NOSTALGIA TRICOLOR – São Paulo 1 (4) x (3) 0 Estudiantes-ARG

O Nostalgia Tricolor desta semana relembra o grande confronto entre São Paulo e Estudiantes, na Libertadores de 2006
Salve, salve nação soberana, nesta semana relembraremos o emocionante confronto entre São Paulo e Estudiantes, válido pela Copa Libertadores da América de 2006, onde o tricolor bateu os argentinos, que na época era treinado por Diego Simeone, na penalidades máximas.
“Se o torcedor acha que vai encontrar tranquilidade, pode esquecer. Ele vai sofrer e precisa ter essa consciência”, essa foi a frase que disse o goleiro e capitão do São Paulo, Rogério Ceni, na véspera do confronto.
Sofrimento. Essa palavra que o mito disse define completamente o jogo. Após perder por 1 a 0 na Argentina, o Soberano precisava vencer o Estudiantes no Morumbi. O tricolor devolveu o resultado e o jogo só foi decidido nos pênaltis, quando brilhou a estrela de um certo M1TO.
RECORDAR É VIVER!
O JOGO
A vitória por 1 a 0 no primeiro duelo, na Argentina, e o fato de ter somado apenas um ponto em suas quatro primeiras partidas como visitante na Copa Libertadores suscitaram a ideia de uma postura cautelosa para o Estudiantes. No entanto, a equipe argentina surpreendeu, marcou a saída de bola do São Paulo e foi ofensiva no duelo disputado no Morumbi.
Um pouco pela ousadia surpreendente do Estudiantes e muito por seu próprio nervosismo, o São Paulo não conseguiu concatenar uma jogada sequer em seu setor ofensivo durante a primeira etapa. O time paulista teve muitos problemas na saída de bola e sentiu falta de participação criativa do meia Danilo e do ala Júnior, ambos apagados. Com isso, os atacantes Leandro e Ricardo Oliveira precisaram sair muito da área para serem acionados e renderam menos do que poderiam ter feito.
Totalmente perdido e dando claros sinais de nervosismo, o São Paulo não conseguiu criar antes do intervalo. No entanto, foi premiado aos 44min, em falta cobrada pelo lateral-esquerdo Júnior da esquerda. O camisa 6 bateu cruzado, ninguém apareceu para cortar e o zagueiro Edcarlos, dentro da pequena área, desviou de pé esquerdo para inaugurar o placar no Morumbi.
“O que me deixa mais feliz no gol é que é um lance que nós treinamos muito. Trabalhamos muito as bolas paradas, tanto para fazer os gols quanto para evitar. Por isso, é muito bom quando vemos que todo o nosso esforço funciona”, comemorou o camisa 4 do São Paulo.
O gol do São Paulo mudou totalmente o panorama do segundo tempo. Mais tranqüilo com a vantagem, o time paulista voltou com postura totalmente diferente para a segunda etapa e passou a criar seguidas oportunidades para marcar o segundo gol. Na melhor delas, aos 14min, Souza chutou cruzado da direita e o goleiro Herrera não conseguiu segurar. No rebote, com liberdade, Ricardo Oliveira concluiu à direita da meta.
Depois disso, os donos da casa voltaram a assustar em cobrança de falta de Rogério Ceni (que mandou por cima do gol aos 20min) e em finalização de longa distância do lateral-esquerdo Júnior (pegou rebote aos 26min, limpou a marcação para a esquerda e chutou à esquerda de Herrera).
O crescimento do São Paulo também foi auxiliado pelo evidente cansaço do Estudiantes. A equipe argentina não conseguiu manter a marcação sobre a saída de bola dos donos da casa, que tiveram espaço para trocar passes desde a intermediária. Além disso, os argentinos não ameaçaram sequer nos contra-golpes e apenas acompanharam o domínio do time tricolor.
Apesar da superioridade, porém, o São Paulo não conseguiu marcar e a decisão aconteceu nas penalidades. Danilo desperdiçou o quarto tiro dos donos da casa, mas Rogério Ceni defendeu a cobrança de Alayes e Carrusca chutou para fora, garantindo a classificação dos donos da casa para as semifinais.
MELHORES MOMENTOS/PENALIDADES MÁXIMAS
https://www.youtube.com/watch?v=q6FgYKPutQU
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Fabão, Edcarlos e Alex; Souza, Mineiro, Josué, Danilo e Junior; Leandro (Thiago Ribeiro) e Ricardo Oliveira
Técnico: Muricy Ramalho
ESTUDIANTES
Herrera; Ángeleri, Alayes, Huerta (Cardozo) e Álvarez; Ortiz, Galván (Cominges), Braña e Sosa (Carrusca); Lugüercio e Calderón
Técnico: Diego Simeone
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Carlos Chandía (Chile)
Auxiliares: Lorenzo Acuña e Mario Vargas (ambos do Chile)
Público: 66.086
Renda: 1.697.015,00
Cartões amarelos: Júnior (S), Calderón (E), Angeleri (E), Álvarez (E), Cominges (E)
Gol: Edcarlos, aos 44min do primeiro tempo
Pênaltis: Ricardo Oliveira, Rogério Ceni, Fabão e Júnior marcaram para o São Paulo, e Danilo perdeu; Calderón, Cominges e Lugüercio marcaram para o Estudiantes, e Alayes e Carrusca perderam