Memória póstuma – Araken Patusca
Singela homenagem a Araken Patusca, que foi um dos grandes nomes dos primórdios do futebol brasileiro
Nascido no dia 07 de julho de 1905, na cidade de Santos, Araken Patusca da Silveira, nos deixou em 24 de janeiro de 1990, em sua cidade natal.
O ingresso de Araken no futebol teve um fato curioso: o jovem de apenas 15 anos estava na Vila Belmiro vendo o jogo amistoso entre Santos e Jundiaí, ele era filho do então presidente e fundador do Santos, Sizino Patusca, e foi posto para jogar em lugar de Edgar da Silva Marques, que havia passado maus momentos antes da partida. Araken foi responsável por quatro dos cinco gols do Santos, no empate com o Jundiaí: 5 a 5.
Ídolo do Santos, Araken tem um número histórico! Araken Patusca possui 100% de aproveitamento contra o Santos: Foram 10 vitórias em 10 jogo
Aumentou sua fama quando foi emprestado pelo Santos para participar de uma excursão à Europa, em 1925, do Paulistano, clube que não se profissionalizou. Jogando ao lado de outro craque, Arthur Friedenreich, o ótimo desempenho levou a que os jogadores brasileiros fossem chamados de “reis do futebol” pelos jornais franceses. Vaidoso, gostava de jogar usando uma boina.
Conforme relata o livro “A grande história dos mundiais – 1930, 1934, 1938”, de Max Gehringer, como já tinha deixado o Santos, mas ainda não havia sido inscrito na APEA por seu novo clube, Araken disputou alguns amistosos no primeiro trimestre pelo América-RJ, e aceitou por conta própria a convocação para ir à Copa do Mundo. A CBD, entretanto, exigia que todo jogador convocado pertencesse a um clube filiado à entidade, e Araken acabou assinando uma ficha de inscrição pelo Flamengo, embora não chegasse a disputar nenhum jogo oficial pelo clube.
De 1931 a 1935, Araken atuou pelo São Paulo da Floresta, pelo qual conquistou o Campeonato Paulista de 1931. Em 1938 retornou ao São paulo, onde ficou apenas mais um ano.
Segundo o Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa, fez pelo Tricolor 17 jogos, com oito vitórias, dois empates, sete derrotas e cinco gols marcados.
Após deixar o futebol, Araken Patusca trabalhou em um laboratório e também foi radialista e comentarista. Antes de ingressar na carreira jornalistica, ele também prestou serviços para a Light e escreveu um livro sobre a brilhante atuação do Paulistano em campos europeus com o título de Os reis do futebol.