Marco Aurélio Cunha analisa problemas no São Paulo

Segundo o ex dirigente, o clube paulista está com problemas crônicos que afetam dentro de campo
As eliminações do Campeonato Paulista e na Copa do Brasil ainda seguem ecoando no São Paulo. O tricolor não teve um bom começo de temporada, e isso vem acontecendo há varias temporadas. Nos últimos nove anos o tricolor apenas conquistou um titulo, o que não é nada bom para um time de tamanho nome.
O ex-dirigente Marco Aurélio Cunha, que foi importante para os títulos na década passada, deu uma entrevista para o site UOL e analisou o momento do São Paulo:
“Quando a gente avaliava com muito critério os atletas, com medo de errar, acertava mais. Depois que fomos tricampeão mundial, acabou surgindo um modelo com ideia de que o importante era a direção, era a estrutura do clube, e não mais o jogador. Para que o Juvenal (Juvêncio que presidiu o clube entre 2006 e 2014) não perdesse a liderança política, os erros não foram admitidos, levando a isso”, disse MAC..
A visão de Marco Aurélio parece precisa. O discurso de reconstrução já vem desde a saída de Muricy Ramalho, que foi tricampeão brasileiro pelo São Paulo em 2006, 2007 e 2008, mas ao invés de reconstrução, o que reina é a falta de convicção e o amadorismo. Diversas vezes a diretoria trocou de treinador com as temporadas em andamento, e isso não ajuda na tal reconstrução.
Após a saída de Juvenal, a crise política no São Paulo só se alastrou mais, após a entrada de Carlos Miguel Aidar, veio a guerra nos bastidores e o clube se afundou em denúncias de corrupção. Um momento triste pois o clube era considerado modelo de gestão por todo o país.
“O São Paulo contratava jogadores não tão importantes, que viravam importantes, como Danilo, Josué, esse time encaixou. Jogadores eram diferenciados como cidadãos, é o conjunto, reuniam uma série de valores que não é fácil reunir. O Juvenal, de forma errônea, começou a imaginar que qualquer jogadores que viesse para o São Paulo ia corresponder, porque a estrutura era extraordinária”, completou Marco Aurélio Cunha.