Jean pede desculpas e diz que gesto foi um “Vapo”, mas Cerro Porteño deve reavaliar compra

Jean pode ver sua venda do São Paulo para o Cerro Porteño não ser concluída após expulsão precoce contra o Olimpia — Foto: Divulgação

Técnico do time paraguaio, Arce condena atitude do goleiro ex-São Paulo, diz que desculpas não servem e declara: “Veremos como isso se resolve e se continuamos (com a negociação)”

provocação e a expulsão precoce na decisão da Supercopa do Paraguai podem custar caro ao goleiro Jean. Após o vermelho antes do apito inicial da derrota no clássico para o Olimpia, o Cerro Porteño deve reavaliar a compra do jogador junto ao São Paulo. Ao menos foi o que o técnico Arce declarou.

“Veremos como isso se resolverá no futuro com o parecer e as determinações da diretoria e também se continuamos (com a negociação)”, disse o treinador.

“Tem coisas que ele tem que mudar na sua forma de atuar porque podem servir no Brasil ou em outro lugar, mas não funciona aqui porque o árbitro também reage de forma diferente aqui em relação ao que ele está acostumado”, declarou o ex-lateral.

Jean estava emprestado ao Cerro desde o início deste ano. O time paraguaio havia feito um acordo com o São Paulo pela compra do goleiro por 1,1 milhão de dólares (R$ 6,2 milhões).

O empresário do atleta, Paulo Pitombeira, preferiu não comentar sobre a situação da negociação com a equipe paraguaia. Em declarações enviadas por sua assessoria de imprensa, o jogador pediu desculpas pelo gesto que levou à sua expulsão precoce no clássico e alegou que fez um “Vapo”, consagrado no Brasil pelo volante Gerson.

Confira o pedido de desculpas de Jean na íntegra:

Gostaria de deixar claro que em nenhum momento fiz ameaça ou gesto ofensivo aos torcedores do Olimpia. O que fiz foi apenas um gesto muito comum no futebol brasileiro muito utilizado pelo Gerson, ex-jogador do Flamengo, que comemorava os gols fazendo “Vapo-Vapo”. A torcida do Olimpia estava jogando bombas, sinalizadores e garrafas de refrigerante em mim e fiz o gesto do “Vapo”, mas sem intenção alguma de criar algum tipo de mensagem em tom de ameaça a eles. Infelizmente o VAR e o árbitro interpretaram aquilo de maneira errada e optaram por me expulsar, mesmo eu tentando explicar que eles tinham entendido errado.

Respeito todos os torcedores de todos os clubes e jamais faria algo relacionado ao que estão falando. Aproveito para pedir desculpas e dizer que fica o aprendizado para não fazer mais nenhum tipo de gesto ou sinal mesmo sendo atacado com objetos e bombas dentro do campo.

Em sua entrevista coletiva após a derrota por 3 a 1, o técnico Arce também ressaltou que não deixou que o pedido de desculpas de Jean ficasse apenas no vestiário. E reiterou sua condenação à atitude do goleiro brasileiro.

“Normalmente, quase sempre eu faço essas avaliações internamente, não pública, mas agora não tem como escapar. Eu falei com ele antes de entrar em campo o que poderia acontecer”, declarou Arce.

“Ele se deixou levar. Cometeu um grave erro. Um erro que creio que um pedido de desculpas não soluciona, por isso mesmo não deixamos que ele fizesse isso no vestiário com seus companheiros”, disse o treinador do Cerro Porteño.

Jean, de 26 anos, foi contratado do Bahia em 2018 pelo São Paulo por cerca de R$ 9,8 milhões e ficou na reserva na maior parte do tempo em que esteve no Tricolor. No final de 2019, ele foi acusado e preso por agressão à sua ex-esposa durante as férias nos EUA, e acabou afastado pela diretoria.

Em 2020, Jean defendeu o Atlético-GO, somando 46 jogos e anotando seis gols. Devido ao episódio de agressão à ex-esposa, Jean perdeu espaço no mercado brasileiro e teve que tentar refazer a carreira fora do país. No Cerro Porteño, o goleiro disputou 25 partidas em 2021.

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