NOSTALGIA TRICOLOR – Final do Brasileirão de 1986
Relembre ou veja como foi a segunda partida da decisão do Brasileirão de 1986, entre Guarani e São Paulo
Relembre ou veja como foi a segunda partida da decisão do Brasileirão de 1986, entre Guarani e São Paulo
Uma partida digna de ser uma final de Brasileirão: nervosa e com direito a gol no último lance da prorrogação. Com vocês, o primeiro jogo da série NOSTALGIA TRICOLOR!
Depois de empate em 3 a 3 entre o tempo normal e prorrogação, Bernardo, Pita e Careca – em um gol inesquecível nos últimos instantes – foram os autores dos gols são-paulinos com a bola rolando, enquanto Darío Pereyra, Rômulo, Fonseca e Wagner Basílio foram os batedores bem-sucedidos nas penalidades, que também contou com uma grande defesa do tricolor Gilmar.
Após o vice-campeonato nacional obtido em 1981, contra o Grêmio, e quase dez anos depois da primeira conquista, em março de 1978, o São Paulo voltou à uma decisão do Brasileirão e novamente não era apontado como o favorito – afinal, tanto em 1977, quanto em 1986, o Tricolor chegou à final sem possuir a melhor campanha da competição.
Por conseguinte, o Morumbi recebeu a primeira partida da disputa contra o Guarani no dia 22 de fevereiro. Mais de 81 mil pessoas viram Evair, de cabeça, abrir o marcador para o time campineiro aos 15 minutos do segundo tempo e, pouco depois, Careca empatar para o Tricolor, aos 18.
Os pouco mais de 37 mil torcedores presentes eram de maioria bugrina e, logo de início, aos 2 minutos, os tricolores sofreram um baita susto: Nelsinho, lateral-esquerdo, marcou um gol contra e pôs o Guarani à frente do marcador.
Rapidamente, entretanto, o São Paulo se reencontrou no jogo e, aos nove minutos, Bernardo, de cabeça, empatou o placar: 1 a 1. Resultado que perdurou durante o restante do tempo regulamentar.
Na prorrogação, um surpreendente “vira-virou” de tirar o fôlego: Pita, aos dois minutos, colocou o Tricolor à frente. Cinco minutos depois, Marco Antônio Boiadeiro deixou o jogo empatado novamente: 2 a 2. Mal iniciado o segundo tempo da prorrogação, o Guarani já liderava mais uma vez o placar, agora graças ao gol de João Paulo.
Faltando pouco mais de um minuto para fim, todavia, ainda restava um lance, uma tentativa. Tudo ou nada.
Gilmar cobrou rapidamente o tiro de meta para Wagner Basílio, que avançou ainda no setor defensivo e chutou para o alto. Já perto da grande área do time campineiro, Pita ganhou a disputa contra o marcador, resvalando a bola em direção ao centroavante do Tricolor. Um quique. Uma pancada de pé esquerdo. Um golaço de Careca! Artilheiro isolado do Brasileirão, com 25 gols! 3 a 3 e fim de jogo, mas não de campeonato.
Com isso a decisão foi para as penalidades máximas:
Cobranças:
Boiadeiro – perdeu (Gilmar) / Careca – perdeu (Sérgio Neri)
Tosin – gol / Darío Pereyra – gol
João Paulo – perdeu (por cima) / Rômulo – gol
Waldir Carioca – gol / Fonseca – gol
Evair – gol / Wagner Basílio – gol
FICHA DO JOGO
Data: 25.02.1987
Local: Campinas (SP)
Estádio: Brinco de Ouro da Princesa
GUARANI Futebol Clube 3 x 3 SÃO PAULO Futebol Clube
Tempo normal: 1 x 1; Prorrogação: 2 x 2; Pênaltis: 4 x 3 para o SPFC.
GFC: Sérgio Neri; Marco Antônio, Waldir Carioca, Ricardo e Zé Mário; Tite (Vagner), Tosin e Marco Antônio Boiadeiro; Catatau (Chiquinho Carioca), Evair e João Paulo. Tecnico: Carlos Gainete.
Gols: Nelsinho (contra), 2′/1; Marco Antônio Boiadeiro, 7′/1pro; João Paulo, 2′/2pro.
Cartão vermelho: Vagner, 12′ da prorrogação.
SPFC: Gilmar; Fonseca, Wagner Basílio, Darío Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas (Manu) e Pita; Müller, Careca (capitão) e Sídnei (Rômulo). Técnico: Pepe
Gols: Bernardo, 9′/1; Pita, 1′/1pro; Careca, 14′/2pro.
Árbitro: José de Assis Aragão
Renda: Cz$ 4.222.000,00
Público: 37.370 pagantes