Jogador do Red Bull Bragantino fala sobre idolatria a Dani Alves

O lateral-direito Weverton ficou conhecido por dar uma caneta em Neymar durante um treino da Seleção Brasileira no ano passado; jogador falou sobre seu ídolo: Dani Alves

Com apenas 20 anos, o jogador havia sido chamado por Tite para completar a atividade e acabou aplicando um drible desconcertante em Neymar. Em entrevista à Gazeta Esportiva, ele relembrou a jogada.

“O lance foi muito rápido. Foi um recurso que eu usei no momento, foi a primeira coisa que veio na minha cabeça. Ele veio muito rápido para tentar tomar a bola e foi a hora que eu usei o recurso e dei a caneta nele”, declarou o lateral do Red Bull Bragantino, acrescentando que o drible o deu mais “visibilidade”.

Jogador da base do Cruzeiro na época, ele passou a treinar mais frequentemente com os profissionais após o episódio e ganhou a primeira oportunidade no time principal poucas semanas depois. 

Weverton também afirmou que sentiu Neymar irritado após o lance, mas não conseguiu falar com o craque depois. “Pelo jeito que ele saiu, ficou um pouco (irritado). Não falei com ele. Ele saiu machucado, com dor no joelho, aí não teve conversa. E no outro dia eu já estava voltando para o Cruzeiro”, disse. 

Outro fato que marcou o jovem atleta na experiência com a seleção foi a possibilidade de treinar com o ídolo Daniel Alves.

“Ele é um cara humilde, não é metido. É um cara tranquilo, que abraçou muito a gente que era da base. Foi um sonho realizado ter jogado e treinado ao lado dele”, contou. 

Curiosamente, a próxima partida do Red Bull Bragantino seria justamente contra o São Paulo, time de Dani Alves, pelo Campeonato Paulista. No entanto, a pandemia do novo coronavírus provocou a paralisação do estadual e, consequentemente, o adiamento do confronto.

“Estava ansioso, já estava até pensando em trocar a camisa com ele. Mas ainda vai acontecer o momento”, lamentou. A partida também marcaria a primeira oportunidade de Weverton entre os onze iniciais do Massa Bruta, já que Aderlan, titular da posição, teria de cumprir suspensão. 

“Eu estava na expectativa de jogar já. Eu estava treinando forte, como sempre treino, e já fazia tempo que eu estava esperando por uma oportunidade. Quando ela iria chegar, aconteceu a paralisação do futebol”, disse o lateral, que neste ano jogou apenas nos minutos finais do duelo contra a Ponte Preta, pela nona rodada do Paulistão. 

Weverton ainda defendeu o retorno das competições, desde que fossem tomadas todas as precauções. 

“Eu acho que, tendo os cuidados, poderia voltar, fazer exame, para a gente começar a jogar. Com os portões fechados, claro. Todo jogador quer jogar. Eu queria muito que voltasse para eu ter a oportunidade contra o São Paulo”, completou. 

Antes da paralisação, o Red Bull Bragantino chegou à liderança do Grupo D do Campeonato Paulista, com 17 pontos conquistados em dez rodadas. A chave ainda tem o Guarani, com um ponto a menos, na segunda colocação, e Corinthians e Ferroviária nas duas últimas posições.

O jogador também relembrou a experiência de descer e o duelo contra o Palmeiras, pela última rodada da competição, que decretou a queda da Raposa.

“Foi um sentimento muito ruim. Foi a primeira vez que passei por isso. Ver o Mineirão desse jeito no último jogo, com todo o mundo quebrando o estádio, foi frustrante ”, gravado lateralmente, que subiu para os profissionais no meio de 2019 e disputou cinco partidas do Brasileirão.

Weverton ainda afirmou que “se Rogério Ceni estivesse lá, ou o Cruzeiro não teria sido causado”. O técnico atual de Fortaleza foi contratado durante o campeonato para substituir Mano Menezes. Contudo, após apenas oito jogos, o comandante foi demitido. Os projetos com jogadores mais experientes do elenco, como Thiago Neves, contribuíram para o desligamento.

Fonte: Gazeta Esportiva
Foto: Divulgação