História em Três Cores – Cafu
Marcos Evangelista de Morais, mais conhecido como Cafu é o homenageado desta edição do História Em Três Cores
Cafu nasceu em São Paulo, no dia 7 de junho de 1970 e foi considerado um dos maiores jogadores do Brasil tendo um recorde de partidas com a camisa da seleção brasileira de futebol masculino, 149 partidas.
Atuou principalmente pela lateral direita e foi apontado em uma lista feita por Pelé como um dos cento e vinte e cinco maiores jogadores de futebol vivos em 2004.
Cafu jogou nos times Nacional e o Itaquaquecetuba Atlético Clube antes de ingressar em sua carreira nos times grandes.
No São Paulo:
Chegou ao São Paulo em 1989 e diferente do que muitos pensam começou como atacante, quase um ponta-direita. Antes disso passou por 9 “peneiras” diferentes e não obteve sucesso em nenhuma.
Na primeira final do Campeonato Paulista de 1992 contra o SEP fez uma partida irretocável usando a camisa 11, foram 3 assistências e um gol e o jogo terminou 4×2. Uma semana depois o São Paulo se sagrou Campeão Mundial derrotando o estrelar Barcelona.
Com a chegada de Telê, Cafu passou a ter mais chances na equipe titular e virou um faz tudo no time como meia, lateral e até atacante, vestindo a camisa 11. No São Paulo, Cafu teve seu talento lapidado por Telê e passou a ser peça fundamental no esquema tático do tricolor, além de ser titular absoluto. Em pouco tempo, ganhou fama, títulos e garantiu seu lugar no time do Brasil que foi tentar o tetracampeonato da Copa do Mundo, nos EUA.
Em 1994 Cafu foi considerado o melhor jogador da América pelo jornal Uruguaio “El País”.
https://www.youtube.com/watch?v=Y9DNBFuEGxg
Depois do São Paulo:
Em 1995 se mudou para o time espanhol Real Zaragoza e ganhou a Recopa Européia naquele ano.
Em maio teve uma pequena passagem pelo Juventude , na época patrocinado pela Parmalat.
A empresa o havia comprado do Zaragoza e desejava colocá-lo na principal equipe que patrocinava no Brasil, o SEP. Porém precisava se livrar de uma provável multa de cerca de US$ 3,6 milhões do São Paulo (que estipulara cláusula que impedia o jogador de atuar por outra equipe grande paulista assim que voltasse ao Brasil). Deixaram-no por um mês no time de Caxias do Sul, onde realizou dois jogos. No entanto, o time do Morumbi acionou a FIFA, mas não ficou com o valor integral da multa, recebendo US$ 1 milhão pela quebra do contrato.
Em junho Cafu retornou ao Brasil no time do SEP. Jogou até 1997 quando se transferiu para o Roma.
Cafu ganhou o scudetto em 2001 e apelido de Il Pendolino (‘o trem expresso’). Ele se mudou para Milão em 2003, depois de recusar uma proposta do Yokohama Marinos.
Pelo Milan, Cafu teve boas temporadas desde sua chegada, tendo presença importante na conquista do Campeonato Italiano de 2004 e da Liga dos Campeões da UEFA de 2007.
Teve seu último jogo pelo clube contra a Udinese, marcando ainda, o último gol na vitória por 4 a 1.
Na Seleção Brasileira:
Cafu foi convocado algumas vezes para atuar pela Seleção Brasileira no começo dos anos 1990, sendo convocado para a Copa do Mundo de 1994. Depois da contusão de Jorginho na final contra a Itália, Cafu apareceu como seu substituto no 22º minuto, formando parte da defesa brasileira no que se tornou um final feliz. O Brasil ganhou de três a dois nos pênaltis depois da partida e da prorrogação terem terminado sem gols.
Depois disso, Cafu se tornou um titular absoluto no time brasileiro, ganhando a Copa América em 1997 e 1999, e levando o país à final da Copa do Mundo de 1998, que perderam para a França. Depois de uma penosa eliminatória, Cafu foi o capitão do Brasil na Copa do Mundo de 2002 depois de uma contusão do então capitão Emerson, e ajudou o time a ganhar de 2 a 0 da Alemanha na final. Ao levantar o troféu da Copa, Cafu imortalizou o amor a sua esposa, dizendo: “Regina, eu te amo!”. Na camisa o capitão da seleção de 2002 escreveu a frase “100% Jardim Irene” lembrando de sua origem humilde num bairro periférico da zona sul de São Paulo.
Apesar de Cafu ter sido poupado de jogar a Copa América de 2004 ele disputou a sua 4ª Copa do Mundo FIFA, com trinta e seis anos de idade, pela Seleção brasileira na condição de capitão do time.
Cafu é o único jogador na história do futebol a ter entrado em campo em três finais da Copa do Mundo da FIFA e é o jogador que mais vezes vestiu a camisa mais vencedora do mundo, com 149 partidas.
Além de ser o único jogador na história do futebol a ter jogado três finais de Copa do Mundo, vale lembrar que essas participações de Cafu em decisões ocorreram consecutivamente (1994, 1998 e 2002), feito que certamente será muito difícil de ser superado. É o jogador brasileiro com mais partidas disputadas em Copa do Mundo: entrou em campo 20 vezes. Ele também é recordista mundial em número de vitórias em Copas, totalizando 16 vitórias.
https://www.youtube.com/watch?v=MmIwIxkzNJU
Ficha Técnica:
Nascimento: 07 de junho de 1970, em São Paulo, SP, Brasil
Posição: Lateral-direito
Clubes: São Paulo-BRA (1988-1994), Real Zaragoza-ESP (1994-1995), SEP-BRA (1995-1997), Roma-ITA (1997-2003) e Milan-ITA (2003-2008).
Principais títulos por clubes:
2 Mundiais Interclubes (1992 e 1993), 2 Copas Libertadores da América (1992 e 1993), 2 Recopas Sul-Americana (1993 e 1994), 1 Supercopa da Libertadores (1993), 1 Campeonato Brasileiro (1991) e 3 Campeonatos Paulista (1989, 1991 e 1992) pelo São Paulo / 1 Recopa da UEFA (1995) pelo Real Zaragoza / 1 Campeonato Paulista (1996) pelo SEP / 1 Campeonato Italiano (2001) e 1 Supercopa da Itália (2001) pela Roma / 1 Mundial de Clubes da FIFA (2007), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2007), 2 Supercopas da UEFA (2003 e 2007), 1 Campeonato Italiano (2004) e 1 Supercopa da Itália (2004) pelo Milan.
Principais títulos por seleção:
2 Copas do Mundo (1994 e 2002), 1 Copa das Confederações (1997) e 2 Copas América (1997 e 1999) pelo Brasil.
Principais títulos individuais:
Bola de Prata da Revista Placar: 1992 e 1993 / Jogado Sul-Americano do Ano: 1994 / FIFA 100: 200