Neto de Telê Santana tem licença Uefa e faz cursos na Europa
Diogo Tenuta quer seguir os passos do avô e ter uma carreira vitoriosa como treinador. Ele tem licença UEFA e trabalha com um time adulto em Portugal
Diogo Tenuta é neto do ídolo Telê Santana e quer seguir os passos do avô, se tornar um treinador com uma carreira vitoriosa.
Diogo mora no Porto há três anos e meio e já tem a licença B da Uefa, na Itália, onde passou oito anos, formou-se em Ciência do Desporto com ênfase no treinamento de alto rendimento do futebol e na periodização tática, na Universidade do Porto.
Agora frequenta o Barça Innovation Hub, laboratório do Barcelona que estimula a criação e o desenvolvimento de novas ideias ligadas ao futebol. No mestrado que faz no Barcelona, um dos professores é Ernesto Valverde, técnico do time principal.
“Tenho meu avô como referência. Seus conceitos de perfeição, da busca pelo impossível e de sempre ser melhor são o que eu levo adiante. Desde 2014, quando decidi ser treinador de futebol, tenho buscado conhecimentos que possam alimentar minhas reflexões, e minha linha é a de Cruyff, Holanda, Barcelona, Telê Santana, Guardiola. Para mim, é importante alimentar porque o conhecimento só passa a ser meu a partir de reflexão sobre ele. Senão, estou só reproduzindo”, falou.
Em breve, Diogo, de 36 anos, dará início ao curso da licença A da Uefa para poder trabalhar na Europa. Hoje, ele é auxiliar do Infesta, clube da região do Porto que disputa divisões inferiores do país. Antes, trabalhou no time sub-17 do Reggiana, da Itália.
Iniciar sua trajetória longe do Brasil, segundo ele, é uma garantia de evitar qualquer insinuação de privilégio relacionado ao seu avô.
Diogo tinha de 8 para 9 anos quando Telê começou a colecionar títulos no São Paulo, e viveu intensamente, como criança, esse período. Suas férias eram com o avô, o centro de treinamento do clube paulista era um ambiente familiar. Telê ganhou, pelo Tricolor, dois Paulistas, um Brasileiro, duas Libertadores, dois Mundiais, duas Recopas e uma Supercopa.
“O período no São Paulo foi muito especial. Vivi muito tempo no CT, nos jogos, no Morumbi. Fiquei imerso com meu avô nos treinos, acompanhando o futebol-arte ter sucesso e ele deixando de ser pé-frio (referência da época pelas derrotas nas Copas do Mundo de 1982 e 86). Foi espetacular e está diariamente na minha memória. O “olê, olê, olê, olê, Telê, Telê!!!” até hoje me arrepia”, lembra.
Ir para o Brasil não está nos planos de Diogo, por enquanto. Ele quer terminar sua formação na Europa e tentar iniciar uma carreira descolada, mas obviamente inspirada no Mestre.
Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Fonte: Globoesporte.com