História em Três Cores – Pedro Rocha
O História Em Três Cores de hoje, irá nos trazer a memória, um dos melhores jogadores que já vestiu nosso manto, Pedro “Verdugo” Rocha
Salto. Não falo de João do Pulo, exímio saltador em distância, nem de Leônidas da Silva, o criador da bicicleta que pairava no ar antes de desferir o golpe fatal na bola, que quase sempre tinha o endereço das redes. Salto é também o nome de uma cidade do interior do Uruguai, onde um dos maiores jogadores da história do São Paulo nasceu.
Pedro Virgilio Rocha Franchetti ou simplesmente Pedro Rocha desfilou categoria pelos gramados do Brasil defendendo a camisa do São Paulo de 1970 a 1977.
A carreira como profissional começou e decolou no Peñarol. Da estreia em 1959 até o último jogo pela equipe na década de 70, Pedro foi sete vezes campeão uruguaio, tri da Libertadores e bi do Mundial Interclubes.
Ora meia, ora ponta de lança, Pedro Rocha era dono de uma habilidade incrível com o pé direito. O passe era milimétrico e as jogadas para gol quase sempre passavam pela inteligência do uruguaio.
Pedro Rocha chegou ao São Paulo em um bom momento do clube, que quebrou um jejum de longos anos sem levantar nenhum troféu ao vencer o Paulistão. O Tricolor também iniciou no início da década de 70 a conclusão do estádio do Morumbi. E Pedro Rocha logo se adaptou a um elenco de muitos nomes importantes, como Toninho Guerreiro e Gerson.
No Tricolor, Rocha venceu dois Paulistas, em 1971 e 1975, e ajudou o São Paulo a chegar nas finais dos Brasileiros de 1971 e 1973. Foram ao todo 375 jogos pelo clube e 113 gols marcados. A entrega ao time brasileiro foi tão grande que Pedro se tornou o primeiro estrangeiro a se tornar artilheiro do Brasileirão, com 17 gols em 1972 e ainda levou o Tricolor à semifinal da Libertadores naquele ano (a primeira participação do SPFC no torneio continental).
O meia defendeu o Tricolor até os 34 anos, quando se transferiu para o Coritiba, em 1978. Jogou também na SEP, no Bangu e encerrou a carreira no Al-Nassr, da Arábia Saudita.
Após a brilhante carreira como jogador, Pedro se dedicou ao comando técnico até 2009, quando sofreu um AVC. O acidente deixou sequelas no uruguaio, que passou os últimos anos da vida com dificuldades nos movimentos e na fala.
A morte em 2013 jamais será capaz de apagar a história e o brilho de um dos maiores jogadores do São Paulo Futebol Clube. Pedro Rocha está hoje encantando os deuses do futebol e alegrando toda a torcida são-paulina que terá para sempre o seu desempenho no coração.