Leandro Guerreiro: “Falta os caras saírem de campo mortos”
Ídolo da torcida Tricolor por sua representatividade, Leandro Guerreiro não teve papas na língua e falou sobre o atual momento do São Paulo
Em entrevista exclusiva ao repórter Marcio Spimpolo, da Rádio Jovem Pan, o ex-atacante, bicampeão brasileiro com a camisa do São Paulo, desabafou. Leandro admitiu estar sofrendo com o mau momento do clube tricolor e cobrou mais “coração” do elenco que, hoje, é comandado por Vagner Mancini.
“Será que é só o técnico o problema?”, questionou Leandro, referindo-se às constantes trocas no comando técnico são-paulino nos últimos anos. “Eu acho que tem de montar um elenco forte, competitivo. O futebol mudou. Se você não competir, não ganhar no um contra um… Só com qualidade, só jogando bola, você não ganha mais. Tem que montar elenco competitivo. Falta os caras saírem de campo mortos, cansados, que eles deem a vida, como a torcida quer… O São Paulo não pode culpar só os treinadores. Tem que ter culpa quem contrata também”, acrescentou.
De acordo com o ex-jogador, o São Paulo é um clube enfermo.
“Nós estamos sofrendo, também. O São Paulo está doente, mas logo pode recuperar a saúde. Conserto tem para tudo. O clube não conquista título há algumas temporadas, mas, no ano passado, brigou lá em cima no Campeonato Brasileiro. Faltou elenco. Nesse ano, eu vejo o São Paulo com muita dificuldade, muito problema. Caiu na primeira fase da Libertadores, está em terceiro no seu grupo no Campeonato Paulista… Está complicado. Mas eu sigo aqui na torcida. Nós vamos sair dessa”, disse e ainda falou o que mudou do seu tempo em que jogava, para hoje.
“A gente, quando jogava bola, entrava em campo para ser campeão, para ver a nossa foto nas paredes do clube. Mas as coisas mudaram. Hoje, os caras querem jogar bola para ir o mais rápido possível para a China, Europa… Pensam em ganhar o seu”, finalizou.
Torcedor do São Paulo desde criança, Leandro jogou no time tricolor de 2006 a 2007, conquistou dois Campeonatos Brasileiros e se tornou um dos xodós da torcida, imortalizando o ato de ficar em pé sobre o travessão na comemoração dos títulos.