Mesmo com renovação do B.Inter, São Paulo deve reduzir salários
Tricolor conseguiu renovar o contrato com o patrocinador máster, mas mesmo com esse renda mantida, não deverá mudar de ideia sobre redução salarial em tempos de pandemia
A renovação do contrato de patrocínio máster com o Banco Inter não deve mudar os planos da diretoria do São Paulo em reduzir os salários durante a paralisação dos campeonatos.
O clube já tem sofrido com a falta das receitas com bilheterias, cotas de transmissão de jogos e, desde a última semana, da Adidas. A fornecedora de material esportivo não vai deixar de pagar nenhum valor, mas postergou os repasses para quando a situação se normalizar. Pelo contrato com a empresa alemã, o valor recebido pelo Tricolor depende das vendas de produtos, já que está todo atrelado a royalties.
Embora boa parte do elenco não tenha aprovado a ideia, o clube decidiu suspender 50% dos salários e congelar os direitos de imagem durante o período de crise do coronavírus. No início de abril, os jogadores receberam os direitos de imagem de janeiro e fevereiro, que estavam pendentes, e 50% dos salários de março. Para quem ganha menos de R$ 100 mil, o piso estipulado é de R$ 50 mil mensais neste período. Quem recebe menos de R$ 50 mil não terá suspensão de valores na CLT. Todos os valores que ficarem pendentes serão pagos após a normalização do cenário, de forma parcelada.
A diretoria, que mantém conversas com os jogadores sobre este assunto desde que os campeonatos foram pausados, promete analisar a situação mês a mês para ver se consegue melhorar a situação. Neste momento, o grupo está em férias.
A ampliação da parceria com o Banco Inter até dezembro de 2020 foi recebida com muito alívio pelo clube, já que o vínculo se encerraria no fim do mês de abril. Mas o valor mensal pago pelo patrocinador passa bem longe de pagar a folha salarial do Tricolor, que está acima dos R$ 10 milhões.
Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press
Fonte: LANCE!