Herói brasileiro é tricolor. Conheça Isaquias Queiroz

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Baiano de nascimento e são-paulino de coração, Isaquias Queiroz dos Santos fez história ao ganhar três medalhas em uma única edição de olimpíadas

Isaquias Queiroz dos Santos nasceu no dia 3 de janeiro de 1994 na pacata dicade de Ubaitaba na Bahia. Com 22 anos, o atleta do Club Atlético Paulistano entrou para a história do esporte brasileiro ao conquistar três medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Em sua primeira participação em Olimpíadas, o canoísta baiano conquistou a medalha de prata na modalidade C1 1000m, a medalha de bronze na modalidade C-1 200m e a medalha de prata na modalidade C-2 1000m em parceria de Erlon de Souza Silva, com isso, se consagrando como o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos.

isaquias

CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE ISAQUIAS QUEIROZ:

Nome completo: Isaquias Queiroz dos Santos

Altura: 1,75 m
Peso: 85 kg
Nascimento: 3 de janeiro de 1994 – Ubaitaba, Bahia
Esporte: Canoagem
Clube: Club Atlético Paulistano
Time do coração: São Paulo Futebol Clube
Prêmios: (Vide tabela abaixo)

Jogos Olímpicos
Prata Rio de Janeiro 2016 C-1 1000
Prata Rio de Janeiro 2016 C-2 1000
Bronze Rio de Janeiro 2016 C-1 200
Mundial de Canoagem de Velocidade
Ouro Duisburg 2013 C-1 500
Ouro Moscou 2014 C-1 500
Ouro Milão 2015 C-2 1000
Bronze Duisburg 2013 C-1 1000
Bronze Moscou 2014 C-2 200
Bronze Milão 2015 C-1 200
Jogos Pan-Americanos
Ouro Toronto 2015 C-1 1000
Ouro Toronto 2015 C-1 200
Prata Toronto 2015 C-2 1000
Campeonato Mundial Júnior de Canoagem Velocidade
Ouro Brandenburg 2011 C-1 200
Prata Brandenburg 2011
Infância dura:

issaaaIsaquias Queiroz viveu uma infância dura, mas sem passar necessidades. Em uma família grande e com sofrimentos, o garoto era cuidado por seus 9 irmãos (cinco biológicos e quatro adotados), enquanto sua mãe, dona Dilma (que havia perdido seu marido) trabalhava duro, como servente na rodoviária da cidade, para sustentar a família e não deixar faltar nada dentro de casa. O canoísta, alias, gosta de ressaltar isso, pois diz que teve uma boa infância, com muita brincadeira, muita diversão e que as pedras no meio do caminho foram apenas os acidentes que ele superou.

Traumas da infância:

Com apenas três anos, o pequeno Isaquias sentiu dores fortes na barriga. Sua “cuidadora”, que tinha poucos anos a mais, foi colocar água para fazer um chá, o menino esbarrou e a panela virou em cima dele, deixando boa parte de seu corpo queimado. Após um mês internado, Don Dilma (sua mãe) tentou tirá-lo do hospital e ouviu do médico que ele iria morrer em casa. Ela assinou um termo de responsabilidade e o levou de volta.

A força do garoto causou inveja em Ubaitaba, e sua mãe ouviu por diversas vezes que o menino seria sequestrado. O fato efetivamente ocorreu. Dona Dilma foi chamada às pressas no trabalho. Seus filhos tinham ficado trancados em casa, mas ninguém achava Isaquias. Ela lembrou então de uma mulher que já tinha ameaçado de levar o menino. Uma desconhecida que passava em frente à sua casa disse que tinha visto um garotinho na roça de cacau, sentado de fralda chorando. Dona Dilma foi até lá e encontrou Isaquias. Isso foi dois anos após a quase morte por queimaduras no hospital.

“Sem rim”:
Quando tinha 10 anos, Isaquias caiu feio de uma árvore, onde subiu para ver uma cobra morta que estava pendurada em um galho, ao cair, o garoto ficou desmaiado teve hemorragia interna e perdeu um de seus rins e precisou ficar internado na UTI. Sua mãe dessa vez temeu mais que qualquer outra. Mas, de novo, o guerreiro se safou.

isaaaEmprego na feira e “patrocínio”:
Muito antes de se tornar bicampeão do mundo e um atleta olímpico, Isaquias se dividia entre as competições e o trabalho na feira de Ubaitaba para ajudar sua mãe a sustentar os nove irmãos. Ele transportava compras em um carrinho de mão e ganhava R$ 1 ou R$ 2 pela “viagem”.

Nessa época, em 2009, já havia sido campeão sul-americano. Ele só parou quando Jefferson Lacerda, pioneiro da canoagem, que já foi ajudado financeiramente por um gerente de banco quando precisou, se juntou a um colega para “patrocinar” Isaquias. O atleta, que pedia até roupas emprestadas para poder competir, recebia R$ 50 mensais.

Boleiro?
Isaquias é canoísta, mas bem que poderia ser confundido com um jogador de futebol. Do cuidado excessivo com o visual às inúmeras tatuagens e o brinco na orelha direita. Isaquias, aliás, gosta do esporte bretão. Se já remou usando a camisa do Flamengo, com quem tinha um contrato sem remuneração, ele torce mesmo é para o São Paulo. Mas o bicampeão mundial, que joga como goleiro nas peladas que participa, muda de Tricolor apenas no clássico estadual Ba-Vi, quando apoia o Bahia em detrimento ao Vitória.

FONTE e FOTOS: Globoesporte

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