveríamos de lá ter saído é besteira: a dificuldade fortalece e deve ser relembrada.

Independentemente de religião, rezemos para que os deuses do futebol a nós escutem, então: que nossa reviravolta comece já! Que guardemos relíquias como jornais mostrando nossas vitórias na capa; e que os nossos filhos ou filhas os vejam no futuro e nos lembrem das vitórias, sem que esqueçamos das derrotas.

A história ensina assim: momentos bons produzem homens fracos, que produzem momentos ruins, que produzem homens fortes, que nos trazem títulos…

FOTO: Rubens Chiri / saopaulofc.net
TEXTO: Marcelo Lino

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