O Nostalgia Tricolor desta semana relembra o confronto entre São Paulo e Cruzeiro, em 2014, quando o soberano acirrou a luta pelo título brasileiro

Em 2014, com atuação brilhante do mito Rogério Ceni, o São Paulo, vice líder, venceu o Cruzeiro então líder do campeonato brasileiro, no Morumbi, e colocou fogo na disputa pelo título nacional.

 

O São Paulo de 2014 foi sem dúvidas o melhor São Paulo desde 2008. Um time que contava com grandes jogadores como: Rogério Ceni, Alváro Pereira, Souza, Kaká, Ganso, Pato, Luis Fabiano, Alan Kardec, entre outros… Além de contar com a experiência de Muricy Ramalho no banco de reservas.
Na ocasião, a torcida tricolor que lotou o Morumbi, viu Rogério Ceni fechar o gol, marca de pênalti e comandar o tricolor em mais um grande jogo de sua história.

RECORDAR É VIVER!

O JOGO

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O primeiro tempo foi como um jogo de xadrez taticamente. Posicionado mais à frente, o São Paulo teve melhor começo, chegando a assustar com duas finalizações de fora da área de Paulo Henrique Ganso. A arma de contra-atacar cruzeirense passou a dar resultado pouco a pouco, e o duelo ficou extremamente equilibrado, com o time mineiro também tendo clara chances de gols, com Ricardo Goulart, duas vezes, e Marcelo Moreno.
O jogo era nervoso. O Cruzeiro abusava de muitas faltas no meio-campo evitando troca de passes do quarteto do São Paulo. Só que em uma cobrança de falta lateral de Ganso quase saiu o gol do zagueiro Rafael Tolói após cabeçada livre na área.
A tática cruzeirense de dar o bote no adversário em pleno Morumbi foi inteligente, mas o grande problema foi mesmo a quantidade de faltas. Dedé, por exemplo, fez uma em Pato no começo do jogo e levou amarelo por parar o contra-ataque do São Paulo. A segunda infração de do zagueiro cruzeirense foi dentro da área e ocasionou o pênalti bem marcado em Paulo Henrique Ganso.
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Ceni marca e, é abraçado por Kaká e Pato na comemoração

O gol de Rogério Ceni fez o São Paulo ter condições de recuar o time e esperar ousadia por parte do Cruzeiro para encontrar espaços. Só que o time não parece adaptado a jogar no contra-ataque. A saída não foi veloz e os melhores lances foram ocasionados quando o quarteto conseguiu trocar passes, mantendo a posse de bola.

Uma oportunidade desperdiçada foi incrível. Já no início da segunda etapa, Alan Kardec recebeu cruzamento de Kaká, cabeceou no próprio pé e ainda teve sorte ao ficar com a bola para chutar frente a frente com Fábio. A finalização foi ruim e a bola pegou no ferro que sustenta a rede do lado de fora do gol.
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Alan Kardec comemora seu gol, o segundo do tricolor

O São Paulo não se expôs em quase nenhum momento no segundo tempo. Kaká fechou o lado esquerdo da defesa como uma lateral e o time cansou de trocar passes, principalmente, após aumentar a vantagem na partida para 2 a 0 com o gol de Kardec.

Com o placar definido o São Paulo cadenciou o jogo e, segurou o resultado, que naquela altura via a diferença diminuir para quatro pontos, faltando 17 jogos para o fim do campeonato. Infelizmente, no fim, o tricolor não conseguiu ultrapassar o Cruzeiro e ficou com vice-campeonato.
DESTAQUES E CURIOSIDADES DO JOGO
O melhor em campo: Ganso foi bem, Kaká teve papel defensivo importante. Menção honrosa ainda a Everton Ribeiro e Alisson por cumprirem bem funções táticas. Mas é claro que o papel fica com Rogério Ceni. Foram duas defesas fantásticas e um gol de pênalti.

O pior
: A tarefa é fácil. Dedé foi afobado, levou o primeiro cartão amarelo após parar contra-ataque com falta em Pato e ele mesmo acha que deveria ser expulso por pênalti em Ganso. Foi substituído no intervalo.

Toque dos técnicos
: Marcelo Oliveira se preocupou em congestionar o meio-campo e reforçar a marcação dos lados do campo. A tática foi muito boa e deixou o time com grandes chances em contra-ataques no primeiro tempo. O meia Alisson era perseguidor de Auro na lateral direita, e ainda tinha Ceará na cobertura. Com o lado bem marcado, e sem grande eficácia pela esquerda, com Alvaro Pereira pouco apoiando, o São Paulo parecia preso. Só que Kaká passou a atuar pelos dois lados, flutuando, e Alan Kardec foi recuado para a meia. O toque de Muricy Ramalho fez o time mandante reagir e reassumir o controle da partida ainda na primeira etapa.

Freguês predileto:
 O goleiro Fábio é quem mais sofreu gol de Rogério Ceni em toda a carreira. O de pênalti no primeiro tempo foi o sétimo na carreira do camisa 1 do São Paulo diante do cruzeirense.

Cambista faz a festa:
 Foi grande a movimentação de venda de entradas ao redor do Morumbi antes do jogo. O preço da entrada arquibancada para sócio-torcedor era apenas R$ 10, mas os cambistas cobravam R$ 100 no bilhete mais barato.

Sempre Alvaro:
O lateral uruguaio do São Paulo caracterizado por muita raça em campo saiu para o intervalo com uma toalha no rosto. Foi a maneira encontrada para estancar o sangramento na região ocasionado por uma bolada na pálpebra segundo a rádio Espn. No segundo tempo, ele ainda deu uma cabeçada forte no próprio companheiro de time, Denílson, ao dividir a bola aérea.

Desespero de Kaká:
O camisa 8 do São Paulo deu chilique por conta do árbitro não ter dado o segundo cartão amarelo a Dedé no pênalti feito em Ganso. A reclamação foi tão efusiva que o meia é quem recebeu o cartão após a falta na área. “Fiquei nervoso mesmo, ele (Dedé) merecia o cartão”, disse Kaká ao sair do campo no intervalo.
MELHORES MOMENTOS

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 0 CRUZEIRO
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 14 de setembro de 2014, domingo
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden – RS (FIFA)
Auxiliares: Rafael da Silva Alves – RS (ASP-FIFA) e Jose Antônio Chaves Franco Filho – RS (CBF)
Público: 58.627 pagantes
Cartões amarelos: Kaká, Alan Kardec e Alvaro Pereira (SAO); Dedé, Ricardo Goulart (CRU)
Gols: Rogério Ceni, aos 35 minutos do 1º tempo e Alan Kardec, aos 25 minutos do 2º tempo
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Auro, Rafael Toloi, Edson Silva e Alvaro Pereira; Denilson e Souza; Ganso, Kaká e Alexandre Pato (Michel Bastos) e Alan Kardec
Técnico: Muricy Ramalho
CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Dedé (Manoel), Léo e Ceará; Henrique, Lucas Silva (Dagoberto), Everton Ribeiro e Ricardo Goulart (Júlio Baptista); Alisson (Dagoberto) e Marcelo Moreno
Técnico: Marcelo Oliveira

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