“Careca foi tudo, em 1986 foi impressionante aquilo que ele fez, a habilidade dele, era um atacante com velocidade… Vamos lá, Romário, Bebeto, todos os outros, Ronaldo [‘fenômeno’]… O Careca driblava para os dois lados, ambidestro, ele é canhoto de mão, no pé ele é destro e também usa muito o lado esquerdo, ele cabeceava com brilhantismo, extremamente veloz e recuava e atacava como um meia ou como um atacante, como um centroavante”, afirmou.
“Então, ele era absolutamente completo, finalizava com precisão de qualquer lugar, de dentro da área, de fora da área, então, pra mim, tecnicamente, ele foi o mais completo que eu vi. Agora, vamos lá, considerando vitórias, a seleção de 2002, 1994, o Romário, claro que a gente vai enxergar estes caras como heróis nacionais porque ganharam Copas”, seguiu.
Marco Aurélio Cunha, que é pré-candidato pela oposição à presidência do São Paulo, do qual já foi diretor de futebol, disse o que para ele faz Careca ser visto ou lembrado com menos pompa que Romário e Ronaldo, por exemplo. E usou até Maradona para justificar sua opinião.
“O Careca teve duas, mas não teve a felicidade de ganhar, nem em 1990 nem em 1986, e assim mesmo ele foi vice-artilheiro da Copa da França, se tivesse prosseguido naquele jogo que perdemos nos pênaltis [para a França], seguramente ele seria lembrado como Romário e Ronaldo, mas a história não deu a ele esta chance, como não deu ao Zico esta chance, mas foi o maior atacante que eu vi jogar. Tá louco!”
“E você pergunta para os jogadores da época, todo mundo fala isso. O Maradona, não precisa dizer, falou que foi o maior atacante que ele jogou ao lado na sua vida. Então, pra mim, o Careca é o meu ídolo no São Paulo, aí tem um pouco da paixão pessoal, é meu amigo particular, e foi o melhor atacante que eu vi jogar”, finalizou.
