Ele revelou que pretende ter Muricy Ramalho como coordenador de futebol, cargo vago desde a saída de Vagner Mancini, em setembro de 2019, além de reforçar que a ideia é ter Fernando Diniz como treinador.
“Terminando a eleição, vamos dizer: ‘Muricy, o São Paulo tem essa realidade, gostaríamos que você trabalhasse com a gente’. Não falei com ele sobre esse assunto, mas claro que eu gostaria que ele trabalhasse conosco como coordenador de futebol. Aprendeu tudo como auxiliar do Telê Santana, como técnico não preciso nem dizer, mas principalmente pela visão que ele tem hoje do todo. Eu não tenho dúvida, a primeira ligação que vou fazer se for eleito será para ele. Depende da decisão dele, do projeto. Espero que ele venha, será um grande reforço. Às vezes, mais importante do que dois ou três jogadores”, disse Casares, reforçando que só abrirá qualquer negociação com o ex-treinador, hoje comentarista da TV Globo, se vencer a eleição.
O candidato também não demonstrou muita garantia na permanência dos atuais dirigentes do futebol são-paulino: Raí (diretor de futebol), Alexandre Pássaro (gerente de futebol) e Diego Lugano (superintendente de relações institucionais).
“Eu não quero falar em nomes, até porque Raí, Lugano e Pássaro estão lá, fazendo um trabalho que temos que apoiar até dezembro e depois avaliar. O Raí é grande pessoa. O que eu penso: diretor-executivo é diretor-executivo. A partir do momento em que o técnico diz que está com uma deficiência em uma posição, vamos ter o diretor que vai avaliar isso com o Comitê Avançado de Futebol. Precisamos de lateral-direito? É para compor elenco ou assumir a titularidade? Se for para compor, vamos buscar na base. Não justifica queimar investimento se você tem um garoto trabalhado há seis, sete, oito anos. Se for um jogador com mais experiência, aí vamos para o mercado. Tem que avaliar a vida pregressa, o histórico físico e fisiológico, uma série de nuances, se a mentalidade é vencedora. Aí o diretor vai executar o nome. Não vai ser um diretor que vai dizer: ‘tenho esse e vou trazer’. E ele vai trabalhar com base na meritocracia: vai ganhar um fixo e, se entregar uma meta, vai ganhar mais. Vai ter erro? Vai. Mas os riscos vão ser menores”.
Casares ainda disse que deseja ter Daniel Alves como pilar do time, mesmo que não tenha aprovado o projeto montado pela atual diretoria para trazê-lo: o clube fechou o contrato em 2019 esperando obter parte considerável dos valores necessários vindos de parcerias com empresas interessadas em explorar a imagem do atleta. Por enquanto, isso não decolou.
“Quero dizer que o Daniel é fora de série, então ele vai continuar. Aconteceu um grande descompasso. Foi nos falado em agosto de 2019 que um grupo de publicitários já estava trabalhando para levantar os recursos da contratação dele. E isso não veio. A pandemia começou em março, então não foi o problema. Você tem que fazer um projeto junto com a negociação e viabilizar o subsídio, não o contrário. Mas o Daniel continua, faremos um marketing agressivo, queremos muito que ele lidere esse processo de reconstrução. O elenco que está aí é forte, consciente, profissional e vai nos dar alegrias”.
O adversário de Julio Casares sairá de uma convenção organizada por alguns grupos políticos. Os pré-candidatos nesta chapa são Marco Aurélio Cunha, Roberto Natel e Sylvio de Barros. Nenhum dos dois lados se define como situação e ambos fazem críticas à gestão Leco, que se encerra em dezembro.
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