Hernanes: “Não é porque fiz no passado que mereço jogar”

O meia falou em entrevista que tem que provar que merece a titularidade e tem que ter respeito pelos companheiros, os garotos e a instituição

Hernanes participou do programa “Seleção SporTV” desta quarta-feira, e falou sobre a forma física, que demorou para recuperar, já que na China a temporada é diferente, e a questão de estar no banco de reservas. 

Mais uma vez ele mostrou porque é ídolo e um grande jogador, ao responder sobre a questão de entrar no banco, foi enfático: “não é porque fiz no passado que mereço jogar. Tem de provar a cada dia que mereço, em respeito pelos companheiros, garotos e instituição. Estou aqui para servir”. Se todos os jogadores fossem assim, não é mesmo? 

Veja a entrevista abaixo: 

PODE CONTINUAR ENTRANDO NO SEGUNDO TEMPO

Não, jamais (sobre continuar sendo reserva). Quero estar sempre em campo desde o início. Esse começo está sendo assim, mas estou completamente apto no aspecto físico e técnico para poder jogar do início. Vai depender da escolha do Cuca. 

Sou um cara consciente, sei que nas melhores condições posso ajudar de maneira mais efetiva. Quando não estou, não é porque fiz no passado que mereço jogar. Tem de provar a cada dia que mereço, em respeito pelos companheiros, garotos e instituição. Estou aqui para servir.

RELAÇÃO COM CUCA

Quanto ao Cuca, tinha escutado muitas histórias sobre ser nervoso. Continua nervoso, mas tem lidado muito bem conosco, mesmo em momentos… por exemplo, contra o Fortaleza fomos sufocados no primeiro tempo. Sem ficar bravo e gritar, ele conseguiu mexer com nosso brio… Ele de vez em quando dá as suas, o que é normal, mas com um equilíbrio maior talvez.

PROBLEMAS FÍSICOS

Sim, para esclarecer algumas coisas desse aspecto: tive dois meses de férias na China e ia ter dois meses de pré-temporada na China. Na Europa é assim: 45 dias de pré-temporada. Felizmente em dezembro conseguimos um acerto com São Paulo e aí tive cinco dias, após dois meses, cinco dias para me preparar e jogar contra o Frankfurt. O corpo não estava preparado. Senti incômodos, recuperava de um, tinha outro. Não dava tempo. Tinha Paulista, Libertadores… não deu tempo de preparar corpo para a carga de jogos que teria. Mas temos que, de algum jeito, abreviar esse espaço de tempo e voltar rapidamente. Mas o corpo não pensa assim. Precisa de um tempo fisiológico. Acabei tendo vários problemas. Curava de um, compensava em outra parte e me arrastei. Mas agora estou completamente bem fisicamente e trabalhando como posso. Estou bem contente com esse momento que está iniciando.

PROBLEMAS NA POLÍTICA INTERFERE NO FUTEBOL? 

Engraçado é que em teoria não deveria afetar o nosso trabalho aqui no CT da Barra Funda. Estamos blindados, viemos, trabalhamos e não teria de ser afetado por nada extracampo. Mas sabemos que, para dar certo… engraçado, ao mesmo tempo que está desconectada, não, está conectada de alguma maneira quântica, não sei como (risos), afeta os resultados. Ou dentro de campo afeta lá fora. É uma dinâmica para ser estudada mais a fundo para compreender esse mistério. É um ciclo. Afeta lá e aqui. Cria uma bola de neve… está num período mais calmo e a tendência é desenvolver o nosso trabalho da melhor maneira. Com os resultados vindo acalma. É uma faca de dois gumes.

Foto: Felipe Ruiz

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