Ministério Público proíbe torcida organizada do São Paulo nos estádios

Segundo o Estadão, a medida foi motivada por conflitos entre membros da própria torcida; a proibição já começa no clássico contra o Palmeiras, no Morumbi

Nesta quinta-feira, o Ministério Público de São Paulo enviou ofício à Federação Paulista de Futebol recomendando que seja proibida a entrada de pessoas com camisas, faixas ou adereços da torcida organizada Independente, do São Paulo. Segundo o Estadão, a organizada disse que ainda não foi informada oficialmente da determinação.

A proibição já começa no clássico contra o Palmeiras, no Morumbi, no dia 13 de julho. Pedro Eduardo Camargo Elias, promotor de Justiça do Juizado Especial Criminal (JECRIM) falou sobre a sanção. 

“Nossa recomendação é que ninguém entre com camisas, faixas e adereços. Popularmente, a torcida está impedida de entrar. Não temos como controlar as pessoas. Pelo menos vamos impedir que entrem com símbolos e faixas da Independente. É uma medida preventiva”, disse. 

A ação do Ministério Público foi motivada por um ofício do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar. No documento, a PM informa vários problemas causados pelo torcida. O mais recente ocorreu no confronto entre São Paulo e Cruzeiro, no dia 2 de junho, pelo Campeonato Brasileiro, quando membros da torcida participaram de uma briga generalizada na Praça Charles Miller, em frente ao Pacaembu. Ainda de acordo com a polícia, os integrantes arremessaram pedras e garrafas contra a PM.

Foram presos 83 torcedores, sendo 55 membros da torcida e outros 26 da escola de samba da Independente. O Boletim de Ocorrência foi elaborado por provocação de tumulto.

A Polícia Militar mostra preocupação com a presença de torcedores do São Paulo do Movimento Tradição, formado por dissidentes da Independente, originários da subsede Campinas. “Eles costumeiramente têm comparecido aos jogos e existem informações de animosidade em relação aos torcedores da Independente, com grande possibilidade de confrontos”, alerta a PM.

Em setembro de 2017, o grupo se desligou da organizada, mas continua usando o nome da entidade e o símbolo em uniformes, bandeiras e faixas. O grupo de Campinas, um dos maiores da Independente fora da capital, aponta desacordos com a diretoria da organizada da capital. Um deles seria a falta de protestos em relação à gestão de Leco.

Além da independente, torcidas de outros clubes podem sofrer a mesma proibição. 

Foto: Divulgação
Fonte: Estadão