Em 2005, o São Paulo venceu o confronto com as Peppas com gols de Cicinho e Rogério Ceni e avançou para as quartas de finais da Taça Libertadores da América. Relembre

O ano de 2005 é sem dúvida uma das temporadas mais marcantes para o torcedor Tricolor, naquele ano, o São Paulo faturou a Tríplice Coroa ao conquistar o campeonato paulista, a Libertadores e Mundial Interclubes!

Há 15 anos, o São Paulo recebeu as Peppas, no Morumbi, em jogo válido pelas oitavas de finais da Taça Libertadores da América, e com a atmosfera típica de uma quarta-feira de Libertadores, o Tricolor se impôs e venceu o arquirrival por 2 a 0, em um Morumbi lotado.

A campanha fantástica que o Tricolor fez na Libertadores com muita garra e um ótimo futebol em campo teve um de episódios contra o rival da Pompéia, o famoso time paulista rebaixado do Brasileiro em 2002 e 2012.

O jogo era válido pelas oitavas de final da Libertadores da América, desta vez no Morumbi, já que o Tricolor já havia massacrado os suínos em seu chiqueiro na partida anterior por 1 x 0 com um golaço de Cicinho.

Embalado com a vitória fora de casa, e com o apoio da torcida ao seu lado, o time comandado por Paulo Autuori não tomou conhecimento do rival e pôde comemorar mais uma vitória, que nos levou às quartas de final da competição continental.

O JOGO

O São Paulo precisava apenas de um empate para assegurar a classificação, já que no jogo de ida tinha vencido os Porcos dentro do Parque Antártica pelo resultado de 1 a 0.

Tendo que buscar a virada, o S.E.P começou o jogo com forte marcação sobre a saída de bola do São Paulo e com domínio territorial e mais equilíbrio ofensivo. O tricolor, perdido, não conseguia ultrapassar a intermediária.

Em grande parte, a inoperância ofensiva do São Paulo devia-se à forte marcação sobre Danilo, único homem de criação do meio campo. Prova disso é que, quando o camisa 10 apareceu, o time do Morumbi levou perigo ao adversário.

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O meia fez excelente jogada pela esquerda aos 5min e cruzou na segunda trave. Mineiro tocou de cabeça e a bola encontrou o travessão de Marcos.

Animado por este lance, o São Paulo começou a encontrar espaços na marcação do S.E.P e assumiu o controle do jogo. Porém, assim como o adversário havia feito enquanto estava melhor em campo, o São Paulo não conseguia criar lances de perigo para o gol defendido por Marcos.

O S.E.P ainda assustou em jogada individual do lateral-esquerdo Lúcio. Aos 32 minutos, o camisa 6 driblou Cicinho duas vezes e bateu cruzado. Rogério “Mito” Ceni teve muito trabalho para espalmar e desviar para a lateral.

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No intervalo, jogadores de ambas as equipes diziam que o jogo estava muito parelho e que no segundo tempo o objetivo era buscar os espaços deixados no setor defensivo do adversário.

Os espaços esperados pelos porcos só começaram a aparecer depois dos 9 minutos, quando o volante Josué segurou Juninho Paulista pela camisa e foi expulso.

Para aumentar ainda mais o domínio no meio-campo, o técnico do clube alviverde Paulo Bonamigo abdicou do esquema 3-5-2 e trocou o zagueiro Gabriel pelo meia Cristian.

E se a ideia de Bonamigo era dominar o meio-campo, a alteração foi totalmente errada. Depois disso, o São Paulo assumiu o controle do jogo e mesmo com um jogador a menos passou a criar as melhores oportunidades.

Foi assim aos 14 minutos, quando Júnior chutou cruzado de fora da área e a bola passou à esquerda de Marcos. Cinco minutos depois, Júnior cruzou da esquerda, Luizão apareceu na segunda trave e tocou por cima do travessão.

De tanto insistir, o São Paulo inaugurou o marcador aos 36 minutos. Diego Tardelli puxou contra-ataque pela direita, invadiu a área e driblou o volante Correa. Caído, o camisa 7 do S.E.P colocou a mão na bola e cometeu pênalti. Na cobrança, Rogério Ceni tocou no meio do gol de Marcos, que não conseguiu defender.

Em desvantagem, as peppas se lançaram ao ataque. E foi castigado aos 48 minutos, quando Cicinho cobrou falta de longa distância e, em um chute rasteiro, acertou o canto esquerdo de Marcos, que chegou atrasado e não conseguiu evitar o gol.

Com um placar vantajoso, o São Paulo só administrou o resultado e garantiu a classificação.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Cicinho, Fabão, Lugano e Júnior; Renan, Mineiro (Edcarlos), Josué e Danilo; Grafite (Diego Tardelli) e Luizão (Alê)
Técnico: Paulo Autuori

S.E.P
Marcos; Nen, Daniel e Gabriel (Cristian); Correa (Ricardinho), Alceu, Magrão, Juninho Paulista e Lúcio; Marcinho e Washington (Osmar)
Técnico: Paulo Bonamigo

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho (Brasil)
Auxiliares: Ednílson Corona e Ana Paula de Oliveira (ambos do Brasil)
Público: 60.395
Renda: R$ 1.160.537,00
Cartões amarelos: Gabriel (S.E.P), Magrão (S.E.P), Luizão (SPFC), Nen (S.E.P), Grafite (S.P.F.C), Rogério Ceni (S.P.F.C), Correa (S.E.P), Cristian (S.E.P)
Cartões vermelhos: Josué (SPFC)
Gols: Rogério Ceni, aos 36min, Cicinho, aos 48min do segundo tempo

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