São Paulo: Patrick superou dispensas e saiu da Série D para virar destaque

Conheça a história de Patrick, volante do São Paulo

A história de Patrick, autor do gol da vitória do São Paulo contra o América-MG no fim de semana, é a prova de que a carreira de um jogador de futebol pode dar muitas voltas. O volante fez testes em vários clubes, já ficou desempregado e jogou em todas as divisões nacionais.

Agora, ele deverá estar em campo na partida contra o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro, nesta quinta-feira.

Depois de não conseguir ser aprovado em vários clubes, ele teve a primeira oportunidade profissional pelo Operário-PR.

“Jogava futsal e depois passei para o futebol de campo. Disputava pelas ligas cariocas e fiz testes em vários times: Flamengo, Botafogo e Vasco, mas acabei não ficando em nenhum clube. Até que cheguei ao Olaria-RJ, que foi o primeiro clube que abriu as portas para eu jogar no juvenil”, disse à ESPN, em 2020.

“Fui jogar na Estácio de Sá. Fiz testes depois no Botafogo, Cruzeiro e Santos, mas não fiquei em nenhum deles. Fiz um teste no Coritiba e o pessoal me encaminhou ao Operário de Ponta Grossa-PR para disputar um torneio sub-18. Depois, virei profissional”.

Patrick rodou por Marcílio Dias-SC, Caxias-RS e Comercial-SP antes de ter uma curta passagem pelo Gaziantepspor, da Turquia.

“Quando me tornei profissional pelo Operário-PR foi difícil porque o time atravessava um momento complicado no Estadual. O professor Evaristo Piza me deu a chance de começar como titular e acabou encaixando. O time reagiu. Já passei por muitas dificuldades. Meu pensamento não era de desistir, era de buscar mais. Foi o que sempre fiz”.

“Em 2016, eu joguei o Paulistão pelo Comercial e fiquei quatro meses sem jogar. Surgiu uma chance de ir ao Gaziantepspor da Turquia, mas estava muito tempo parado e mal fisicamente. Pessoal não teve muita paciência comigo e foi um momento que me serviu de aprendizado. Passei por momentos que não foram bons para mim”.

Após retornar ao Brasil, ele jogou outra vez no Caxias-RS e defendeu o Goiás até ser contratado pelo Sport, comandado por Vanderlei Luxemburgo à época. Com boas atuações no time pernambucano, o jogador de 28 anos transferiu-se ao Internacional no final de 2017.

“O Internacional surgiu no fim de 2017 quando fiz um bom campeonato pelo Sport e nos livramos do rebaixamento. Eles demonstraram interesse porque meu contrato estava no fim e eu estava livre. Outros clubes vieram, mas em conversa com meu empresário decidimos ir para o Inter pelo desafio. O time estava voltando para a Série A e a expectativa era muito boa”.

Neste ano, ele foi contratado pelo Tricolor Paulista.

“A gente não imagina quando está jogando uma Série D porque eu estava feliz por estar empregado. Mas sempre fui ambicioso e queria voar alto. Sempre tive esse esse sonho e foi acontecendo naturalmente. Joguei as quatro divisões do Brasileiro. Nunca desisti e sempre demonstrei força de vontade para quando tivesse a oportunidade eu estivesse preparado. Fico feliz por estar construindo minha carreira vindo de baixo. E que sirva de exemplo para muitos que estão disputando as divisões de baixo. É possível chegar como eu cheguei”.

Por: Vladimir Bianchini / ESPN
Foto: Divulgação

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