O fim da Era Leco em números
Carlos Augusto de Barros e Silva não é mais presidente do São Paulo; Leco deixa o clube sem nenhum título e muitos fracassos
Leco presidiu o São Paulo de 2015 a 2020 e chegou em apenas uma final, onde perdeu. Além disso, acumula fracassos e vexames que ficarão pra sempre marcados na história do São Paulo, como ser eliminado para o Mirassol nas quartas de final do Paulistão e pior, deixar a Libertadores, na fase previa, onde perdemos para o Talleres, de Córdoba.
Isso sem falar na luta contra o rebaixamento em 2017.
Em 323 jogos que o Tricolor fez durante a atual presidência, o time venceu 135 partidas, empatou 95 e perdeu 93. Saiba mais sobre os jogos do SPFC na “Era Leco” aqui.
Abaixo vamos detalhar esses anos de terror que vivemos com Leco no comando.
Quando Leco chegou à presidência do São Paulo Futebol Clube?
Leco assumiu o São Paulo no dia 13 de outubro, de forma interina, duas semanas mais tarde, em 27 de outubro, foi eleito presidente. Por se tratar de uma gestão transitória, pôde concorrer à reeleição em 2017, quando venceu José Eduardo Pimenta.
A sua gestão prometia, ainda em 2015, ser a salvação do São Paulo Futebol Clube, após o desastroso mandato de Carlos Miguel Aidar. Depois de meia década, nada foi cumprido.
Dívidas enormes:
Quando Leco assumiu o São Paulo, a dívida do clube era de R$ 284 milhões. Hoje, esse valor praticamente dobrou. A dívida que Julio Casares (atual presidente) terá de lidar é de R$ 538 milhões.
Negociações suspeitas:
Em março de 2019, Leco foi cobrado pelo Conselho Deliberativo pela contratação de Diego Souza, então jogador do Sport. À época, foi divulgado que a transação custou R$ 10 milhões ao clube, porém, foi confirmado que o São Paulo desembolsou R$ 13,4 milhões para tirar o jogador da Ilha do Retiro.
+ Veja o desempenho dos centroavantes que foram contratados na “Era Leco”.
Jogadores que vieram “a passeio”:
Leco acertou com mais de 60 jogadores para vestirem a camisa do Sâo Paulo ao longo dos cinco anos do seu mandato. Algumas não dera certo como os atacantes Biro Biro, Neílton, Kieza, Robson e Morato. Outras, como a de Pablo (foto), chegaram com expectativas, mas não renderam o esperado até o momento.
Diretores inexperientes e questionados:
Leco começou sua gestão com Vinícius Pinotti, que não tinha nenhuma convivência ou experiência no futebol. O dirigente foi o responsável por trazer diversos jogadores com desempenho muito abaixo do esperado, como Maicossuel, que já chegou machucado e fez apenas uma partida no São Paulo.
Depois de Pinotti, Leco trouxe Raí, que em diversos erros em seus três anos de gestão, acertou em não demitir Fernando Diniz, mas antes, em 2019, contrariou a todos quando mandou embora o treinador uruguaio Diego Aguirre.
Leco vs Rogério Ceni:
Uma das polêmicas mais fortes da ‘Era Leco’ foi a rusga entre ele e o ídolo do São Paulo, Rogério Ceni. Em 2017, Ceni foi contratado para ser o treinador da equipe, mas não alcançou os resultados esperados e foi demitido em menos de seis meses como treinador.
A decisão fez o Mito ficar chateado e atacar Leco, dizendo que ‘os canalhas também envelhecem’.
Vexames em campo:
Paulistão: os maiores vexames foram contra Audax (2016) e Mirassol (2020), pelas quartas de final do Paulistão.
Copa do Brasil: o São Paulo caiu diante do Juventude, em 2016 e Bahia em 2019.
Sul-Americana: Defensa y Justica e Colón eliminaram o clube em 2017 e 2018.
Libertadores: o São Paulo fez sua pior particpação em 2019, quando o Talleres despachou o time tricolor antes mesmo da fase de grupos da Libertadores. Em 2020, o Tricolor ficou fora da fase de grupos, ao perder para o Binacional, LDU e River Plates, todos fora de casa. O fato não acontecia na história do clube desde 1987.
Brasileirão: em 2017, o clube ficou a maior parte da competição lutando contra o rebaixamento.
Mudanças no comando técnico do time:
10 treinadores estiveram a frente dos jogadores durante a Era Leco. São eles: Doriva (2015), Edgardo Bauza (2016), Ricardo Gomes (2016), Rogério Ceni (2017), Dorival Júnior (2017/2018), Diego Aguirre (2018), André Jardine (2019), Vagner Mancini (2019), Cuca (2019) e Fernando Diniz (2019 – atual).
+ Veja aqui a lista e desempenho de todos os treinadores (e interinos) da “Era Leco”.
Péssimos desempenho em clássicos:
Se não bastassem as vexatórias eliminações, ganhar dos rivais não foi fácil pro São Paulo na ‘Era Leco’. De outubro de 2015 para cá, o São Paulo disputou 53 clássicos: venceu 13, perdeu 26 e empatou 16, um aproveitamento de 32%.
Acertos:
Vinda de Daniel Alves e Juanfran. E boa venda de Antony.
Ah, e claro, a vinda de Luciano, a pedido de Fernando Diniz.